{"id":174881,"date":"2021-11-16T19:30:54","date_gmt":"2021-11-16T22:30:54","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=174881"},"modified":"2021-11-16T19:30:56","modified_gmt":"2021-11-16T22:30:56","slug":"pesquisa-calcula-quantos-buracos-negros-existem-no-espaco","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/11\/16\/174881-pesquisa-calcula-quantos-buracos-negros-existem-no-espaco.html","title":{"rendered":"Pesquisa calcula quantos buracos negros existem no espa\u00e7o"},"content":{"rendered":"\n
\"\"<\/a><\/figure>\n\n\n\n

Buracos negros s\u00e3o as regi\u00f5es do\u00a0universo\u00a0mais d\u00edficeis de serem detectadas, tendo em vista que s\u00e3o t\u00e3o escuros quanto o espa\u00e7o que os cercam. Eles s\u00f3 s\u00e3o localizados em circunst\u00e2ncias especiais, como quando se fundem, liberando\u00a0ondas gravitacionais\u00a0que ajudam os cientistas a entender a astrof\u00edsica desses elementos c\u00f3smicos.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo recente afirma que existem potencialmente milh\u00f5es de pequenos buracos negros ainda a serem detectados em nossa vizinhan\u00e7a. Sendo assim, daria para saber quantos buracos negros existem no espa\u00e7o?\u00a0<\/p>\n\n\n\n

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Astr\u00f4nomos fizeram levantamento gal\u00e1ctico para estimar quantos buracos negros existem no cosmos. Imagem: Redpixel.pl \u2013 Shutterstock<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Do que s\u00e3o feitos os buracos negros<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Para um buraco negro existir, \u00e9 necess\u00e1rio que tenham existido estrelas, porque os buracos negros v\u00eam da morte de estrelas. Portanto, para descobrir quantos buracos negros existem no universo, os pesquisadores por tr\u00e1s do estudo, que foi publicado no jornal pr\u00e9-impresso arXiv e aceito para publica\u00e7\u00e3o no The Astrophysical Journal, tiveram que dar alguns passos para tr\u00e1s.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o site Space, o primeiro passo dos cientistas foi modelar a evolu\u00e7\u00e3o gal\u00e1ctica ao longo de bilh\u00f5es de anos de hist\u00f3ria c\u00f3smica. Afinal, as gal\u00e1xias s\u00e3o os lares das estrelas, e sua evolu\u00e7\u00e3o geral afeta todos os tipos de estrelas que aparecem dentro delas.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Por exemplo, algumas gal\u00e1xias podem formar continuamente novas estrelas ano ap\u00f3s ano c\u00f3smico. Outras podem sofrer eventos de fus\u00e3o que desencadeiam uma rodada de\u00a0forma\u00e7\u00e3o de estrelas\u00a0incrivelmente alta, apenas com o objetivo de simplesmente se extinguirem e nunca mais produzirem nada digno de nota.<\/p>\n\n\n\n

Os astr\u00f4nomos fizeram observa\u00e7\u00f5es conhecidas das estat\u00edsticas de gal\u00e1xias ao longo do tempo c\u00f3smico, observando a tend\u00eancia geral das taxas de fus\u00e3o gal\u00e1ctica e dados demogr\u00e1ficos.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Outro fator chave \u00e9 a chamada \u201cmetalicidade\u201d de uma gal\u00e1xia, que \u00e9 uma medida da quantidade de outros elementos al\u00e9m de hidrog\u00eanio e h\u00e9lio dentro dela \u2013 os metais. Gal\u00e1xias maiores ter\u00e3o mais g\u00e1s, o que lhes permite formar mais estrelas. Por sua vez, uma maior quantidade de metais pode aumentar o resfriamento do g\u00e1s, o que ajuda as gal\u00e1xias a produzirem novas estrelas com efici\u00eancia. <\/p>\n\n\n\n

De posse dessas informa\u00e7\u00f5es, os astr\u00f4nomos tinham um modelo da popula\u00e7\u00e3o estelar dentro das gal\u00e1xias, que informava quantas estrelas pequenas, m\u00e9dias e grandes aparecem no universo.<\/p>\n\n\n\n

