{"id":176047,"date":"2022-01-19T16:40:21","date_gmt":"2022-01-19T19:40:21","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=176047"},"modified":"2022-01-19T16:40:27","modified_gmt":"2022-01-19T19:40:27","slug":"a-aguia-perdida-que-desviou-8-mil-km-da-rota-e-foi-parar-nos-eua","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/01\/19\/176047-a-aguia-perdida-que-desviou-8-mil-km-da-rota-e-foi-parar-nos-eua.html","title":{"rendered":"A \u00e1guia perdida que desviou 8 mil km da rota e foi parar nos EUA"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-full\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/especie_asiatica_de_aguia.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"450\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/especie_asiatica_de_aguia.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-176048\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/especie_asiatica_de_aguia.jpg 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/especie_asiatica_de_aguia-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/especie_asiatica_de_aguia-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/especie_asiatica_de_aguia-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><\/a><figcaption>Esp\u00e9cie \u00e9 nativa do norte da \u00c1sia, mas uma delas foi parar do outro lado do planeta &#8211; e acabou virando celebridade local &#8211; GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p><strong>A \u00e1guia-marinha-de-steller (<\/strong><em><strong>Haliaeetus pelagicus<\/strong><\/em><strong>) \u00e9 um p\u00e1ssaro enorme: a envergadura pode passar de dois metros, e o peso, dos 9 kg.<\/strong><\/p>\n\n\n\n<p>\u00c9 uma ave rara, vulner\u00e1vel &#8211; com popula\u00e7\u00e3o estimada pela International Union for Conservation of Nature em 4 mil indiv\u00edduos -, que vive no norte da \u00c1sia, na regi\u00e3o entre a Sib\u00e9ria, na R\u00fassia, o Jap\u00e3o e a China.<\/p>\n\n\n\n<p>Uma delas, contudo, est\u00e1 h\u00e1 um ano e meio longe de casa. Bem longe, a cerca de 8 mil quil\u00f4metros de dist\u00e2ncia.<\/p>\n\n\n\n<p>Avistada pela primeira vez em agosto de 2020 no Estado americano do Alasca, a \u00e1guia j\u00e1 foi vista no Texas, no sul do pa\u00eds, depois em Nova Scotia, no Canad\u00e1 e, mais recentemente, em Massachusetts e no Maine, no nordeste dos EUA. Com uma mancha branca na asa esquerda que a torna f\u00e1cil de reconhecer, virou uma esp\u00e9cie de celebridade local.<\/p>\n\n\n\n<p>Desde o fim de dezembro, quando passou a aparecer com mais frequ\u00eancia, pesquisadores e observadores de p\u00e1ssaros t\u00eam pegado estrada e dirigido horas a fio na esperan\u00e7a de v\u00ea-la por suas lunetas e bin\u00f3culos.<\/p>\n\n\n\n<p>Grupos na internet, alguns com mais de mil participantes, enviam alertas di\u00e1rios sobre o paradeiro da \u00e1guia. A essa altura, ela j\u00e1 virou personagem de quadrinho e estampa de camiseta.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-embed is-type-rich is-provider-twitter wp-block-embed-twitter\"><div class=\"wp-block-embed__wrapper\">\n<blockquote class=\"twitter-tweet\" data-width=\"500\" data-dnt=\"true\"><p lang=\"en\" dir=\"ltr\">New comic \ud83e\udd85<a href=\"https:\/\/t.co\/LbfSGli7vP\">https:\/\/t.co\/LbfSGli7vP<\/a> <a href=\"https:\/\/t.co\/Os7UBZuaFk\">pic.twitter.com\/Os7UBZuaFk<\/a><\/p>&mdash; Rosemary Mosco (Bird And Moon Comics) (@RosemaryMosco) <a href=\"https:\/\/twitter.com\/RosemaryMosco\/status\/1480950687550820352?ref_src=twsrc%5Etfw\">January 11, 2022<\/a><\/blockquote><script async src=\"https:\/\/platform.twitter.com\/widgets.js\" charset=\"utf-8\"><\/script>\n<\/div><\/figure>\n\n\n\n<p>&#8220;Ningu\u00e9m achava que ia ver um p\u00e1ssaro desses nos EUA. Tem gente dirigindo noite adentro pra vir at\u00e9 aqui. Esse \u00e9 provavelmente o evento da d\u00e9cada no mundo da observa\u00e7\u00e3o de aves&#8221;, diz Nicholas Lund, que trabalha na organiza\u00e7\u00e3o conservacionista Maine Audubon e \u00e9, ele tamb\u00e9m, um \u00e1vido observador de p\u00e1ssaros, com mais de 1,5 mil esp\u00e9cies diferentes no &#8220;curr\u00edculo&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<p>No \u00faltimo dia 20 de dezembro, ele estava com outros colegas em meio a uma &#8220;contagem natalina de p\u00e1ssaros&#8221; (uma esp\u00e9cie de censo realizado por volunt\u00e1rios) quando soube que a \u00e1guia-marinha-de-steller estava no Estado vizinho, em Massachusetts, a duas horas de onde estavam.