{"id":174422,"date":"2021-10-25T16:42:51","date_gmt":"2021-10-25T19:42:51","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=174422"},"modified":"2021-10-25T16:42:53","modified_gmt":"2021-10-25T19:42:53","slug":"cop26-e-oportunidade-para-o-acre-mostrar-bons-exemplos-que-ja-desenvolve-na-amazonia-avaliam-especialistas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/10\/25\/174422-cop26-e-oportunidade-para-o-acre-mostrar-bons-exemplos-que-ja-desenvolve-na-amazonia-avaliam-especialistas.html","title":{"rendered":"COP26 \u00e9 oportunidade para o Acre mostrar bons exemplos que j\u00e1 desenvolve na Amaz\u00f4nia, avaliam especialistas"},"content":{"rendered":"\n
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Com menos de 6% do seu territ\u00f3rio alterado, terra ind\u00edgena no AC pode se tornar geradora de cr\u00e9ditos de carbono em potencial \u2014 Foto: Eufran Amaral\/Arquivo pessoal<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Pioneiro na\u00a0cria\u00e7\u00e3o de uma legisla\u00e7\u00e3o\u00a0que regulamenta a capta\u00e7\u00e3o de recursos para o mercado de carbono ainda em 2010, o Acre tem a oportunidade de mostrar durante a COP26, a confer\u00eancia global do clima, os bons exemplos que j\u00e1 desenvolve na Amaz\u00f4nia, segundo avalia\u00e7\u00e3o de especialistas.<\/p>\n\n\n\n

De olho na crise clim\u00e1tica, o mundo busca medidas para reduzir a emiss\u00e3o de gases poluentes e uma op\u00e7\u00e3o \u00e9 justamente a regulamenta\u00e7\u00e3o do mercado de cr\u00e9ditos de carbono.<\/p>\n\n\n\n

As regras para esse mercado v\u00e3o ser debatidas na COP26, em Glasgow, na Esc\u00f3cia, que come\u00e7a no fim do m\u00eas. Em um documento, 115 grandes empresas brasileiras pedem que o pa\u00eds seja protagonista dessa negocia\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

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Especialistas avaliam como deve ser a participa\u00e7\u00e3o do Acre na COP26<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Potencial em terra ind\u00edgena<\/h2>\n\n\n\n

Com o trabalho voltado para redu\u00e7\u00e3o do desmatamento, reaproveitando \u00e1reas j\u00e1 alteradas, a terra ind\u00edgena Puyanawa, na cidade de M\u00e2ncio Lima, no interior do Acre, apresenta\u00a0potencial para gerar cr\u00e9ditos de carbono. Com uma \u00e1rea de mais de 24 mil hectares, apenas 5,8% desse territ\u00f3rio foi alterado.<\/p>\n\n\n\n

O mercado de carbono funciona da seguinte forma: uma organiza\u00e7\u00e3o que emite os gases paga outra que gera cr\u00e9ditos para neutraliz\u00e1-los. Assim, o carbono emitido \u00e9 compensado. A cada uma tonelada m\u00e9trica de CO2 n\u00e3o emitida \u00e9 gerado um cr\u00e9dito. As regras desse mercado, entretanto, dependem da gest\u00e3o de cada pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n

\u201cOs ind\u00edgenas protegem a floresta, evitam desmatar e fazer a emiss\u00e3o de gases que contribuem com o aquecimento global, a gente mede quanto que eles deixaram de emitir e essa quantidade que deixaram de emitir a gente transforma em cr\u00e9ditos de carbono para empresas e governos que t\u00eam passivos, ou seja, emitem muito. Ent\u00e3o, hoje \u00e9 um mercado em franca ascens\u00e3o e que pode ajudar principalmente comunidades vulner\u00e1veis como os ind\u00edgenas\u201d, explicou o pesquisador da Embrapa, Eufran Ferreira do Amaral.<\/p>\n\n\n\n

O com\u00e9rcio de carbono deve movimentar 167 bilh\u00f5es de d\u00f3lares por ano em 2030. E o Brasil poderia tirar proveito das florestas e da agricultura para receber uma boa parte desses investimentos.<\/p>\n\n\n\n

Estima-se que o Brasil tenha, pelo menos, 30 a 40% desse mercado. Ent\u00e3o, o pa\u00eds poderia, em 2030, j\u00e1 negociar de 30 a 70 bilh\u00f5es de d\u00f3lares. Na COP26, a expectativa \u00e9 que seja criada uma regulamenta\u00e7\u00e3o internacional para o cr\u00e9dito de carbono.<\/p>\n\n\n\n

\u201cO estado do Acre, por n\u00e3o ter essa regulamenta\u00e7\u00e3o internacional, h\u00e1 dez anos criou o seu pr\u00f3prio sistema e hoje ainda \u00e9 inovador e tem um potencial tamanho para pequenos, m\u00e9dios e grandes produtores captarem recursos para produzirem ainda melhor e continuar conservando as florestas e garantir que o Acre contribua efetivamente para amenizar essa quest\u00e3o das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas\u201d, informou Amaral.<\/p>\n\n\n\n

