{"id":175928,"date":"2022-01-12T19:54:19","date_gmt":"2022-01-12T22:54:19","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=175928"},"modified":"2022-01-12T19:54:21","modified_gmt":"2022-01-12T22:54:21","slug":"chuvas-fortes-que-atingiram-mg-podem-ocorrer-em-outros-estados-neste-verao","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/01\/12\/175928-chuvas-fortes-que-atingiram-mg-podem-ocorrer-em-outros-estados-neste-verao.html","title":{"rendered":"Chuvas fortes que atingiram MG podem ocorrer em outros Estados neste ver\u00e3o"},"content":{"rendered":"\n
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Corpo de Bombeiros realizam resgate de moradores em Nova Lima, cidade de Minas Gerais atingida pelas chuvas – DIVULGA\u00c7\u00c3O\/BOMBEIROS MG<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

As fortes chuvas que atingiram Minas Gerais nos \u00faltimos dias devem perder for\u00e7a at\u00e9 a quinta-feira (13\/1), segundo previs\u00e3o do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Entre segunda e esta ter\u00e7a-feira, pelo menos 10 pessoas morreram em cinco cidades do Estado, segundo a Defesa Civil.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Fen\u00f4menos como esse – muita chuva em curto per\u00edodo de tempo e concentrada em determinada regi\u00e3o – podem se repetir ao longo do ver\u00e3o deste ano por causa do fen\u00f4meno clim\u00e1tico chamado La Ni\u00f1a, de acordo com meteorologistas do \u00f3rg\u00e3o federal.<\/p>\n\n\n\n

No caso de Minas Gerais, a forte precipita\u00e7\u00e3o dos \u00faltimos dias, que causou uma s\u00e9rie de transtornos no Estado, \u00e9 influenciada pela chamada Zona de Converg\u00eancia do Atl\u00e2ntico Sul (ZCAS) – quando uma massa de umidade se concentra por alguns dias em uma regi\u00e3o, sem conseguir se dissipar.<\/p>\n\n\n\n

A ZCAS, que ocorre principalmente durante a primavera e o ver\u00e3o, atinge boa parte do pa\u00eds, passando pelas regi\u00f5es Norte, Centro-Oeste e Sudeste.<\/p>\n\n\n\n

“Dois fatores contribu\u00edram para as chuvas em Minas. Houve um bloqueio atmosf\u00e9rico que n\u00e3o deixou uma massa de umidade se dissipar da regi\u00e3o central do Estado, n\u00e3o deixando a precipita\u00e7\u00e3o se mover. E ocorreu uma baixa press\u00e3o atmosf\u00e9rica vinda do Sul, que tamb\u00e9m contribuiu para a concentra\u00e7\u00e3o das chuvas”, diz Anete Fernandes, meteorologista do Inmet.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o instituto, apenas em Belo Horizonte choveu 241,7 mm em 72 horas – entre os dias 8 e esta segunda-feira. A m\u00e9dia hist\u00f3rica para todo o m\u00eas de janeiro na capital mineira \u00e9 de 329 mm.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na cidade de Divin\u00f3polis, oeste de Minas, choveu 258,8 mm apenas durante o fim de semana – a m\u00e9dia hist\u00f3rica para janeiro \u00e9 de 300 mm no munic\u00edpio.<\/p>\n\n\n\n

As fortes precipita\u00e7\u00f5es causaram uma s\u00e9rie de inunda\u00e7\u00f5es em cidades mineiras no fim de semana. Segundo a Defesa Civil, as mortes desta segunda-feira ocorreram nas cidades de Erv\u00e1lia, S\u00e3o Gon\u00e7alo do Rio Abaixo, Dores de Guanh\u00e3es, Caratinga e Brumadinho – esta \u00faltima concentrou cinco das 10 v\u00edtimas.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com a Defesa Civil, 145 cidades de Minas Gerais est\u00e3o em situa\u00e7\u00e3o de emerg\u00eancia. Houve inunda\u00e7\u00f5es, deslizamentos e desabamentos.<\/p>\n\n\n\n

