{"id":175486,"date":"2021-12-15T09:48:48","date_gmt":"2021-12-15T12:48:48","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=175486"},"modified":"2021-12-15T09:48:54","modified_gmt":"2021-12-15T12:48:54","slug":"geleira-gigante-na-antartida-pode-se-desintegrar-rapidamente-advertem-cientistas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/12\/15\/175486-geleira-gigante-na-antartida-pode-se-desintegrar-rapidamente-advertem-cientistas.html","title":{"rendered":"Geleira gigante na Ant\u00e1rtida pode se desintegrar rapidamente, advertem cientistas"},"content":{"rendered":"\n
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Frente da geleira Thwaites est\u00e1 derretendo – ROB LARTER<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Os cientistas est\u00e3o alertando sobre mudan\u00e7as dram\u00e1ticas em uma das maiores geleiras da Ant\u00e1rtida, potencialmente nos pr\u00f3ximos cinco a 10 anos.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Eles dizem que uma se\u00e7\u00e3o flutuante na frente da geleira Thwaites que at\u00e9 agora esteve relativamente est\u00e1vel poderia “quebrar como o para-brisa de um carro”.<\/p>\n\n\n\n

Pesquisadores dos Estados Unidos e do Reino Unido est\u00e3o atualmente envolvidos em um intenso programa de estudos em Thwaites por causa de sua taxa de derretimento.<\/p>\n\n\n\n

Ela j\u00e1 est\u00e1 despejando 50 bilh\u00f5es de toneladas de gelo no oceano a cada ano.<\/p>\n\n\n\n

Isso est\u00e1 tendo um impacto limitado nos n\u00edveis globais do mar hoje, mas h\u00e1 gelo suficiente retido na bacia hidrogr\u00e1fica da geleira para elevar o n\u00edvel dos oceanos em 65 cm \u2014 se tudo derreter.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 improv\u00e1vel que esse cen\u00e1rio de “ju\u00edzo final” aconte\u00e7a por muitos s\u00e9culos, mas a equipe de estudo diz que Thwaites agora est\u00e1 respondendo a um mundo em aquecimento de maneiras realmente muito r\u00e1pidas.<\/p>\n\n\n\n

“Haver\u00e1 uma mudan\u00e7a dram\u00e1tica na frente da geleira, provavelmente em menos de uma d\u00e9cada. Tanto os estudos j\u00e1 publicados quanto os ainda n\u00e3o publicados apontam nessa dire\u00e7\u00e3o”, diz \u00e0 BBC News o glaciologista Ted Scambos, coordenador-chefe dos EUA para a Colabora\u00e7\u00e3o Internacional da Geleira Thwaites (ITGC, na sigla em ingl\u00eas).<\/p>\n\n\n\n

“Isso vai acelerar o ritmo (do degelo da Thwaites) e ampliar, efetivamente, a parte perigosa da geleira”, acrescenta ele.<\/p>\n\n\n\n

A Thwaites \u00e9 um colosso. \u00c9 quase do tamanho da Gr\u00e3-Bretanha ou da Fl\u00f3rida, e sua velocidade de derretimento dobrou nos \u00faltimos 30 anos.<\/p>\n\n\n\n

O ITGC mostrou como essa din\u00e2mica est\u00e1 acontecendo. \u00c9 o resultado da \u00e1gua quente do oceano passando por baixo \u2014 e derretendo \u2014 a frente flutuante de Thwaites, ou plataforma de gelo como \u00e9 conhecida.<\/p>\n\n\n\n

A \u00e1gua quente est\u00e1 afinando e enfraquecendo esse gelo, fazendo-o derreter mais rapidamente e empurrando para tr\u00e1s a zona onde o corpo da geleira principal se torna flutuante.<\/p>\n\n\n\n

No momento, a borda da plataforma oriental de gelo est\u00e1 fixada no lugar por uma crista submarina offshore, o que significa que sua velocidade de vaz\u00e3o \u00e9 um ter\u00e7o daquela observada no setor oeste da plataforma de gelo, que n\u00e3o tem tal restri\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Mas a equipe do ITGC diz que a plataforma leste provavelmente se desacoplar\u00e1 da crista nos pr\u00f3ximos anos, o que a desestabilizar\u00e1. E mesmo se isso n\u00e3o acontecer, o aparecimento cont\u00ednuo de fraturas na plataforma de gelo quase certamente vai romper a \u00e1rea de qualquer maneira.<\/p>\n\n\n\n

