{"id":175058,"date":"2021-11-24T17:52:10","date_gmt":"2021-11-24T20:52:10","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=175058"},"modified":"2021-11-24T17:52:12","modified_gmt":"2021-11-24T20:52:12","slug":"maior-vulcao-do-sistema-solar-pode-ter-originado-meteoritos-marcianos-incomuns","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/11\/24\/175058-maior-vulcao-do-sistema-solar-pode-ter-originado-meteoritos-marcianos-incomuns.html","title":{"rendered":"Maior vulc\u00e3o do Sistema Solar pode ter originado meteoritos marcianos incomuns"},"content":{"rendered":"\n
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As cores neste mapa global de Marte representam \u00e1reas com diferentes tamanhos de crateras. Ao identificar cerca de 90 milh\u00f5es de pequenas crateras de impacto, os pesquisadores conseguiram calcular as idades de diferentes regi\u00f5es de Marte e posteriormente identificar uma cratera espec\u00edfica como sendo a origem de um grupo de meteoritos.
FOTO DE\u00a0LAGAIN ET AL. (2021), NATURE COMMUNICATIONS<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

H\u00e1 cerca de um milh\u00e3o de anos, um asteroide colidiu com a superf\u00edcie normalmente tranquila de Marte. O impacto lan\u00e7ou destro\u00e7os para o alto e alguns fragmentos rochosos escaparam da gravidade do planeta e se perderam pela escurid\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Algumas das rochas acabaram alcan\u00e7ando a Terra e sobreviveram ao mergulho na atmosfera do nosso planeta, atingindo sua superf\u00edcie \u2013 incluindo um\u00a0fragmento pesado de 6,8 quilos\u00a0que caiu em Marrocos em 2011. Atualmente conhecido pelos cientistas como shergotitas empobrecidas, esse acervo de mais de uma dezena de rochas espaciais constitui parte intrigante dos\u00a0317 meteoritos marcianos conhecidos\u00a0\u2014 os \u00fanicos materiais de Marte existentes na Terra.<\/p>\n\n\n\n

Determinar qual foi a regi\u00e3o de origem desses meteoritos em Marte \u00e9 importante para conhecer a hist\u00f3ria do planeta, mas \u00e9 algo que se revelou um grande desafio cient\u00edfico. Agora, com o aux\u00edlio de um programa de aprendizado de m\u00e1quina que conta crateras, uma equipe de pesquisadores que estuda as shergotitas empobrecidas pode ter finalmente resolvido a quest\u00e3o: conclu\u00edram que esses proj\u00e9teis geol\u00f3gicos s\u00e3o provenientes de uma \u00fanica cratera no topo de Tharsis, o maior acidente geogr\u00e1fico vulc\u00e2nico do Sistema Solar.<\/p>\n\n\n\n

Esse antigo gigante vulc\u00e2nico em Marte \u00e9 composto por milhares de vulc\u00f5es individuais e se estende pelo\u00a0triplo da \u00e1rea do territ\u00f3rio continental dos Estados Unidos. Formou-se ao longo de bilh\u00f5es de anos por in\u00fameras inje\u00e7\u00f5es de magma e fluxos de lava. \u00c9 t\u00e3o pesado que, durante sua forma\u00e7\u00e3o,\u00a0causou uma\u00a0inclina\u00e7\u00e3o de 20 graus no planeta.<\/p>\n\n\n\n

Se esses meteoritos de fato s\u00e3o provenientes de Tharsis, como sugere a an\u00e1lise publicada no peri\u00f3dico\u00a0Nature Communications<\/em>,\u00a0ent\u00e3o os cientistas t\u00eam \u00e0 disposi\u00e7\u00e3o meteoritos que podem ajudar a identificar as for\u00e7as infernais que afetaram a forma\u00e7\u00e3o dessa estrutura capaz de inclinar planetas.<\/p>\n\n\n\n

\u201cIsso realmente poderia mudar nossa compreens\u00e3o sobre Marte\u201d, afirma\u00a0Luke Daly, especialista em meteoritos da Universidade de Glasgow, que n\u00e3o participou do estudo.<\/p>\n\n\n\n

Ind\u00edcios meteor\u00edticos<\/h3>\n\n\n\n

A maioria dos meteoritos marcianos enquadra-se em uma categoria denominada shergotitas, em homenagem \u00e0 cidade indiana de Sherghati onde um deles foi visto\u00a0caindo do c\u00e9u em 1865. As shergotitas s\u00e3o rochas vulc\u00e2nicas com composi\u00e7\u00f5es semelhantes, mas algumas delas, as shergotitas empobrecidas, possuem uma composi\u00e7\u00e3o qu\u00edmica peculiar.<\/p>\n\n\n\n