<\/p>\n\n\n\n<p>H\u00e1 mais de um ano Lund acompanhava fascinado a saga da \u00e1guia, que de tempos em tempos desaparecia e reaparecia em algum ponto do mapa da Am\u00e9rica do Norte. N\u00e3o fossem as restri\u00e7\u00f5es da pandemia, meses atr\u00e1s ele j\u00e1 teria ido bater no Canad\u00e1, quando a ave fora avistada em New Brunswick e em Nova Scotia. Ao saber que ela tinha finalmente cruzado a fronteira, ele e os amigos n\u00e3o tiveram d\u00favida:<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;A gente largou o que estava fazendo e pegou a estrada.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>Horas depois, na regi\u00e3o do parque estadual de Dighton Rock, eles se viram em meio a uma multid\u00e3o de cerca de 200 pessoas.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Aquela regi\u00e3o de Massachusetts [e arredores] \u00e9 bastante povoada, ent\u00e3o observadores de p\u00e1ssaros vindos de toda a regi\u00e3o de New England [\u00e1rea compreende 6 Estados no nordeste dos EUA], de Nova York, de Boston\u2026todo esse pessoal convergiu para esse parque. Parecia um festival de m\u00fasica. N\u00e3o tinha lugar pra estacionar, as pessoas dan\u00e7avam, estavam animadas, foi um evento mesmo.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>Desde ent\u00e3o, Lund acredita que milhares de pessoas j\u00e1 tenham conseguido avistar a \u00e1guia-marinha-de-steller &#8220;perdida&#8221; na Am\u00e9rica do Norte.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-full\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/aguia_perdida_vira_estampa_de_camiseta.webp\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"374\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/aguia_perdida_vira_estampa_de_camiseta.webp\" alt=\"\" class=\"wp-image-176049\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/aguia_perdida_vira_estampa_de_camiseta.webp 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/aguia_perdida_vira_estampa_de_camiseta-300x140.webp 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/aguia_perdida_vira_estampa_de_camiseta-768x359.webp 768w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><\/a><figcaption>\u00c1guia &#8216;perdida&#8217; j\u00e1 virou estampa de camiseta &#8211; REPRODU\u00c7\u00c3O\/COYOTE GRAPHICS<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Uma delas foi Gregory LeClair, estudante de ecologia na Universidade do Maine, que depois de duas tentativas frustradas finalmente conseguiu ver o animal no \u00faltimo dia 12 de janeiro. \u00c0quela altura, a ave j\u00e1 tinha &#8220;subido&#8221; para o Estado do Maine, para a regi\u00e3o de Boothbay Harbor &#8211; onde vem sendo vista, ali\u00e1s, at\u00e9 os \u00faltimos dias.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Quando a gente estava estacionando j\u00e1 consegui ver as pessoas com os telesc\u00f3pios. Me aproximei, perguntei o que eles estavam vendo e me apontaram: &#8216;A \u00e1guia est\u00e1 bem ali, do outro lado do porto, atr\u00e1s daquelas \u00e1rvores&#8217;. Dessa vez foi t\u00e3o f\u00e1cil, chegamos e ela estava l\u00e1, dando um show pra todo mundo.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>Ele dirigiu cerca de uma hora e meia levando a filha, que tem dois anos e, apesar da pouca idade, j\u00e1 acompanhou os pais em diversas viagens para explorar a natureza, de passeios de caiaque a excurs\u00f5es para observa\u00e7\u00e3o de p\u00e1ssaros.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Sendo bi\u00f3logo, algu\u00e9m que valoriza a natureza\u2026 eu gosto de compartilhar isso com minha filha&#8221;, diz LeClair, que pesquisa r\u00e9pteis e anf\u00edbios e trabalha com tartarugas amea\u00e7adas.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;A gente foi tentando deixar nossa filha empolgada no caminho, fic\u00e1vamos repetindo: &#8216;Estamos indo ver a \u00e1guia!&#8217;. E ela repetia: &#8216;\u00c1guia! \u00c1guia!