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Simula\u00e7\u00e3o de uma fus\u00e3o de buraco negro, gerando ondas gravitacionais. Imagem: N. Fischer, H. Pfeiffer, A. Buonanno \/ Max Planck Institute e SXS Collaboration<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Levantamento de morte das estrelas<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Ent\u00e3o, eles precisaram rastrear a evolu\u00e7\u00e3o \u2013 e o mais importante, as mortes \u2013 dessas estrelas. Para fazer isso, a equipe recorreu a simula\u00e7\u00f5es, que conectavam as propriedades de uma estrela em particular (sua massa e metalicidade) ao seu tempo de vida e eventual desaparecimento.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Apenas uma fra\u00e7\u00e3o das estrelas maiores produzem buracos negros, e essas simula\u00e7\u00f5es mostraram aos astr\u00f4nomos a porcentagem das estrelas de uma gal\u00e1xia que se apagam a cada ano.<\/p>\n\n\n\n

Em seguida, os cientistas precisaram rastrear a evolu\u00e7\u00e3o dos sistemas bin\u00e1rios, j\u00e1 que os buracos negros podem se alimentar de estrelas irm\u00e3s, sendo tragados em seu g\u00e1s no processo. Assim, um buraco negro formado em um sistema bin\u00e1rio acabar\u00e1 sendo maior do que um buraco negro nascido sozinho.<\/p>\n\n\n\n

\u00c0 medida que os buracos negros envelhecem, eles continuam a se alimentar de qualquer g\u00e1s circundante, de acordo com o que os astr\u00f4nomos tamb\u00e9m estimaram. Por \u00faltimo, ocasionalmente os buracos negros se encontram na escurid\u00e3o do espa\u00e7o interestelar e se fundem. Portanto, para produzir um levantamento preciso, a equipe precisou estimar a taxa de fus\u00e3o de buracos negros dentro de cada gal\u00e1xia.<\/p>\n\n\n\n

Censo astron\u00f4mico revela quantidade de buracos negros no espa\u00e7o<\/strong><\/h2>\n\n\n\n

Juntando todas as pe\u00e7as, os astr\u00f4nomos foram capazes de rastrear a popula\u00e7\u00e3o de buracos negros ao longo de bilh\u00f5es de anos. Eles produziram o que \u00e9 chamado de \u201cfun\u00e7\u00e3o de massa\u201d, que \u00e9 uma esp\u00e9cie de censo astron\u00f4mico, relatando quantos buracos negros de cada tamanho existem em qualquer ponto do tempo.<\/p>\n\n\n\n

Na descoberta, eles identificaram, n\u00e3o surpreendentemente, que os maiores buracos negros \u2013\u00a0buracos negros supermassivos\u00a0\u2013 s\u00e3o muito mais raros do que seus primos menores.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Segundo o estudo, em cada megaparsec c\u00fabico de espa\u00e7o (onde um megaparsec \u00e9 um milh\u00e3o de parsecs, ou 3,26 milh\u00f5es de anos-luz), nosso universo hospeda cerca de 50 milh\u00f5es de massas solares equivalentes a buracos negros. <\/p>\n\n\n\n

Se cada buraco negro tem algumas vezes a massa do Sol, isso se traduz em cerca de 10 milh\u00f5es de buracos negros individuais no mesmo volume.<\/p>\n\n\n\n

Para colocar isso em perspectiva, a quantidade total de massa contida pelos buracos negros \u00e9 cerca de 10% da massa das estrelas. Portanto, para todas as estrelas que voc\u00ea v\u00ea no c\u00e9u noturno, h\u00e1 muitos buracos negros em suas adjac\u00eancias.<\/p>\n\n\n\n

Como os buracos negros supermassivos s\u00e3o extremamente raros, cada gal\u00e1xia geralmente hospeda apenas um desses gigantes, segundo a pesquisa.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Olhar Digital<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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