Em Marte, certos elementos, como o neod\u00edmio e o lant\u00e2nio, n\u00e3o possuem afinidade com os minerais do manto, a parte s\u00f3lida, por\u00e9m pastosa do planeta abaixo da crosta. As shergotitas empobrecidas carecem desses elementos \u2014 raz\u00e3o do nome \u201cempobrecida\u201d \u2014 sugerindo que s\u00e3o provenientes do manto de Marte.<\/p>\n\n\n\n

Mas como essas rochas chegaram perto o suficiente da superf\u00edcie a ponto de serem lan\u00e7adas em um impacto? Na Terra, a rocha do manto pode chegar \u00e0 superf\u00edcie de duas maneiras: quando duas placas tect\u00f4nicas se afastam e permitem a ascens\u00e3o do manto, ou quando uma fonte de material superaquecido do manto, conhecida como pluma mant\u00e9lica, sobe das profundezas. Ao que tudo indica, Marte nunca teve placas tect\u00f4nicas, ent\u00e3o uma pluma mant\u00e9lica \u00e9 o cen\u00e1rio mais prov\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas tamb\u00e9m sabem que todas as rochas vieram de uma regi\u00e3o vulc\u00e2nica relativamente recente \u2014 talvez um ac\u00famulo de dep\u00f3sitos de fluxo de lava \u2014 com base no\u00a0decaimento radioativo de elementos espec\u00edficos nos\u00a0meteoritos.<\/p>\n\n\n\n

Se todas essas rochas vulc\u00e2nicas que viajam pelo espa\u00e7o s\u00e3o oriundas de um \u00fanico impacto, ent\u00e3o ele deve ter sido muito potente, pois deixou uma cratera com no m\u00ednimo tr\u00eas quil\u00f4metros de di\u00e2metro ou talvez maior ainda. E a cratera teria cerca de 1,1 milh\u00e3o de anos, j\u00e1 que os raios c\u00f3smicos que bombardearam e alteraram as superf\u00edcies dos meteoritos ao longo do tempo revelaram a dura\u00e7\u00e3o da trajet\u00f3ria pelo espa\u00e7o ap\u00f3s o impacto.<\/p>\n\n\n\n

Contudo, apesar desses ind\u00edcios, identificar o local de origem desses fragmentos de rochas marcianas se revelou uma tarefa extremamente complexa. S\u00e3o como pe\u00e7as individuais perdidas de um quebra-cabe\u00e7a: sem saber como era seu ambiente original, \u00e9 quase imposs\u00edvel coloc\u00e1-las em uma regi\u00e3o espec\u00edfica do planeta.<\/p>\n\n\n\n

\u201cComo ge\u00f3logos, registramos muitas informa\u00e7\u00f5es sobre os locais de coleta de amostras de rochas devido \u00e0 import\u00e2ncia do contexto\u201d, afirma\u00a0\u00c1ine O\u2019Brien, doutoranda que pesquisa meteoritos marcianos na Universidade de Glasgow e que n\u00e3o participou do estudo. \u201cComo n\u00e3o \u00e9 conhecido o contexto em que os meteoritos marcianos estavam inseridos, \u00e9 preciso fazer suposi\u00e7\u00f5es bastante fundamentadas sobre o que ocorreu em sua forma\u00e7\u00e3o.\u201d<\/p>\n\n\n\n

E para fazer essas suposi\u00e7\u00f5es, os cientistas recorreram a uma nova ferramenta na ci\u00eancia planet\u00e1ria: o aprendizado de m\u00e1quina.<\/p>\n\n\n\n

Uma cratera entre milh\u00f5es<\/h3>\n\n\n\n

A \u00fanica maneira de determinar ao certo a idade da superf\u00edcie de um planeta \u00e9 coletar uma amostra f\u00edsica e estudar seus compostos radioativos. No entanto, at\u00e9 que a Nasa e a campanha\u00a0Mars Sample Return\u00a0da Ag\u00eancia Espacial Europeia tragam rochas marcianas imaculadas \u00e0 Terra na d\u00e9cada de 2030, os pesquisadores precisam confiar em uma t\u00e9cnica para estimar as idades da superf\u00edcie conhecida como contagem de crateras.<\/p>\n\n\n\n