Em Raposos, na regi\u00e3o metropolitana de BH, o Rio das Velhas transbordou, alagando cerca de mil casas e deixando 9 mil desabrigados, segundo o portal G1.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 em Santa Luzia, tamb\u00e9m na Grande BH, 7 mil pessoas est\u00e3o desalojadas ou desabrigadas por causa de alagamentos, segundo o Corpo de Bombeiros.<\/p>\n\n\n\n

Na cidade de Par\u00e1 de Minas, a cerca de 80 km de BH, a prefeitura teme que uma barragem da empresa Santanense possa se romper em virtude das chuvas. Fam\u00edlias que vivem na regi\u00e3o foram retiradas de suas casas.<\/p>\n\n\n\n

Cidades como Congonhas, Nova Era, Nova Lima e Betim tamb\u00e9m enfrentam transtornos parecidos.<\/p>\n\n\n\n

No s\u00e1bado,\u00a0ao menos 10 pessoas morreram\u00a0depois que um grande peda\u00e7o de rocha se desprendeu de um c\u00e2nion na cidade Capit\u00f3lio, tamb\u00e9m em Minas. Especialistas acreditam que a forte chuva, aliada \u00e0 eros\u00e3o da rocha, pode ter causado o acidente.<\/p>\n\n\n\n

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Trecho de v\u00eddeo mostra momento exato do acidente – REPRODU\u00c7\u00c3O<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Pr\u00f3ximos dias<\/h2>\n\n\n\n

Segundo Anete Fernandes, do Inmet, as precipita\u00e7\u00f5es devem perder intensidade nos pr\u00f3ximos dias em Minas Gerais por causa da “desconfigura\u00e7\u00e3o da ZCAS”. Mas at\u00e9 pelo menos quinta-feira pancadas de chuva podem ocorrer na regi\u00e3o, embora em menor volume, diz.<\/p>\n\n\n\n

Nos pr\u00f3ximos meses, no entanto, fen\u00f4menos como esse – e como as tempestades que atingiram a Bahia h\u00e1 poucos dias – podem voltar a ocorrer em outros estados do pa\u00eds, principalmente nas regi\u00f5es Sudeste, Centro-Oeste e Sul, aponta a meteorologista.<\/p>\n\n\n\n

“O que aconteceu na Bahia e em Minas s\u00e3o fen\u00f4menos parecidos, com a mesma origem. Esse sistema depende do fluxo de umidade entre Centro-Oeste, Sudeste e parte do Nordeste, mas tamb\u00e9m pode se posicionar um pouco ao sul. N\u00e3o tem posi\u00e7\u00e3o fixa, mas pode voltar a ocorrer: estamos vivendo um ano de La Ni\u00f1a”, explica.<\/p>\n\n\n\n

O fen\u00f4meno clim\u00e1tico La Ni\u00f1a, que se desenvolve quando ventos que sopram sobre o Pac\u00edfico empurram as \u00e1guas quentes da superf\u00edcie para o oeste, em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 Indon\u00e9sia.<\/p>\n\n\n\n

Em seu lugar, as \u00e1guas mais frias do oceano profundo sobem \u00e0 superf\u00edcie. Isso causa grandes mudan\u00e7as clim\u00e1ticas em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil, como fortes chuvas.<\/p>\n\n\n\n

Segundo relat\u00f3rio de outubro de 2021 produzido pela Administra\u00e7\u00e3o Nacional Oce\u00e2nica e Atmosf\u00e9rica dos Estados Unidos (NOAA), \u00f3rg\u00e3o do governo americano, o fen\u00f4meno clim\u00e1tico respons\u00e1vel por invernos rigorosos e grandes secas em todo o mundo chegou novamente e ser\u00e1 sentido por v\u00e1rios meses.<\/p>\n\n\n\n

“As condi\u00e7\u00f5es do La Ni\u00f1a se desenvolveram e devem continuar com 87% de probabilidade entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022”, informou a ag\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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