{"id":175197,"date":"2021-11-30T16:42:43","date_gmt":"2021-11-30T19:42:43","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=175197"},"modified":"2021-11-30T16:42:46","modified_gmt":"2021-11-30T19:42:46","slug":"luz-da-colisao-de-dois-buracos-negros-pode-ter-sido-observada-pela-1a-vez","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/11\/30\/175197-luz-da-colisao-de-dois-buracos-negros-pode-ter-sido-observada-pela-1a-vez.html","title":{"rendered":"Luz da colis\u00e3o de dois buracos negros pode ter sido observada pela 1\u00aa vez"},"content":{"rendered":"\n
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Do pouco que entendemos\u00a0do espa\u00e7o, sabemos que nem mesmo a luz escapa da for\u00e7a gravitacional dos buracos negros. Entretanto, uma ocasi\u00e3o recentemente\u00a0observada por astr\u00f4nomos\u00a0do Observat\u00f3rio Palomar, na Calif\u00f3rnia, pode, com o perd\u00e3o do trocadilho, \u201cjogar mais luz\u201d nessa premissa.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com um comunicado emitido pela NASA, os especialistas podem ter observado, pela primeira vez, a luz resultante do choque de dois buracos negros que bateram um contra o outro em maio de 2019, em um evento nomeado \u201cGW190521g<\/em>\u201d.<\/p>\n\n\n\n

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A colis\u00e3o de dois buracos negros pode gerar efeitos de luz que permitiriam a sua identifica\u00e7\u00e3o direta, segundo algumas teorias: NASa identificou ocasi\u00e3o que pode acabar provando a veracidade dessa ideia (Imagem: Elena11\/Shutterstock)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O motivo da apreens\u00e3o neste caso \u00e9 justificado: como dissemos, buracos negros n\u00e3o t\u00eam luz pr\u00f3pria, nem tampouco refletem a luz de outros objetos \u2013 que \u00e9 como observamos a maioria dos eventos espaciais. Al\u00e9m disso,\u00a0sua capacidade gravitacional\u00a0\u00e9 t\u00e3o intensa que nem mesmo a luz \u2013\u00a0o objeto mais veloz do universo\u00a0a quase 300 mil quil\u00f4metros por segundo (km\/s) \u2013 consegue escapar de sua influ\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Mas ent\u00e3o, o que \u00e9 essa \u201cluz dos buracos negros\u201d mencionada pela NASA? Bom, os cientistas e a\u00a0ag\u00eancia espacial americana\u00a0acreditam tratar-se da mat\u00e9ria em volta dos objetos que se chocaram, conforme regem algumas teorias que postulam que choques entre objetos massivos no espa\u00e7o s\u00e3o capazes de fazer com que a mat\u00e9ria ao seu redor irradie rea\u00e7\u00f5es luminosas.<\/p>\n\n\n\n

A suspeita ainda n\u00e3o foi cientificamente confirmada, mas a especula\u00e7\u00e3o tem uma base mais s\u00f3lida aqui: usando duas estruturas especificamente criadas para a detec\u00e7\u00e3o de ondas gravitacionais \u2013 a colabora\u00e7\u00e3o cient\u00edfica LIGO (ou\u00a0Laser Interferometer Gravitational-wave Observatory<\/em>) e o detector Virgo, os cientistas estavam ativamente buscando por esse tipo de \u201csuposta luz\u201d, e acham t\u00ea-la encontrado no choque dos dois buracos negros.<\/p>\n\n\n\n

Nos \u00faltimos seis anos, desde quando, em 2015,\u00a0observamos as ondas gravitacionais\u00a0pela primeira vez, n\u00f3s aprendemos muito mais sobre buracos negros do que em d\u00e9cadas anteriores. Essencialmente, elas s\u00e3o perturba\u00e7\u00f5es no tempo-espa\u00e7o e s\u00e3o previstas na\u00a0Teoria Geral da Relatividade, postulada por\u00a0Albert Einstein\u00a0em 1915.<\/p>\n\n\n\n

Essas perturba\u00e7\u00f5es, entendem os cientistas, foram o que fizeram com que a mat\u00e9ria pr\u00f3xima dos buracos negros irradiassem.<\/p>\n\n\n\n

Se comprovada a tese, essa ser\u00e1 a primeira vez que tivemos uma evid\u00eancia de uma colis\u00e3o de objetos espaciais dessa magnitude.<\/p>\n\n\n\n

Luz de choque entre buracos negros pode ter sido observada antes<\/h2>\n\n\n\n

A situa\u00e7\u00e3o \u00e9 bastante parecida com uma not\u00edcia\u00a0que o\u00a0Olhar Digital<\/strong>\u00a0veiculou h\u00e1 mais de um ano, em junho de 2020. Naquela \u00e9poca, cientistas ligados ao JPL-Caltech da NASA tamb\u00e9m afirmaram que, pelo uso do LIGO, conseguiram identificar uma esp\u00e9cie de \u201cluz\u201d no que \u201cpoderia ser\u201d o \u201cchoque entre dois buracos negros\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Escrevemos na \u00e9poca: \u201c[Matt] Graham e seus colegas ent\u00e3o detectaram que as explos\u00f5es luminosas correspondiam ao perfil dos impactos entre buracos negros identificados pela LIGO. Assim, as hip\u00f3teses de explos\u00f5es de gal\u00e1xias ou estrelas foram descartadas pelos cientistas\u201d, em refer\u00eancia ao professor de astrof\u00edsica da Caltech.<\/p>\n\n\n\n

Tamb\u00e9m dissemos: \u201cse houve o impacto, o choque deve ter resultado em outro buraco negro que pode ter sido al\u00e7ado para fora do disco de poeira. O objeto espacial ainda estaria orbitando o buraco negro supermassivo no centro da gal\u00e1xia que envolve o disco de poeira, e deve cruzar o disco daqui um ou dois anos. Os pesquisadores acreditam que se outro brilho for detectado, o epis\u00f3dio vai corroborar com as teorias j\u00e1 apresentadas\u201d.<\/p>\n\n\n\n

A\u00ed fica a pergunta: qual dos dois eventos vale como \u201ca primeira vez\u201d? Bom, os dois, tecnicamente. E tecnicamente, nenhum deles. Existe alguma piada sobre o \u201cgato de Schr\u00f6dinger\u201d em algum lugar aqui.<\/p>\n\n\n\n

Isso porque, assim como o atual, o evento de 2020 ainda n\u00e3o foi cientificamente comprovado. Como voc\u00ea viu, h\u00e1 um intervalo entre as observa\u00e7\u00f5es de luminosidade \u2013 o pr\u00f3ximo, se houver, deve ocorrer em 2022. Logo, como nenhuma das duas ocasi\u00f5es ainda tem uma comprova\u00e7\u00e3o s\u00f3lida, as duas permanecem como hip\u00f3teses prim\u00e1rias.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Olhar Digital<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"