“Visualizo isso de forma semelhante \u00e0 janela do carro onde voc\u00ea tem algumas rachaduras que est\u00e3o se propagando lentamente e, de repente, voc\u00ea passa por um solavanco e a coisa toda come\u00e7a a quebrar em todas as dire\u00e7\u00f5es”, explica Erin Pettit, da Oregon State University, nos Estados Unidos.<\/p>\n\n\n\n

A \u00e1rea afetada \u00e9 muito pequena quando considerada no contexto da geleira como um todo, mas representa uma mudan\u00e7a para um novo regime, e o mais importante \u00e9 o que isso significa para mais perda de gelo.<\/p>\n\n\n\n

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Thwaites \u00e9 do tamanho da Gr\u00e3-Bretanha ou da Fl\u00f3rida – ALEKSANDRA MAZUR<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Atualmente, a plataforma oriental, que tem uma largura de cerca de 40 km, avan\u00e7a cerca de 600 m por ano. A pr\u00f3xima mudan\u00e7a de status provavelmente far\u00e1 com que o gelo salte em velocidade para cerca de 2 km por ano \u2014 o mesmo que a velocidade atual registrada no setor oeste de 80 km de largura.<\/p>\n\n\n\n

Financiado conjuntamente pela Funda\u00e7\u00e3o Nacional da Ci\u00eancia dos Estados Unidos e pelo Conselho de Pesquisa em Conselho de Pesquisa em Meio Ambiente Natural do Reino Unido, o projeto do ITGC, que vai durar cinco anos, investiga a Thwaites nos m\u00ednimos detalhes.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/a><\/figure>\n\n\n\n

A cada ver\u00e3o na Ant\u00e1rtida, equipes de cientistas analisam o comportamento da geleira de todas as maneiras poss\u00edveis. De sat\u00e9lite, no gelo e de navios na frente de Thwaites.<\/p>\n\n\n\n

As equipes j\u00e1 come\u00e7aram a se deslocar para iniciar os trabalhos na nova temporada que est\u00e1 a ponto de come\u00e7ar \u2014 algumas equipes ainda est\u00e3o em quarentena por covid antes de dar in\u00edcio ao trabalho de campo para valer.<\/p>\n\n\n\n

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Um dos projetos para o Ano Novo vai envolver o pequeno submarino amarelo conhecido como “Boaty McBoatface”.<\/p>\n\n\n\n

Sob o gelo flutuante de Thwaites, ele vai coletar dados sobre a temperatura da \u00e1gua, dire\u00e7\u00e3o da corrente e turbul\u00eancia \u2014 todos fatores que influenciam o derretimento.<\/p>\n\n\n\n

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Boaty McBoatface, ve\u00edculo subaqu\u00e1tico aut\u00f4nomo brit\u00e2nico, mergulhar\u00e1 sob a plataforma de gelo de Thwaites – NOC<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O ve\u00edculo aut\u00f4nomo far\u00e1 miss\u00f5es com dura\u00e7\u00e3o de um a quatro dias, navegando em seu pr\u00f3prio caminho pela cavidade abaixo da plataforma.<\/p>\n\n\n\n

Trata-se de uma miss\u00e3o de alto risco, pois o terreno do fundo do mar \u00e9 extremamente acidentado.<\/p>\n\n\n\n

“\u00c9 assustador. Podemos n\u00e3o ter Boaty de volta”, diz Alex Phillips, do Centro Nacional de Oceanografia do Reino Unido.<\/p>\n\n\n\n

“Nos esfor\u00e7amos muito no ano passado no desenvolvimento de sistemas anti-colis\u00e3o, para garantir que ele n\u00e3o se chocasse com o fundo do mar. Tamb\u00e9m temos planos de conting\u00eancia pelos quais se ele entrar em apuros, pode refazer seus passos e retirar-se em seguran\u00e7a. “<\/p>\n\n\n\n

Os mais recentes estudos sobre a geleira Thwaites est\u00e3o sendo apresentados nesta semana no Encontro de Outono da Uni\u00e3o Geof\u00edsica Americana em Nova Orleans.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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