Na Terra, ventanias, \u00e1gua corrente, lava em erup\u00e7\u00e3o e uma infinidade de seres vivos apagam rapidamente as crateras de impactos antigos. N\u00e3o \u00e9 o que ocorre em Marte, um planeta geologicamente let\u00e1rgico com brisas fracas e sem \u00e1gua na superf\u00edcie. L\u00e1, crateras de tamanho consider\u00e1vel permanecem intactas por centenas de milh\u00f5es ou at\u00e9 bilh\u00f5es de anos. Supondo que a taxa de impactos ao longo do tempo seja conhecida, uma superf\u00edcie de Marte com mais crateras seria mais antiga do que outra com menos crateras.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas podem utilizar outras estrat\u00e9gias para deduzir a idade de uma cratera. \u201cQuando um asteroide atinge a superf\u00edcie, diversos destro\u00e7os s\u00e3o lan\u00e7ados\u201d, explica\u00a0Anthony Lagain, ge\u00f3logo planet\u00e1rio da Universidade Curtin, na Austr\u00e1lia, e autor principal do novo estudo. Os fragmentos que caem de volta em Marte produzem impactos na superf\u00edcie e formam pequenas crateras secund\u00e1rias ao redor da cratera principal original. At\u00e9 mesmo em Marte, essas crateras secund\u00e1rias ficam sujeitas \u00e0 eros\u00e3o do vento ao longo de alguns milh\u00f5es de anos, ent\u00e3o qualquer cratera grande cercada por crateras secund\u00e1rias deve ter sido feita mais recentemente na hist\u00f3ria do planeta.<\/p>\n\n\n\n

\u201cPara determinar melhor as idades, \u00e9 preciso analisar crateras cada vez menores\u201d, observa\u00a0Gretchen Benedix, astroge\u00f3loga da Universidade Curtin e coautora do estudo. Impactos menores s\u00e3o mais comuns do que os maiores, ent\u00e3o podem ser utilizadas pequenas diferen\u00e7as no n\u00famero de crateras menores em duas superf\u00edcies para calcular cronologias mais detalhadas.<\/p>\n\n\n\n

Para determinar se uma cratera tinha exatamente 1,1 milh\u00e3o de anos, a equipe precisou catalogar as pequenas crateras de Marte e as utilizou para datar a superf\u00edcie com precis\u00e3o. Seria quase imposs\u00edvel fazer isso manualmente. Por isso, lan\u00e7aram imagens da \u00f3rbita de Marte em um programa de aprendizado de m\u00e1quina e o treinaram para localizar crateras com menos de um quil\u00f4metro de comprimento.<\/p>\n\n\n\n

Logo foram localizadas cerca de 90 milh\u00f5es de crateras, conta\u00a0Kosta Servis, cientista de dados da Universidade Curtin e coautor do estudo. Com essa linha do tempo das crateras dispon\u00edvel, a equipe p\u00f4de come\u00e7ar a estreitar as poss\u00edveis origens das shergotitas empobrecidas.<\/p>\n\n\n\n

Fragmentos de um tit\u00e3 vulc\u00e2nico<\/h3>\n\n\n\n

Ap\u00f3s examinar os dados, a equipe identificou 19 crateras grandes em regi\u00f5es vulc\u00e2nicas em Marte que eram cercadas por v\u00e1rias crateras secund\u00e1rias \u2014 um sinal de que essas cicatrizes planet\u00e1rias poderiam ser t\u00e3o recentes quanto a cratera buscada de 1,1 milh\u00e3o de anos. Utilizando o cat\u00e1logo de 90 milh\u00f5es de crateras pequenas, os pesquisadores conseguiram determinar com precis\u00e3o a idade das camadas de destro\u00e7os irradiados das crateras maiores, o que permitiu estimativas ainda mais exatas de suas idades.<\/p>\n\n\n\n

Algumas das crateras tinham a idade certa, mas n\u00e3o era o suficiente. A idade de forma\u00e7\u00e3o do terreno circundante tamb\u00e9m precisava coincidir com a idade dos minerais encontrados nos meteoritos. Para fazer essa verifica\u00e7\u00e3o, a equipe mais uma vez recorreu ao seu cat\u00e1logo de crateras para determinar a idade das plan\u00edcies vulc\u00e2nicas.<\/p>\n\n\n\n

Dentre essas 19 crateras, apenas duas foram escavadas a partir de dep\u00f3sitos vulc\u00e2nicos recentes por um evento de impacto h\u00e1 1,1 milh\u00e3o de anos: a cratera 09-00015 e a\u00a0cratera Tooting. Essa \u00faltima (em homenagem a um distrito de Londres) parece ter sido formada por um poderoso impacto obl\u00edquo: o tipo de colis\u00e3o que lan\u00e7aria muitos meteoritos marcianos para o espa\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n

\u201cA cratera Tooting apresenta um tipo especial de dep\u00f3sito de material lan\u00e7ado em diversas camadas que sugere a presen\u00e7a de gelo ou \u00e1gua ao seu redor no momento do impacto\u201d, conta\u00a0Peter Grindrod, cientista planet\u00e1rio do Museu de Hist\u00f3ria Natural de Londres, que n\u00e3o participou do estudo . Simula\u00e7\u00f5es de impactos demonstram que o gelo e a \u00e1gua podem gerar mais destro\u00e7os, muitos dos quais podem escapar para o espa\u00e7o se receberem impulso suficiente.<\/p>\n\n\n\n

