{"id":176089,"date":"2022-01-21T09:23:26","date_gmt":"2022-01-21T12:23:26","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=176089"},"modified":"2022-01-21T09:23:28","modified_gmt":"2022-01-21T12:23:28","slug":"e-verao-na-antartida-saiba-como-explorar-com-responsabilidade","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/01\/21\/176089-e-verao-na-antartida-saiba-como-explorar-com-responsabilidade.html","title":{"rendered":"\u00c9 ver\u00e3o na Ant\u00e1rtida. Saiba como explorar com responsabilidade"},"content":{"rendered":"\n
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Um barco infl\u00e1vel transporta ecoturistas pela ba\u00eda de Andvord, na Ant\u00e1rtida, onde podem ter uma ideia de como \u00e9 ser um cientista estudando essa regi\u00e3o fr\u00e1gil.
FOTO DE\u00a0ROBERT HARDING PICTURE LIBRARY, NAT GEO IMAGE COLLECTION<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

\u00c9 extremamente raro, como turista, ter acesso a uma regi\u00e3o intocada que foi reservada especialmente para a ci\u00eancia e a conserva\u00e7\u00e3o. \u00c9 igualmente raro estar em um lugar onde aves e animais selvagens cercam as pessoas, em vez de fugirem. As ilhas e costas do\u00a0Oceano Ant\u00e1rtico, na\u00a0Ant\u00e1rtida, representam um desses locais, sendo as\u00a0Ilhas Gal\u00e1pagos\u00a0suas \u00fanicas rivais quando o assunto envolve paisagens naturais paradis\u00edacas.<\/p>\n\n\n\n

Embora a maioria das cerca de 10 mil pessoas que residem na Ant\u00e1rtida durante o ver\u00e3o austral sejam climatologistas, glaciologistas, ornit\u00f3logos e ecologistas, um fluxo constante de ecoturistas tem visitado o continente, enfrentando voos longos e mares tempestuosos. Entre novembro e mar\u00e7o, em um ano normal, cerca de 40 mil turistas percorrem essa not\u00e1vel regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Embora possa parecer muita gente para um destino ecologicamente delicado, a\u00a0Associa\u00e7\u00e3o Internacional de Operadores de Turismo da Ant\u00e1rtida (Iaato)\u00a0possui protocolos de conserva\u00e7\u00e3o rigorosos para minimizar os danos. Navios de expedi\u00e7\u00e3o modestos, por\u00e9m confort\u00e1veis, como o que eu peguei, que transportam no m\u00e1ximo 200 passageiros, s\u00e3o uma forma de os amantes da natureza tornarem sua visita a mais ecol\u00f3gica poss\u00edvel.<\/p>\n\n\n\n

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Uma curiosa baleia-minke-ant\u00e1rtica se aproxima de caiaques em Neko Harbour, na Ant\u00e1rtida.
FOTO DE\u00a0ROBERT HARDING PICTURE LIBRARY, NAT GEO IMAGE COLLECTION<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Esses navios s\u00e3o quebra-gelos de pequeno porte, por\u00e9m robustos, e possuem uma pegada de carbono abaixo da m\u00e9dia. Alguns t\u00eam cascos aerodin\u00e2micos e motores h\u00edbridos; outros eliminaram as instala\u00e7\u00f5es de luxo encontradas nos navios de cruzeiro, consumindo, assim, menos combust\u00edvel.<\/p>\n\n\n\n

Mas o que realmente diferencia esses navios de expedi\u00e7\u00e3o s\u00e3o seus guias experientes, que oferecem aulas e excurs\u00f5es nas quais ensinam tudo aos visitantes, desde a biologia das focas at\u00e9 habilidades de sobreviv\u00eancia. A bordo de um desses navios, podemos ter uma ideia de como \u00e9 ser um cientista polar, um naturalista ou um explorador.<\/p>\n\n\n\n

O navio que escolhi \u00e9 classificado como \u201cpequeno\u201d, o que significa que podemos navegar em enseadas estreitas e desembarcar em terra firme. Em prepara\u00e7\u00e3o, inspecionamos meticulosamente os equipamentos que utilizaremos enquanto estivermos ao ar livre.<\/p>\n\n\n\n

\u201cVamos l\u00e1, mostrem-nos o Velcro das roupas\u201d, dizem os guias da expedi\u00e7\u00e3o, verificando nossos fechos e costuras em busca de sementes, insetos, lama ou areia, e vasculhando cada cent\u00edmetro com um aspirador de p\u00f3.<\/p>\n\n\n\n

Eles nos ensinam a respeitar o meio ambiente, o que inclui manter dist\u00e2ncia da vida selvagem e n\u00e3o deixar rastros. \u201cNada de len\u00e7os, migalhas ou mensagens na neve!\u201d Pouco tempo depois, eles est\u00e3o descarregando os Zodiacs (barcos infl\u00e1veis r\u00edgidos), prontos para nos levar pelo mar coberto de gelo at\u00e9 os pontos mais interessantes.<\/p>\n\n\n\n

Sessenta e cinco graus ao sul<\/h3>\n\n\n\n

Neko Harbour fica na ba\u00eda de Andvord, um fiorde ant\u00e1rtico intocado de formato long\u00ednquo e elegante, bem parecido com o contorno da\u00a0It\u00e1lia. Aqui, no in\u00edcio do cruel per\u00edodo de ca\u00e7a \u00e0s baleias na Ant\u00e1rtida, h\u00e1 pouco mais de um s\u00e9culo, os navios de carga eram usados como f\u00e1bricas flutuantes. Hoje, depois de muito esfor\u00e7o, as \u00e1guas calmas e repletas de icebergs da ba\u00eda de Andvord refletem paz.<\/p>\n\n\n\n