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A foto mostra um Sistema Agroflorestal dentro da reserva Chico Mendes, no estado do Acre, e, ao fundo, uma floresta \u2014 Foto: Fl\u00e1vio Forner\/Divulga\u00e7\u00e3o<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Desafios<\/h2>\n\n\n\n

Mesmo j\u00e1 tendo bons exemplos que podem ser apresentados na confer\u00eancia, a pesquisadora da Universidade Federal do Acre, Sonaira Souza da Silva, disse que o estado tamb\u00e9m enfrenta desafios, como encontrar formas de extrair as riquezas que a floresta oferece de forma sustent\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 preciso conciliar e encontrar formas de desenvolvimento que n\u00e3o sejam mais os padr\u00f5es visualizados na Amaz\u00f4nia como a pecu\u00e1ria extensiva, monocultivos, mas que a gente pense em um desenvolvimento mais diversificado que possa, de fato, entender as potencialidades da floresta em p\u00e9, no seu extrativismo, na sua produ\u00e7\u00e3o de madeira, mas com sistemas agr\u00edcolas que sejam mais sustent\u00e1veis\u201d, afirmou a Sonaira.<\/p>\n\n\n\n

Para a pesquisadora, o Acre pode levar para a COP26 exemplos de diversifica\u00e7\u00e3o produtiva do estado que se baseiam na economia florestal, na preserva\u00e7\u00e3o do patrim\u00f4nio natural e integra\u00e7\u00e3o de cadeias produtivas extrativistas.<\/p>\n\n\n\n

\u201cO estado do Acre pode levar para COP uma trajet\u00f3ria de longo prazo de modelos mais sustent\u00e1veis que visem cadeias produtivas da borracha, da seringa e potencializar cadeias como a do a\u00e7a\u00ed, de sementes florestais. N\u00f3s temos recursos para fazer mudan\u00e7as nesses modelos de desenvolvimento, temos pol\u00edticas p\u00fablicas e institui\u00e7\u00f5es que podem fomentar isso, temos pesquisadores e universidades fortes que podem contribuir\u201d, acrescentou.<\/p>\n\n\n\n

Acre tem agendas marcadas na COP26, diz governador<\/h2>\n\n\n\n

O governador do Acre, Gladson Cameli, diz que o estado j\u00e1 tem agendas marcadas e que vai levar a realidade do estado para os outros pa\u00edses. Para ele, \u00e9 importante encontrar alternativas para conciliar o agroneg\u00f3cio com a sustentabilidade.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEstou muito otimista, todos os governadores ir\u00e3o. Vamos mostrar que cada vez mais cumprimos com o nosso dever, valorizar e cuidar do meio ambiente, mas ao mesmo tempo gerar emprego com o agroneg\u00f3cio porque n\u00e3o precisa desmatar para fazer um agroneg\u00f3cio sustent\u00e1vel\u201d, pontuou Cameli.<\/p>\n\n\n\n

Longe das discuss\u00f5es dos l\u00edderes mundiais, o aposentado Davi Elias Abugosh sonha em ter a Amaz\u00f4nia preservada para as gera\u00e7\u00f5es futuras. Ele levou a neta para conhecer o horto florestal, parque urbano em Rio Branco, um lugar onde \u00e9 poss\u00edvel respirar o ar puro, repleto de \u00e1rvores e mostrar a import\u00e2ncia da sustentabilidade.<\/p>\n\n\n\n

\u201cAgora a gente sabe que quem faz isso \u00e9 o pr\u00f3prio ser humano que precisa de dois hectares para um ro\u00e7ado e desmata 100. Ent\u00e3o a gente vai pagar no futuro n\u00e9? Nossos dirigentes precisam pensar que temos a Amaz\u00f4nia, mas outros pa\u00edses n\u00e3o t\u00eam e precisam dela. Ent\u00e3o precisamos preservar para os nossos filhos terem no futuro\u201d, disse o aposentado.<\/p>\n\n\n\n

A mission\u00e1ria N\u00fabia Torres tamb\u00e9m falou sobre a import\u00e2ncia da preserva\u00e7\u00e3o. \u201c\u00c9 por isso que est\u00e1 vindo essas secas, n\u00e3o \u00e9 outra coisa, \u00e9 o desmatamento. As \u00e1rvores preservam nossos rios. \u00c9 proteger, n\u00e3o derrubar essas \u00e1rvores que deixam o nosso ar puro.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Fonte: G1<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O Acre tem a oportunidade de mostrar durante a COP26, a confer\u00eancia global do clima, os bons exemplos que j\u00e1 desenvolve na Amaz\u00f4nia, segundo avalia\u00e7\u00e3o de especialistas. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":174423,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[32,4313,213],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/174422"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=174422"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/174422\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":174426,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/174422\/revisions\/174426"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/174423"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=174422"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=174422"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=174422"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}