{"id":175626,"date":"2021-12-24T15:07:17","date_gmt":"2021-12-24T18:07:17","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=175626"},"modified":"2021-12-24T15:07:17","modified_gmt":"2021-12-24T18:07:17","slug":"as-focas-maes-reconhecem-a-voz-do-filhote-aos-dois-dias-de-idade","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/redacao\/traducoes\/2021\/12\/24\/175626-as-focas-maes-reconhecem-a-voz-do-filhote-aos-dois-dias-de-idade.html","title":{"rendered":"As focas-m\u00e3es reconhecem a voz do filhote aos dois dias de idade"},"content":{"rendered":"\n
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Os pesquisadores marcaram m\u00e3es e filhotes para rastre\u00e1-los. Fonte: UC SANTA CRUZ.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“\u00c9 uma cacofonia em uma col\u00f4nia de focas”, explica a Dra. Caroline Casey, onde centenas de m\u00e3es e filhotes chamam ao mesmo tempo.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Agora, uma pesquisa liderada por cientistas da Calif\u00f3rnia revelou que a f\u00eamea de elefante-marinho pode ouvir a voz de seu pr\u00f3prio filhote apenas dois dias ap\u00f3s seu nascimento.<\/p>\n\n\n\n

Essa habilidade ajuda os filhotes – e as m\u00e3es – a sobreviverem durante um per\u00edodo prec\u00e1rio.<\/p>\n\n\n\n

Mas deixou os pesquisadores intrigados sobre por que as focas frequentemente alimentam os filhotes umas das outras.<\/p>\n\n\n\n

Os resultados foram publicados na revista Royal Society Biology Letters<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

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Distanciamento social: os pesquisadores usaram longos bast\u00f5es de lan\u00e7a para registrar os filhotes com o m\u00ednimo de perturba\u00e7\u00e3o poss\u00edvel. Fonte: UC SANTA CRUZ.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O estudo, liderado pela Dra. Juliette Linossier, exigiu que a equipe internacional de cientistas “infiltrasse” microfones na col\u00f4nia de focas para evitar perturbar m\u00e3es e filhotes.<\/p>\n\n\n\n

\u201cAs f\u00eameas jejuam durante todo o m\u00eas em que est\u00e3o amamentando\u201d, explica a Dra. Casey, que faz parte da equipe e trabalha na Universidade da Calif\u00f3rnia em Santa Cruz. \u201cPortanto, n\u00e3o faz nenhum sentido [evolucion\u00e1rio] para elas usarem seus recursos no filhote de outra m\u00e3e.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

“Mas neste local [a col\u00f4nia na Calif\u00f3rnia] que estudamos, houve muitas observa\u00e7\u00f5es de f\u00eameas alimentando filhotes n\u00e3o aparentados com elas.”<\/p>\n\n\n\n

Grava\u00e7\u00e3o de filhote<\/h4>\n\n\n\n

A Dra. Casey estudou a comunica\u00e7\u00e3o vocal em elefantes-marinhos por uma d\u00e9cada. Ent\u00e3o, ela e seus colegas criaram um experimento de \u00e1udio para descobrir se os animais eram capazes de reconhecer seus pr\u00f3prios beb\u00eas em meio ao barulho de uma col\u00f4nia de reprodu\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Com um microfone na ponta de uma longa vara, os cientistas gravaram chamadas de filhotes e tocaram as grava\u00e7\u00f5es para a m\u00e3e-foca, usando um pequeno alto-falante.<\/p>\n\n\n\n

Os pesquisadores ent\u00e3o monitoraram as respostas das m\u00e3es \u00e0s grava\u00e7\u00f5es de seus pr\u00f3prios filhotes, bem como a uma s\u00e9rie de chamadas de um filhote de mesma idade. As m\u00e3es estavam muito mais atentas – olhando e movendo-se em dire\u00e7\u00e3o ao pequeno alto-falante para investigar – se ele tocava o som de seus pr\u00f3prios filhotes.<\/p>\n\n\n\n

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Uma m\u00e3e elefante-marinho-do-norte se move em dire\u00e7\u00e3o a um alto-falante que reproduz o som do chamado de seu filhote. Fonte: UC SANTA CRUZ.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“Foi dram\u00e1tico – vemos o reconhecimento depois de apenas um ou dois dias”, disse a Dra. Casey.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Esse reconhecimento precoce faz sentido, dizem os pesquisadores, porque a rela\u00e7\u00e3o entre a m\u00e3e e o elefante-marinho rec\u00e9m-nascido \u00e9 extremamente dependente fisicamente.<\/p>\n\n\n\n

Quando os filhotes est\u00e3o amamentando, as m\u00e3es perdem cerca de metade da massa corporal, enquanto os filhotes aumentam sete vezes o peso corporal, devido ao “teor de gordura excepcional” do leite materno.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, a Dra. Casey sugere que os humanos podem ter desempenhado um papel inesperado no desejo dos elefantes-marinhos de alimentar outros filhotes de f\u00eameas aparentadas.<\/p>\n\n\n\n

No final dos anos 1800, a esp\u00e9cie foi ca\u00e7ada at\u00e9 quase a extin\u00e7\u00e3o. “Portanto, pensamos que todos os indiv\u00edduos vivos hoje – cerca de 300.000 animais – est\u00e3o relacionados a cerca de 20 animais que sobreviveram”, disse a Dra. Casey.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

“Portanto, a semelhan\u00e7a gen\u00e9tica entre todos os elefantes-marinhos \u00e9 muito alta.”<\/p>\n\n\n\n

Ent\u00e3o, eles t\u00eam maior probabilidade de alimentar os filhotes de irm\u00e3s ou primos? Esse comportamento poderia estar ligado a um gargalo populacional extremo causado por humanos?<\/p>\n\n\n\n

“Isso \u00e9 algo que gostar\u00edamos de investigar”, disse a Dra. Casey.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Fonte: BBC News\/ Victoria Gill
Tradu\u00e7\u00e3o: Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil \/ Maria Beatriz Ayello Leite
Para ler a reportagem original em ingl\u00eas acesse:<\/em>
https:\/\/www.bbc.com\/news\/science-environment-59744280<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"