{"id":174963,"date":"2021-11-18T08:39:46","date_gmt":"2021-11-18T11:39:46","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=174963"},"modified":"2021-11-18T08:39:48","modified_gmt":"2021-11-18T11:39:48","slug":"kamooalewa-o-estranho-asteroide-que-pode-ser-um-pedaco-da-lua","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/11\/18\/174963-kamooalewa-o-estranho-asteroide-que-pode-ser-um-pedaco-da-lua.html","title":{"rendered":"Kamo’oalewa: o estranho asteroide que pode ser um peda\u00e7o da Lua"},"content":{"rendered":"\n
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Kamo’oalewa significa ‘fragmento celeste oscilante’ em havaiano – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

H\u00e1 alguns anos, os cientistas se perguntam qual \u00e9 a origem do asteroide Kamo’oalewa.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Ele foi descoberto em 2016 e os astr\u00f4nomos sabem que sua \u00f3rbita \u00e9 relativamente pr\u00f3xima da Terra.<\/p>\n\n\n\n

N\u00e3o se sabe muito mais sobre ele al\u00e9m disso. Novas pesquisas, no entanto, adicionaram pistas \u00e0 sua origem misteriosa: ele pode ser um fragmento de nossa pr\u00f3pria lua.<\/p>\n\n\n\n

“Ele n\u00e3o tem as caracter\u00edsticas que esperar\u00edamos em um asteroide ‘normal'”, diz Benjamin Sharkey, astr\u00f4nomo da Universidade do Arizona e principal autor de um novo estudo publicado na revista cient\u00edfica\u00a0Nature<\/em>.<\/p>\n\n\n\n

“O material foi possivelmente ejetado da superf\u00edcie da Lua com a colis\u00e3o de um meteorito”, diz o pesquisador venezuelano Juan S\u00e1nchez, que participou da pesquisa.<\/p>\n\n\n\n

Embora a obten\u00e7\u00e3o de amostras do Kamo’oalewa para confirmar essa tese seja algo que ainda pode demorar alguns anos, os cientistas t\u00eam v\u00e1rios ind\u00edcios de que a hip\u00f3tese est\u00e1 correta.<\/p>\n\n\n\n

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A \u00f3rbita do asteroide em rela\u00e7\u00e3o ao Sol e em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 Terra – NASA\/JPL-CALTECH<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Um ‘quasi-sat\u00e9lite’<\/h2>\n\n\n\n

O Kamo’oalewa (anteriormente conhecido como 2016 HO3) foi descoberto em 2016 pelo telesc\u00f3pio Pan-STARRS 1, que est\u00e1 localizado no Hava\u00ed.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas deram ao objeto celeste um nome na l\u00edngua havaiana que pode ser traduzido para o portugu\u00eas como “fragmento celeste oscilante”.<\/p>\n\n\n\n

O asteroide tem aproximadamente 40 metros de comprimento e \u00e9 tecnicamente considerado um “quasi-sat\u00e9lite” da Terra.<\/p>\n\n\n\n

“Um quasi-sat\u00e9lite da Terra \u00e9 um objeto que est\u00e1 em uma configura\u00e7\u00e3o coorbital com a Terra. o objeto permanece pr\u00f3ximo ao nosso planeta enquanto orbita o Sol”, explica S\u00e1nchez.<\/p>\n\n\n\n

Ao contr\u00e1rio da Lua, o Kamo’oalewa n\u00e3o orbita a Terra, mas o Sol, em um caminho paralelo ao que faz nosso planeta.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas detectaram at\u00e9 agora a exist\u00eancia de cinco quase-sat\u00e9lites, mas conseguiram estudar praticamente s\u00f3 o Kamo’oalewa.<\/p>\n\n\n\n

“Ele \u00e9 mais f\u00e1cil de observar do que os outros quasi-sat\u00e9lites conhecidos. Uma vez por ano, durante o m\u00eas de abril, esse objeto torna-se brilhante o suficiente para ser observado com grandes telesc\u00f3pios da Terra”, diz S\u00e1nchez.<\/p>\n\n\n\n

Os outros s\u00e3o menos vis\u00edveis e n\u00e3o puderam ser analisados.<\/p>\n\n\n\n

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A equipe usou o potente telesc\u00f3pio do observat\u00f3rio de Lowell, no Arizona (EUA) – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Uma rocha muito especial<\/h2>\n\n\n\n

Ao observar este asteroide, os astr\u00f4nomos descobriram que ele \u00e9 estranhamente vermelho, uma indica\u00e7\u00e3o da presen\u00e7a de minerais met\u00e1licos.<\/p>\n\n\n\n

“Em termos simples, basicamente o que fizemos foi estudar como a luz solar se reflete na superf\u00edcie desse objeto para tentar determinar do que ele \u00e9 feito. O que descobrimos \u00e9 que o objeto \u00e9 feito de silicatos (uma classe de minerais)”, diz S\u00e1nchez.<\/p>\n\n\n\n

“E o que chamou nossa aten\u00e7\u00e3o \u00e9 que essa apar\u00eancia se assemelha mais \u00e0 superf\u00edcie de nossa Lua do que outros asteroides pr\u00f3ximos \u00e0 Terra que foram estudados”, continua o f\u00edsico.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas tamb\u00e9m explicam que a \u00fanica rocha semelhante conhecida \u00e9 uma amostra lunar trazida pelas miss\u00f5es Apollo na d\u00e9cada de 1970.<\/p>\n\n\n\n

“Isso chamou nossa aten\u00e7\u00e3o. O fato de termos observado essa composi\u00e7\u00e3o em um quasi-sat\u00e9lite da Terra, um objeto que orbita o Sol, muito pr\u00f3ximo \u00e0 Terra, nos faz suspeitar que o objeto poderia ter se originado na superf\u00edcie da Lua” diz S\u00e1nchez.<\/p>\n\n\n\n

Outras hip\u00f3teses sustentam que Kamo’oalewa poderia ser parte dos chamados objetos pr\u00f3ximos da Terra, ou “asteroides troianos”, que n\u00e3o est\u00e3o necessariamente relacionados \u00e0 dupla Terra-Lua.<\/p>\n\n\n\n

Mas os autores do novo estudo consideram que os dados obtidos apontam mais fortemente para sua hip\u00f3tese.<\/p>\n\n\n\n

“N\u00e3o temos 100% de certeza e n\u00e3o podemos descartar que o objeto tenha simplesmente sido capturado da popula\u00e7\u00e3o geral de asteroides pr\u00f3ximos \u00e0 Terra. A \u00fanica maneira de saber com certeza \u00e9 obter amostras do objeto”, diz S\u00e1nchez.<\/p>\n\n\n\n

Isso pode n\u00e3o ser t\u00e3o dif\u00edcil. Se os planos da China forem adiante, nesta d\u00e9cada Pequim lan\u00e7ar\u00e1 uma miss\u00e3o rob\u00f3tica que visitar\u00e1 o Kamo’oalewa e um cometa para trazer amostras.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

H\u00e1 alguns anos, os cientistas se perguntam qual \u00e9 a origem do asteroide Kamo’oalewa. Ele foi descoberto em 2016 e sua \u00f3rbita \u00e9 relativamente pr\u00f3xima da Terra. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":174964,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[1294,2655,2654],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/174963"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=174963"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/174963\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":174967,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/174963\/revisions\/174967"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/174964"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=174963"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=174963"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=174963"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}