{"id":175081,"date":"2021-11-25T09:49:54","date_gmt":"2021-11-25T12:49:54","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=175081"},"modified":"2021-11-25T09:49:56","modified_gmt":"2021-11-25T12:49:56","slug":"6-mitos-sobre-dinossauros-que-ainda-confundem-as-pessoas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/11\/25\/175081-6-mitos-sobre-dinossauros-que-ainda-confundem-as-pessoas.html","title":{"rendered":"6 mitos sobre dinossauros que ainda confundem as pessoas"},"content":{"rendered":"\n
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Paleont\u00f3logos at\u00e9 hoje ainda est\u00e3o tentando dissipar os mitos sobre os sauros – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Nosso conhecimento sobre os dinossauros j\u00e1 percorreu um longo caminho desde que eles foram descritos pela primeira na literatura cient\u00edfica no s\u00e9culo 19.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Mas os paleont\u00f3logos at\u00e9 hoje ainda est\u00e3o tentando dissipar os mitos sobre esses seres que se espalhavam pelo planeta h\u00e1 milh\u00f5es de anos,<\/p>\n\n\n\n

A tarefa \u00e9 dificultada por representa\u00e7\u00f5es imprecisas de dinossauros na cultura popular – incluindo a franquia de filmes Jurassic Park,<\/em> de grande sucesso.<\/p>\n\n\n\n

Aqui est\u00e3o alguns dos mitos que ainda persistem.<\/p>\n\n\n\n

Todos os dinossauros foram mortos pelo impacto de um meteoro na Terra?<\/h2>\n\n\n\n

H\u00e1 cerca de 66 milh\u00f5es de anos, os dinossauros tiveram um dia p\u00e9ssimo: um grande meteorito, estimado em cerca de 10 km de di\u00e2metro, acertou em cheio a Terra. \u00c9 isso que aponta a enorme cratera deixada na pen\u00ednsula mexicana de Yucat\u00e1n.<\/p>\n\n\n\n

O impacto causou um evento de extin\u00e7\u00e3o em massa, onde 75% dos animais do planeta morreram.<\/p>\n\n\n\n

Entre os 25% sobreviventes, no entanto, havia alguns dinossauros.<\/p>\n\n\n\n

“Embora muitos dinossauros tenham morrido com o impacto, um grupo importante de dinossauros super pequenos e com penas continuaram e ainda os vemos hoje”, diz \u00e0 BBC o professor Paul Barrett, paleont\u00f3logo do Museu de Hist\u00f3ria Natural (NHM) de Londres.<\/p>\n\n\n\n

“Os p\u00e1ssaros s\u00e3o membros do mesmo grupo ao qual os dinossauros pertenciam. Eles s\u00e3o dinossauros vivos e em termos do n\u00famero de esp\u00e9cies de p\u00e1ssaros vivos, existem mais esp\u00e9cies de dinossauros hoje do que h\u00e1 66 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s.”<\/p>\n\n\n\n

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Aves s\u00e3o descendentes dos dinossauros – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Voc\u00ea poderia se esconder de um ‘Tyrannosaurus rex’ ficando parado?<\/h2>\n\n\n\n

O Tyrannosaurus rex<\/em> \u00e9 a atra\u00e7\u00e3o principal do primeiro filme da franquia Jurassic Park<\/em>, lan\u00e7ado em 1993.<\/p>\n\n\n\n

Mas o filme retratou o T-Rex como uma fera de vis\u00e3o fraca que s\u00f3 poderia detectar uma presa em potencial se ela se movesse.<\/p>\n\n\n\n

Na natureza, essa caracter\u00edstica existe em alguns animais, como anf\u00edbios, mas Barrett diz que esse n\u00e3o era o caso dos grandes predadores cret\u00e1ceos – diferentemente do que o nome indica, os T-Rex existiram durante o per\u00edodo cret\u00e1ceo (entre cerca de 145 milh\u00f5es a 66 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s) e n\u00e3o no per\u00edodo jur\u00e1ssico (entre 200 milh\u00f5es e 1,45 bilh\u00f5es de anos atr\u00e1s).<\/p>\n\n\n\n

“Os dinossauros provavelmente tinham muito mais acuidade visual. Um estudo de 15 anos atr\u00e1s sugeriu que o T-Rex provavelmente tinha uma vis\u00e3o melhor do que a de qualquer animal que j\u00e1 viveu”, afirma Barrett. “Ficar parado na frente de um T-Rex provavelmente seria uma das coisas mais est\u00fapidas que voc\u00ea poderia fazer.”<\/p>\n\n\n\n

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Um meteoro que atingiu a Terra causou extin\u00e7\u00e3o em massa – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Um ‘Tyrannosaurus rex’ poderia correr mais r\u00e1pido que um ve\u00edculo em movimento?<\/h2>\n\n\n\n

O filme tamb\u00e9m inclui uma cena em que um T-Rex ultrapassa um ve\u00edculo em movimento.<\/p>\n\n\n\n

De fato, alguns estudos iniciais apontavam que o predador poderia correr com velocidade de at\u00e9 50km\/h. No entanto, simula\u00e7\u00f5es mais recentes e mais avan\u00e7adas sugerem uma velocidade mais lenta, de 20 a 29 km\/h.<\/p>\n\n\n\n

“Tamb\u00e9m \u00e9 importante ter em mente que uma coisa \u00e9 a velocidade m\u00e1xima que voc\u00ea pode alcan\u00e7ar e outra \u00e9 uma velocidade confort\u00e1vel na qual voc\u00ea pode correr por mais tempo”, diz Mariana Di Giacomo, conservadora-restauradora do Museu Peabody de Hist\u00f3ria Nacional da Universidade de Yale.<\/p>\n\n\n\n

