{"id":175570,"date":"2021-12-20T17:56:36","date_gmt":"2021-12-20T20:56:36","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=175570"},"modified":"2021-12-20T17:56:39","modified_gmt":"2021-12-20T20:56:39","slug":"geleiras-do-himalaia-derretem-em-taxa-recorde-desde-a-pequena-era-do-gelo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/12\/20\/175570-geleiras-do-himalaia-derretem-em-taxa-recorde-desde-a-pequena-era-do-gelo.html","title":{"rendered":"Geleiras do Himalaia derretem em taxa recorde desde a Pequena Era do Gelo"},"content":{"rendered":"\n
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O derretimento desenfreado no Himalaia est\u00e1 resultando na forma\u00e7\u00e3o de imensos lagos (Foto: Duncan Quincey, University of Leeds)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O conjunto de\u00a0montanhas\u00a0mais altas do mundo \u00e9 tamb\u00e9m o mais amea\u00e7ado pelos efeitos do\u00a0aquecimento global. \u00c9 o que indica uma pesquisa conduzida por pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra. O estudo\u00a0publicado nesta segunda-feira (20)\u00a0na revista\u00a0Scientific Reports\u00a0<\/em>aponta que a cordilheira do\u00a0Himalaia, que abriga o\u00a0Everest, tem perdido gelo em velocidade recorde.<\/p>\n\n\n\n

Segundo os pesquisadores, as\u00a0geleiras\u00a0est\u00e3o derretendo dez vezes mais r\u00e1pido nas \u00faltimas d\u00e9cadas do que a m\u00e9dia de derretimento desde a\u00a0Pequena Era do Gelo, um per\u00edodo de resfriamento da Terra que acabou por volta de 1800. Na pr\u00e1tica, isso significa que o Himalaia perdeu cerca de 40% da sua \u00e1rea desde ent\u00e3o. Para chegar nessas estimativas, a equipe da Universidade de Leeds usou imagens de\u00a0sat\u00e9lite\u00a0e modelos digitais de eleva\u00e7\u00e3o, simulando qual seria a superf\u00edcie do gelo entre 400 e 700 anos atr\u00e1s\u00a0\u2014 e, portanto, concluindo quanto foi perdido.<\/p>\n\n\n\n

O derretimento \u201cexcepcional\u201d do Himalaia, nas palavras dos pesquisadores, tamb\u00e9m \u00e9 recorde se comparado ao de outras geleiras do mundo. A t\u00edtulo de compara\u00e7\u00e3o, a quantidade de gelo que a cordilheira perdeu desde a Pequena Era do Gelo, algo entre 390 km\u00b3 e 586 km\u00b3, \u00e9 equivalente a todo o gelo contido hoje nos Alpes da Europa Central, no C\u00e1ucaso e na Escandin\u00e1via somados.<\/p>\n\n\n\n

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Himalaia perdeu cerca de 40% da sua \u00e1rea desde a Pequena Era do Gelo (Foto: Duncan Quincey, University of Leeds)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Para os pesquisadores, esse degelo acelerado e desenfreado do Himalaia n\u00e3o pode ser dissociado do\u00a0aquecimento global. \u201cNossas descobertas mostram claramente que o gelo est\u00e1 sendo perdido nas geleiras do Himalaia a uma taxa pelo menos dez vezes maior do que a taxa m\u00e9dia nos s\u00e9culos passados. Essa acelera\u00e7\u00e3o na taxa de perda surgiu apenas nas \u00faltimas d\u00e9cadas e coincide com a mudan\u00e7a clim\u00e1tica induzida pela humanidade\u201d,\u00a0afirma \u00e0 imprensa Jonathan Carrivick,\u00a0um dos autores do estudo e chefe adjunto da Escola de Geografia da Universidade de Leeds.<\/p>\n\n\n\n

Esse gelo todo, \u00e9 claro, acaba se convertendo em l\u00edquido. A estimativa \u00e9 que esse derretimento das geleiras do Himalaia nos \u00faltimos s\u00e9culos tenha elevado entre 0,92 mil\u00edmetros (mm) e 1,38 mm o\u00a0n\u00edvel do mar\u00a0em todo o mundo. Mas isso n\u00e3o significa abund\u00e2ncia para quem depende da\u00a0\u00e1gua\u00a0que escoa do degelo da cordilheira.<\/p>\n\n\n\n

O\u00a0derretimento das geleiras, que deveria ser sazonal, abastece diversas regi\u00f5es da \u00c1sia com a \u00e1gua que \u00e9 usada para irriga\u00e7\u00e3o, gera\u00e7\u00e3o de energia e at\u00e9 para beber. Com a perda de gelo acelerada, o risco \u00e9 que esse abastecimento acabe num futuro pr\u00f3ximo. Al\u00e9m disso, o derretimento desenfreado tamb\u00e9m est\u00e1 resultando na forma\u00e7\u00e3o de imensos\u00a0lagos\u00a0nessas regi\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Estudos apontam que, se esses lagos entrarem em colapso, podem resultar em\u00a0enchentes\u00a0que afetar\u00e3o milh\u00f5es de pessoas. Segundo Simon Cook, coautor do estudo e professor de Geografia e Ci\u00eancia Ambiental na Universidade de Dundee, trata-se de um impacto significativo em na\u00e7\u00f5es e regi\u00f5es inteiras.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"