{"id":174697,"date":"2021-11-05T21:02:55","date_gmt":"2021-11-06T00:02:55","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=174697"},"modified":"2021-11-05T21:03:00","modified_gmt":"2021-11-06T00:03:00","slug":"1-mais-rico-do-mundo-ameaca-meta-climatica-do-acordo-de-paris-diz-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/11\/05\/174697-1-mais-rico-do-mundo-ameaca-meta-climatica-do-acordo-de-paris-diz-estudo.html","title":{"rendered":"1% mais rico do mundo amea\u00e7a meta clim\u00e1tica do Acordo de Paris, diz estudo"},"content":{"rendered":"\n
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Mais de 400 jatos particulares foram \u00e0 COP26 e emitiram cerca de 13 mil toneladas de CO2<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

As emiss\u00f5es carb\u00f4nicas do grupo populacional que constitui o 1% mais rico do mundo dever\u00e3o exceder em 30 vezes o limite que seria necess\u00e1rio para a manuten\u00e7\u00e3o do n\u00edvel de emiss\u00f5es que evitaria o aumento da temperatura global em 1,5\u00baC at\u00e9 2030, constatou um estudo da ONG Oxfam.<\/p>\n\n\n\n

Ao mesmo tempo, a pegada clim\u00e1tica dos 50% mais pobres no mundo deve se manter bem abaixo do limite at\u00e9 2030, de acordo com a pesquisa divulgada na quinta-feira (04\/11) na Confer\u00eancia das Na\u00e7\u00f5es Unidas sobre as Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas (COP26), que transcorre em Glasgow, Esc\u00f3cia, at\u00e9 12 de novembro.<\/p>\n\n\n\n

O estudo intitulado Desigualdade de carbono em 2030 \u2013 Emiss\u00f5es de consumo per capita e a meta de 1,5\u00b0 C<\/em> foi encomendado pela Oxfam e baseou-se em trabalhos do Instituo de Pol\u00edtica Ambiental Europeia (IEEP) e do Instituto Ambiental de Estocolmo (SEI).<\/p>\n\n\n\n

O Acordo de Paris de 2015 estipulou o objetivo de um aumento m\u00e1ximo de 1,5\u00baC da temperatura global at\u00e9 2030, em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 era pr\u00e9-industrial, mas as atuais promessas de redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es est\u00e3o muito aqu\u00e9m do necess\u00e1rio, indica o estudo.<\/p>\n\n\n\n

Para que esse limite almejado possa ser alcan\u00e7ado, cada habitante do planeta teria que emitir uma m\u00e9dia de apenas 2,3 toneladas de di\u00f3xido de carbono (CO2) por ano at\u00e9 2030, ou cerca de metade das emiss\u00f5es atuais de cada ser humano.<\/p>\n\n\n\n

“Pequena elite parece ter passe livre para poluir”<\/h2>\n\n\n\n

Entre as principais conclus\u00f5es do estudo est\u00e3o que, em 2030, a metade mais pobre da popula\u00e7\u00e3o mundial vai continuar emitindo bem menos do que o n\u00edvel proposto para o limite almejado de 1,5\u00baC, enquanto o 1% mais rico \u2013 que representa uma popula\u00e7\u00e3o menor que a da Alemanha \u2013 est\u00e1 a caminho de liberar 70 toneladas de CO2 por pessoa por ano, caso o consumo atual continue.<\/p>\n\n\n\n

No total, esse 1% mais rico ser\u00e1 respons\u00e1vel por 16% das emiss\u00f5es totais at\u00e9 2030 (em 1990, eram 13%). Em contrapartida, os 50% mais pobres estar\u00e3o em 2030 liberando uma m\u00e9dia de uma tonelada de CO2 por ano.<\/p>\n\n\n\n

“Uma pequena elite parecer ter passe livre para poluir”, comenta Nafkote Dabi, que chefia a pol\u00edtica clim\u00e1tica da Oxfam. “Suas emiss\u00f5es excessivas est\u00e3o alimentando condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas extremas em todo o mundo e colocando em risco a meta internacional de limitar o aquecimento global.”<\/p>\n\n\n\n

“As emiss\u00f5es do 1% mais rico do mundo podem nos colocar acima da meta estabelecida para 2030. Isso seria catastr\u00f3fico para quem est\u00e1 em situa\u00e7\u00e3o de maior vulnerabilidade, que j\u00e1 enfrenta tempestades, fome e desamparo”, afirmou Dabi.<\/p>\n\n\n\n

Centenas de jatos particulares na COP26<\/h2>\n\n\n\n

O estudo frisa que a tarefa de manter a meta estipulada de 1,5\u00baC n\u00e3o est\u00e1 sendo dificultada pelo consumo da vasta maioria dos habitantes do planeta, mas pelas emiss\u00f5es excessivas de uma minoria extremamente exclusiva. Entre as mensagens do relat\u00f3rio, est\u00e1 o pedido para que governos “restrinjam o consumo de luxo de carbono” de jatos particulares, iates e viagens espaciais.<\/p>\n\n\n\n

Trata-se de uma cr\u00edtica bastante direta aos pr\u00f3prios participantes da COP26: v\u00e1rios l\u00edderes mundiais e personalidades chegaram \u00e0 confer\u00eancia sobre o clima em jatos particulares, entre eles o primeiro-ministro brit\u00e2nico, Boris Johnson, o empres\u00e1rio bilion\u00e1rio Jeff Bezos e dezenas de executivos de setores que promovem energias renov\u00e1veis. O di\u00e1rio brit\u00e2nico Daily Mail<\/em> contabilizou mais de 400 jatos particulares, o que representaria 13 mil toneladas de CO2, o equivalente ao montante emitido anualmente por mais de 1.600 brit\u00e2nicos.<\/p>\n\n\n\n

Bezos, por sinal, foi alvo tamb\u00e9m de cr\u00edticas em rela\u00e7\u00e3o a suas aventuras espaciais. No in\u00edcio de 2021, o miliard\u00e1rio foi para o espa\u00e7o em seu foguete New Shepard, Richard Branson foi ao espa\u00e7o em seu\u00a0Virgin Galactic e a empresa de Elon Musk promete levar humanos a Marte. As emiss\u00f5es de um \u00fanico voo espacial de 11 minutos chegam a pelo menos 75 toneladas, o que superaria as emiss\u00f5es vital\u00edcias do 1 bilh\u00e3o\u00a0mais pobre da Terra.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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