“Os corredores de maratona n\u00e3o correm t\u00e3o r\u00e1pido quanto os atletas de velocidade. Inclusive as dist\u00e2ncias das corridas de maior velocidade s\u00e3o curtas, porque manter um ritmo t\u00e3o alto por per\u00edodos mais longos \u00e9 dif\u00edcil para nossos corpos.”<\/p>\n\n\n\n

“Talvez o T-Rex pudesse correr r\u00e1pido em trechos curtos, mas isso n\u00e3o teria sido suficiente para correr mais do que um carro em movimento”, acrescenta Di Giacomo.<\/p>\n\n\n\n

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The T-Rex could run, but not as fast as the movies suggest – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Podemos clonar um dinossauro?<\/h2>\n\n\n\n

Os dinossauros foram extintos dezenas de milh\u00f5es de anos antes do surgimento da nossa esp\u00e9cie. E recri\u00e1-los, ao menos com o conhecimento e a tecnologia que temos hoje, \u00e9 imposs\u00edvel.<\/p>\n\n\n\n

O maior motivo \u00e9 que o DNA \u00e9 uma mol\u00e9cula que n\u00e3o envelhece bem.<\/p>\n\n\n\n

“N\u00e3o sobrevive muito tempo, pelo que sabemos”, explica o professor Barrett. “O DNA mais antigo do qual temos registro f\u00f3ssil tem cerca de dois milh\u00f5es de anos. E esse DNA s\u00e3o fragmentos de bact\u00e9rias, solo, fungos e coisas assim.”<\/p>\n\n\n\n

Para os animais, os dados gen\u00e9ticos mais antigos dispon\u00edveis s\u00e3o de criaturas que morreram no m\u00e1ximo h\u00e1 50 mil anos.<\/p>\n\n\n\n

“Portanto, estou bastante c\u00e9tico quanto a isso (a possibilidade de clonar dinossauros)”, conclui.<\/p>\n\n\n\n

Dii Giacomo concorda, dizendo que mesmo um avan\u00e7o cient\u00edfico em termos de entender a parte gen\u00e9tica dos dinossauros n\u00e3o significa sucesso na clonagem.<\/p>\n\n\n\n

“A clonagem de esp\u00e9cies que est\u00e3o t\u00e3o distantes de n\u00f3s no tempo geol\u00f3gico \u00e9 muito complexa porque existem muitas vari\u00e1veis \u200b\u200bdesconhecidas.”<\/p>\n\n\n\n

Ela tamb\u00e9m levanta poss\u00edveis quest\u00f5es \u00e9ticas.<\/p>\n\n\n\n

“Filmes como Jurassic Park<\/em> e Jurassic World<\/em> nos mostram todos os motivos para n\u00e3o faz\u00ea-lo, que se concentram principalmente nos humanos que sofrem as consequ\u00eancias, diz ela. “Mas pouco se fala sobre a crueldade de trazer esses animais para um mundo que n\u00e3o se parece em nada com o que eles teriam visto em seu tempo.”<\/p>\n\n\n\n

Os dinossauros eram “criaturas burras”?<\/h2>\n\n\n\n

Di Giacomo explica que os avan\u00e7os tecnol\u00f3gicos proporcionaram aos cientistas mais recursos para entender como os dinossauros viviam e se comportavam.<\/p>\n\n\n\n

“Nem todos os dinossauros eram super brilhantes e nem todos os dinossauros careciam de intelig\u00eancia”, diz a especialista. “Eles eram t\u00e3o inteligentes quanto precisavam ser para o mundo em que viviam.”<\/p>\n\n\n\n

O professor Barrett acrescenta que alguns dinossauros eram “na verdade muito inteligentes”, ou seja. “Alguns deles provavelmente eram noturnos para evitar a competi\u00e7\u00e3o com animais maiores. Nesse caso, obviamente eles precisariam de um c\u00e9rebro maior para lidar com as informa\u00e7\u00f5es extras necess\u00e1rias para serem noturnos, bem como melhores sentidos de audi\u00e7\u00e3o, vis\u00e3o e olfato.”<\/p>\n\n\n\n

Os dinossauros eram p\u00e9ssimos pais?<\/h2>\n\n\n\n

Por mais de um s\u00e9culo, os dinossauros foram considerados animais solit\u00e1rios que n\u00e3o se mantinham perto dos filhotes depois do nascimento.<\/p>\n\n\n\n

Nas d\u00e9cadas de 1970 e 1980, novas descobertas revelaram um comportamento social mais complexo.<\/p>\n\n\n\n

Um dinossauro herb\u00edvoro que se acredita ter vivido 77 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s at\u00e9 foi nomeado de Maiasaura – que significa “lagarto boa m\u00e3e” em grego e latim.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo mais recente, publicado na revista Scientific Reports em outubro passado, foi ainda mais longe e sugeriu que os dinossauros que viveram 193 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s j\u00e1 se organizavam em rebanhos e alimentavam seus filhotes.<\/p>\n\n\n\n

“Hoje em dia, temos uma compreens\u00e3o melhor dos dinossauros e sabemos que pelo menos alguns deles foram bons pais”, disse o professor Barrett. “Sim, havia outros que n\u00e3o eram, no sentido humano do termo.”<\/p>\n\n\n\n

Di Giacomo menciona outros casos de dinossauros que “cuidavam dos filhotes”.<\/p>\n\n\n\n

“Existem outras esp\u00e9cies identificadas como tendo um lado paternal, e isso inclui predadores como o Allosaurus”, diz ela.<\/p>\n\n\n\n

A especialista explica que existe at\u00e9 um dinossauro, o Citipati osmolskae, que recebeu o apelido de”Big Mama “porque foi encontrado em uma posi\u00e7\u00e3o protetora sobre seus ovos.”<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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