&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>Uma semana depois, a pequena ainda reconhece a imagem da ave quando ela aparece na tela do computador e do celular. &#8220;Agora ela aprendeu a falar o nome inteiro &#8211; \u00e1guia-marinha-de-steller (<em>steller&#8217;s sea eagle<\/em>\u00a0em ingl\u00eas)&#8221;, completa.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-embed is-type-rich is-provider-twitter wp-block-embed-twitter\"><div class=\"wp-block-embed__wrapper\">\nhttps:\/\/twitter.com\/ConBioGreg\/status\/1481357727419011073?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1481357727419011073%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&#038;ref_url=https%3A%2F%2Fwww.bbc.com%2Fportuguese%2Fgeral-60047560\n<\/div><\/figure>\n\n\n\n<h2 class=\"wp-block-heading\" id=\"Por-que-ela-voou-pra-t\u00e3o-longe\">Por que ela voou pra t\u00e3o longe?<\/h2>\n\n\n\n<p>N\u00e3o \u00e9 incomum que p\u00e1ssaros &#8220;se percam&#8221; e saiam das rotas de voo habitual, como explica Brian Olsen, professor de ornitologia da Escola de Biologia e Ecologia da Universidade do Maine.<\/p>\n\n\n\n<p>O fen\u00f4meno tem nome t\u00e9cnico, inclusive &#8211; s\u00e3o as aves &#8220;vagantes&#8221;. E pode acontecer por diferentes raz\u00f5es: desde eventos clim\u00e1ticos extremos, como furac\u00f5es ou ventos fortes, que &#8220;jogam&#8221; as aves em outras rotas e as desorientam, at\u00e9 disfun\u00e7\u00f5es no sistema de navega\u00e7\u00e3o dos p\u00e1ssaros &#8211; em outras palavras, \u00e9 como se alguns nascessem com a b\u00fassola interna avariada e, em vez de voar para as regi\u00f5es para as quais sua esp\u00e9cie costuma migrar, v\u00e3o na dire\u00e7\u00e3o oposta.<\/p>\n\n\n\n<p>Algumas aves, especialmente as mais jovens, tamb\u00e9m podem se distanciar acidentalmente do bando e ir parar em um lugar distante. E j\u00e1 aconteceu de, nesses erros de c\u00e1lculo, elas descobrirem novas possibilidades de habitat para suas respectivas esp\u00e9cies e darem in\u00edcio a um processo de coloniza\u00e7\u00e3o de uma \u00e1rea nova.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Tornar-se vagante \u00e9 em geral uma combina\u00e7\u00e3o entre o comportamento do pr\u00f3prio animal e fatores externos aleat\u00f3rios. Ent\u00e3o provavelmente nunca saberemos exatamente que combina\u00e7\u00e3o foi essa que trouxe a \u00e1guia at\u00e9 aqui&#8221;, ressalta Olsen.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Mas uma vez fora da sua \u00e1rea de costume, a ave percebe. Os p\u00e1ssaros vagantes costumam se deslocar mais porque sabem que n\u00e3o se encontram exatamente onde estavam tentando chegar.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-full\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/paradeiro_da_ave_perdida.webp\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"407\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/paradeiro_da_ave_perdida.webp\" alt=\"\" class=\"wp-image-176050\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/paradeiro_da_ave_perdida.webp 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/paradeiro_da_ave_perdida-300x153.webp 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/paradeiro_da_ave_perdida-768x391.webp 768w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><\/a><figcaption>Grupos na internet compartilham informa\u00e7\u00f5es sobre o paradeiro da ave &#8211; REPRODU\u00c7\u00c3O\/MAINE AUDUBON<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Ainda que a ocorr\u00eancia de p\u00e1ssaros raros na regi\u00e3o seja algo que aconte\u00e7a provavelmente a cada tr\u00eas ou cinco anos, prossegue o bi\u00f3logo, o caso da \u00e1guia-marinha-de-steller \u00e9 especial.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Esse caso \u00e9 particularmente raro porque n\u00e3o \u00e9 um p\u00e1ssaro com uma longa rota de migra\u00e7\u00e3o &#8211; quanto mais as aves se movimentam, maior a probabilidade de elas irem parar em outro lugar. Tamb\u00e9m \u00e9 grande, \u00e9 um p\u00e1ssaro que impressiona pelo tamanho.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>Olsen lembra que, alguns anos atr\u00e1s, em 2018, uma outra ave tamb\u00e9m mobilizou a comunidade de observadores de p\u00e1ssaros no Maine.<\/p>\n\n\n\n<p>Um gavi\u00e3o-preto, end\u00eamico da Am\u00e9rica Central e do Sul, foi parar ali e, depois de meses vivendo no Estado, foi resgatado ap\u00f3s se machucar em uma tempestade de neve &#8211; uma ave tropical que se viu no meio do inverno do hemisf\u00e9rio norte.