Diante de todas essas evid\u00eancias, a equipe identificou a cratera Tooting de 30 quil\u00f4metros de comprimento como a origem mais prov\u00e1vel das shergotitas empobrecidas. \u201c\u00c9 um argumento muito convincente\u201d, comenta Daly. \u201cTudo parece fazer sentido.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas n\u00e3o descartaram completamente a cratera 09-00015, mas o importante \u00e9 que ambas as crateras \u201cest\u00e3o localizadas na regi\u00e3o de Tharsis, onde um extenso ponto de atividade magm\u00e1tica, ou superpluma, h\u00e1 muito se acredita ter produzido uma protuber\u00e2ncia imensa na superf\u00edcie de Marte\u201d, segundo Grindrod. Independentemente de qual cratera espec\u00edfica tenha originado os meteoritos, elas podem indicar a hist\u00f3ria da maior regi\u00e3o vulc\u00e2nica de Marte.<\/p>\n\n\n\n

A contagem de crateras j\u00e1 revelou que alguns dos acidentes geogr\u00e1ficos de Tharsis surgiram h\u00e1 mais de 3,7 bilh\u00f5es de anos, mas os meteoritos de shergotitas mais recentes possuem apenas algumas centenas de milh\u00f5es de anos, o que sugere que a superpluma de Tharsis \u00e9 quase t\u00e3o antiga quanto o pr\u00f3prio planeta Marte e continuou a produzir magma muito depois de diversos outros centros vulc\u00e2nicos do planeta se extinguirem.<\/p>\n\n\n\n

Assim como\u00a0as plumas da Terra, as plumas do manto de Marte ajudaram a moldar a evolu\u00e7\u00e3o da superf\u00edcie desse planeta, lan\u00e7ando enormes volumes de gases que alteram a atmosfera enquanto modificavam drasticamente sua topografia. A superpluma de Tharsis pode ter tido uma influ\u00eancia quase incessante no desenvolvimento do planeta vermelho.<\/p>\n\n\n\n

Os dias de erup\u00e7\u00f5es frequentes e prol\u00edficas de Marte acabaram. Mas o vulcanismo prolongado de Tharsis refor\u00e7a a no\u00e7\u00e3o de que at\u00e9 mesmo planetas pequenos que deveriam ter perdido seu calor interno h\u00e1 bastante tempo podem\u00a0manter atividade vulc\u00e2nica por um per\u00edodo muito maior\u00a0do que se acreditava.<\/p>\n\n\n\n

Desvendando crateras em outros planetas<\/h3>\n\n\n\n

Animada por sua descoberta, a equipe de Lagain espera identificar as crateras de origem de outros meteoritos marcianos \u2014 incluindo alguns dos mais antigos, que podem revelar mais sobre\u00a0o passado de Marte com abund\u00e2ncia de \u00e1gua.<\/p>\n\n\n\n

Mas o \u00eaxito futuro, bem como as implica\u00e7\u00f5es desse estudo, dependem de uma contagem correta de crateras pelo programa de aprendizado de m\u00e1quina. A contagem de crateras est\u00e1 repleta de dificuldades: a taxa de impactos ao longo do tempo \u00e9 apenas uma estimativa, por exemplo, e pequenas estruturas circulares em Marte semelhantes a crateras podem enganar um programa de computador.<\/p>\n\n\n\n

O aprendizado de m\u00e1quina \u201c\u00e9 uma maneira bastante criativa de tentar resolver esse problema\u201d, afirma\u00a0Lauren Jozwiak, vulcan\u00f3loga planet\u00e1ria do Laborat\u00f3rio de F\u00edsica Aplicada da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, que n\u00e3o participou do estudo. \u201cEspero que esse m\u00e9todo funcione\u201d, prossegue ela, porque, se funcionar, \u201cseria muito interessante aproveitar e aplicar o m\u00e9todo para outros planetas\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Os autores do estudo concordam. \u201cMarte \u00e9 interessante\u201d, observa Benedix. \u201cMas esse algoritmo e essa metodologia n\u00e3o se restringem a esse planeta. Poderiam ser empregados em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 Lua e tamb\u00e9m a Merc\u00fario.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Se o aprendizado de m\u00e1quina de fato solucionou esse mist\u00e9rio de longa data sobre os meteoritos, abrir\u00e1 as portas para in\u00fameras possibilidades nunca imaginadas. \u201cSem d\u00favida, estamos apenas come\u00e7ando a perceber as implica\u00e7\u00f5es do aprendizado de m\u00e1quina na ci\u00eancia planet\u00e1ria\u201d, afirma Grindrod.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: National Geographic Brasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"