{"id":175476,"date":"2021-12-14T19:11:49","date_gmt":"2021-12-14T22:11:49","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=175476"},"modified":"2021-12-14T19:11:50","modified_gmt":"2021-12-14T22:11:50","slug":"novo-metodo-de-conhecimento-de-especies-facilita-conservacao-da-amazonia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/12\/14\/175476-novo-metodo-de-conhecimento-de-especies-facilita-conservacao-da-amazonia.html","title":{"rendered":"Novo m\u00e9todo de conhecimento de esp\u00e9cies facilita conserva\u00e7\u00e3o da Amaz\u00f4nia"},"content":{"rendered":"\n
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Novo m\u00e9todo de conhecimento de esp\u00e9cies facilita conserva\u00e7\u00e3o da Amaz\u00f4nia (Foto: MARK BOWLER \/ ARQUIVO PESQUISADORES)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Ao comparar a abund\u00e2ncia na\u00a0Amaz\u00f4nia\u00a0de 91 esp\u00e9cies silvestres de animais, pesquisadores do Brasil,\u00a0Peru, Estados Unidos, Inglaterra e Espanha mostram que o m\u00e9todo baseado no conhecimento ecol\u00f3gico local (LEK) \u00e9 mais eficaz para mapear\u00a0esp\u00e9cies\u00a0particulares de mam\u00edferos, aves e\u00a0tartarugas\u00a0que raramente s\u00e3o observadas por meio de monitoramentos convencionais, como as esp\u00e9cies noturnas, as menos abundantes ou v\u00edtimas de ca\u00e7adas.<\/p>\n\n\n\n

Esta \u00e9 a conclus\u00e3o de estudo publicado na segunda-feira (6) na revista cient\u00edfica\u00a0Methods in Ecology and Evolution<\/em>, com contribui\u00e7\u00e3o de pesquisadores das universidades federais da Para\u00edba (UFPB), do Rio Grande do Norte (UFRN) e Rural da Amaz\u00f4nia (UFRA).<\/p>\n\n\n\n

Neste estudo de conhecimento ecol\u00f3gico, o objetivo foi avaliar o potencial do levantamento da abund\u00e2ncia da vida silvestre e, para tanto, comparou-se o conhecimento ecol\u00f3gico local com os estudos cient\u00edficos que tradicionalmente usam m\u00e9todos que consistem em caminhar repetidamente em trilhas pela mata para contar os\u00a0animais\u00a0avistados.<\/p>\n\n\n\n

O estudo aponta que o m\u00e9todo LEK implica um maior n\u00famero de horas dedicadas \u00e0 observa\u00e7\u00e3o na\u00a0floresta, mas amplamente distribu\u00eddas ao longo do tempo nas suas atividades quotidianas das popula\u00e7\u00f5es locais. J\u00e1 os censos de animais feitos em trilhas lineares sup\u00f5em um esfor\u00e7o consideravelmente menor, mas muito intenso, pois costuma se concentrar em duas ou tr\u00eas semanas de trabalho passando pelas trilhas.<\/p>\n\n\n\n

Franciany Braga-Pereira, doutoranda em Zoologia da Universidade Federal da Para\u00edba (UFPB), pesquisadora do Instituto de Ciencia y Tecnolog\u00eda Ambientales de la Universidad Aut\u00f3noma de Barcelona (ICTA-UAB) e l\u00edder do estudo, comenta que \u201ca percep\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o local \u00e9 multissensorial, envolvendo audi\u00e7\u00e3o,\u00a0olfato\u00a0e outros sinais visuais indiretos, como urina, pegadas, arranh\u00f5es, que aumentam a capacidade de detectar a presen\u00e7a de um animal\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Ela explica que os censos de animais por meio de trilhas lineares s\u00e3o feitos durante o dia, o que acaba por n\u00e3o abranger animais noturnos, por exemplo. \u201cO monitoramento convencional por meio desses transectos lineares tem dificuldade em fornecer informa\u00e7\u00f5es sobre todas as esp\u00e9cies que possuem h\u00e1bitos noturnos ou que s\u00e3o mais ariscas\u201d.<\/p>\n\n\n\n

A conclus\u00e3o \u00e9 que a incorpora\u00e7\u00e3o do LEK nos projetos de monitoramento da vida silvestre de base comunit\u00e1ria, em que os moradores locais registram e interpretam seus pr\u00f3prios dados, pode melhorar significativamente a qualidade da\u00a0ci\u00eancia\u00a0e contribuir para a sustentabilidade das\u00a0florestas tropicais\u00a0do mundo.<\/p>\n\n\n\n

Esse m\u00e9todo empodera as comunidades locais, que s\u00e3o os principais atores e partes interessadas, para melhor administrar seus pr\u00f3prios recursos naturais e desenvolver iniciativas de conserva\u00e7\u00e3o leg\u00edtimas e bem-sucedidas.<\/p>\n\n\n\n

Os autores explicam que o monitoramento dos animais pelas comunidades tradicionais pode ser realizado mesmo com a interrup\u00e7\u00e3o de pesquisas externas por conta de crises internacionais ou nacionais. “Um grande exemplo disto foram as restri\u00e7\u00f5es de movimenta\u00e7\u00e3o durante a recente pandemia [de<\/em>]\u00a0Covid-19, na qual muitas \u00e1reas protegidas no mundo permaneceram fechadas para pesquisadores externos por um longo per\u00edodo e o \u00fanico monitoramento da fauna poss\u00edvel foi aquele feito independentemente por moradores locais\u201d, ressalta o autor s\u00eanior do estudo, Pedro Mayor, da Universidade Aut\u00f4noma de Barcelona (UAB), professor visitante da Universidade Federal Rural da Amaz\u00f4nia, pesquisador de Fundamazonia e presidente da Comunidad de Manejo de Fauna Silvestre en la Amazon\u00eda y en Latinoam\u00e9rica.<\/p>\n\n\n\n

Na Floresta Amaz\u00f4nica, que det\u00e9m umas maiores biodiversidades do mundo, esse tipo de monitoramento pode ajudar a mensurar o impacto de diferentes atividades na vida silvestre, trazendo estimativas precisas e atualizadas da abund\u00e2ncia das popula\u00e7\u00f5es animais. Quanto maior a velocidade de obten\u00e7\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es de alta qualidade sobre as tend\u00eancias populacionais, mais eficazes podem ser as a\u00e7\u00f5es de manejo e conserva\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Estudo de conhecimento ecol\u00f3gico, o objetivo foi avaliar o potencial do levantamento da abund\u00e2ncia da vida silvestre e, para tanto, comparou-se o conhecimento ecol\u00f3gico local com os estudos cient\u00edficos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":175477,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[32,4329,523],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/175476"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=175476"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/175476\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":175478,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/175476\/revisions\/175478"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/175477"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=175476"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=175476"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=175476"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}