<\/p>\n\n\n\n<p>Muitas aves vagantes, ali\u00e1s, acabam morrendo prematuramente porque est\u00e3o sujeitas a uma s\u00e9rie de amea\u00e7as &#8211; o clima da regi\u00e3o em que se estabeleceram pode ser muito diferente daquele ao qual est\u00e3o habituadas, por exemplo, ou elas podem ter dificuldade para encontrar alimento.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-full\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/especie_endemica_do_nordeste_da_Asia.webp\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"450\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/especie_endemica_do_nordeste_da_Asia.webp\" alt=\"\" class=\"wp-image-176051\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/especie_endemica_do_nordeste_da_Asia.webp 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/especie_endemica_do_nordeste_da_Asia-300x169.webp 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/especie_endemica_do_nordeste_da_Asia-768x432.webp 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/01\/especie_endemica_do_nordeste_da_Asia-678x381.webp 678w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><\/a><figcaption>Esp\u00e9cie \u00e9 end\u00eamica de \u00e1reas frias no nordeste da \u00c1sia, como a Sib\u00e9ria &#8211; GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>No caso da \u00e1guia-marinha-de-steller, contudo, as chances t\u00eam jogado a favor. O clima da regi\u00e3o em que est\u00e1 agora \u00e9 relativamente semelhante ao de seu habitat natural. Ela j\u00e1 foi vista se alimentando de peixe diversas vezes, o que indica que est\u00e1 conseguindo encontrar alimento, e tem sido observada na companhia de \u00e1guias-de-cabe\u00e7a-branca, a esp\u00e9cie de \u00e1guia mais recorrente na regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;N\u00f3s sabemos que ela est\u00e1 comendo, sobreviveu esse tempo todo, quase um ano e meio, parece saud\u00e1vel\u2026 Ningu\u00e9m sabe do futuro, mas ela pode ficar por aqui &#8211; n\u00f3s estamos todos secretamente torcendo pra isso&#8221;, diz Nicholas Lund, que tamb\u00e9m \u00e9 dono do perfil\u00a0TheBirdist\u00a0no Twitter.<\/p>\n\n\n\n<p>Ele lembra que h\u00e1 registro de acasalamento entre \u00e1guias-marinhas-de-steller e \u00e1guias-de-cabe\u00e7a-branca no Alasca, do outro lado do pa\u00eds, onde a ave de rapina asi\u00e1tica j\u00e1 foi encontrada quase duas d\u00e9cadas atr\u00e1s. &#8220;Ela poderia encontrar um parceiro e ficar por aqui, estamos todos torcendo por isso &#8211; seria maluco.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>Lund criou um\u00a0mapa interativo\u00a0com todas as apari\u00e7\u00f5es da \u00e1guia &#8220;perdida&#8221;. Para quem est\u00e1 considerando pegar estrada (ou avi\u00e3o) para tentar v\u00ea-la, ele recomenda o site da\u00a0Maine Audubon, a organiza\u00e7\u00e3o conservacionista em que atua, que tem divulgado relat\u00f3rios di\u00e1rios e alertas sobre o paradeiro do p\u00e1ssaro.<\/p>\n\n\n\n<p>Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>A \u00e1guia-marinha-de-steller (Haliaeetus pelagicus) \u00e9 um p\u00e1ssaro enorme: a envergadura pode passar de dois metros, e o peso, dos 9 kg. <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/01\/19\/176047-a-aguia-perdida-que-desviou-8-mil-km-da-rota-e-foi-parar-nos-eua.html\" title=\"A \u00e1guia perdida que desviou 8 mil km da rota e foi parar nos EUA\"><\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":176048,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[3468,523,1063],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/176047"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=176047"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/176047\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":176052,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/176047\/revisions\/176052"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/176048"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=176047"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=176047"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=176047"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}