Enquanto observo da praia, uma\u00a0baleia-jubarte\u00a0e seu filhote fazem uma apari\u00e7\u00e3o vagarosa, borrando a imagem espelhada das montanhas distantes e provocando uma enxurrada de fotografias tiradas pelos passageiros do barco que est\u00e3o mais pr\u00f3ximos. Depois que a \u00e1gua volta a se acalmar, um pequeno bando de aves\u00a0alma-de-mestre\u00a0dan\u00e7a levemente na superf\u00edcie, capturando\u00a0krill\u00a0da \u00e1gua.<\/p>\n\n\n\n

As encostas cobertas de neve que se erguem atr\u00e1s da praia s\u00e3o marcadas por trilhas deixadas pelos pinguins, que sobem para acessar os locais de nidifica\u00e7\u00e3o no topo. Filas constantes de\u00a0pinguins-gentoo, como se fossem turistas saindo para fazer trilha em um movimentado\u00a0resort<\/em>\u00a0nos Alpes, sobem e descem obstinadamente. Abro caminho \u00e0 beira-mar at\u00e9 uma encosta com vista para uma imensa geleira. Enquanto fa\u00e7o uma pausa para admirar os penhascos de gelo, uma parte desmorona, fazendo uma barulho estrondoso e causando um mini tsunami que irradia ondas pela ba\u00eda.<\/p>\n\n\n\n

A explora\u00e7\u00e3o deliberada da vida selvagem pode ter acabado, mas a Ant\u00e1rtida agora enfrenta uma amea\u00e7a diferente. De acordo com cientistas do clima, o deslocamento de geleiras est\u00e1 se tornando mais comum. Esses eventos s\u00e3o considerados os principais fen\u00f4menos impulsionados pelas\u00a0mudan\u00e7as clim\u00e1ticas\u00a0nas regi\u00f5es polares.<\/p>\n\n\n\n

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Uma cruz marca o Monumento Ant\u00e1rtico Brit\u00e2nico na Ilha Petermann. Ele homenageia os cientistas que morreram enquanto estudavam a regi\u00e3o extrema, desde que o governo brit\u00e2nico estabeleceu seu primeiro posto avan\u00e7ado de pesquisa em Port Lockroy, em 1944.
FOTO DE\u00a0MIKE THEISS, NAT GEO IMAGE COLLECTION<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A\u00a0Pen\u00ednsula Ant\u00e1rtica\u00a0est\u00e1 aquecendo aproximadamente seis vezes mais r\u00e1pido que a m\u00e9dia global, e as plataformas de gelo ao seu redor est\u00e3o encolhendo. Embora a regi\u00e3o pare\u00e7a intocada por m\u00e3os humanas, os efeitos clim\u00e1ticos s\u00e3o de grande alcance e a Ant\u00e1rtida \u00e9 muito fr\u00e1gil.<\/p>\n\n\n\n

Por mares turbulentos<\/h3>\n\n\n\n

Minha viagem come\u00e7ou no porto tur\u00edstico de Ushuaia, no sul da Patag\u00f4nia, perto do fim da\u00a0Am\u00e9rica do Sul. Em um cruzeiro de fim de tarde pelo Canal de Beagle, come\u00e7a um rito de passagem.<\/p>\n\n\n\n

Por dois dias, nosso navio balan\u00e7a e se agita na infame\u00a0passagem de Drake, uma travessia oce\u00e2nica t\u00e3o tempestuosa que todo objeto deixado solto ganha vida pr\u00f3pria. Minha cabine, que incongruentemente possui prateleiras abertas, acaba ficando intransit\u00e1vel devido \u00e0 bagun\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

As condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas s\u00e3o uma preocupa\u00e7\u00e3o compreens\u00edvel para os turistas ant\u00e1rticos. Todos n\u00f3s j\u00e1 vimos fotos de aventureiros polares retorcidos com c\u00edlios cobertos de neve, narizes gelados e extremidades congeladas. Em 2020, no entanto, a regi\u00e3o experimentou as temperaturas mais altas j\u00e1 registradas \u2014\u00a0acima de 17,7\u00b0C\u00a0no extremo norte da pen\u00ednsula \u2014 pelo segundo ano desde 2015.<\/p>\n\n\n\n

Na verdade, acho f\u00e1cil ficar confort\u00e1vel, me vestindo da cabe\u00e7a aos p\u00e9s com camadas respir\u00e1veis e me protegendo do sol, do vento e do mar. Rapidamente nos acostumamos com a rotina de descer at\u00e9 a parte inferior do navio para nos equiparmos com imperme\u00e1veis, botas de borracha de sola grossa e coletes salva-vidas para a pr\u00f3xima aventura.<\/p>\n\n\n\n

Em nossas primeiras incurs\u00f5es, observamos o nascer do sol dourar as geleiras que margeiam os canais Neumayer e Lemaire, deslizamos pelas \u00e1guas calmas at\u00e9 as primeiras col\u00f4nias de pinguins em Damoy Point e vimos\u00a0focas-leopardos\u00a0descansando em blocos de gelo, seus rostos fixos exibindo sorrisos sinistros e predat\u00f3rios.<\/p>\n\n\n\n

No fim do ver\u00e3o, as focas-leopardos est\u00e3o bem alimentadas: muitos\u00a0pinguins-de-ad\u00e9lia\u00a0e\u00a0pinguins-de-barbicha\u00a0inexperientes j\u00e1 ca\u00edram na \u00e1gua, desconhecendo o risco representado pelas mand\u00edbulas mortais das focas. Os pinguins-gentoos, que se reproduzem mais tarde, ser\u00e3o os pr\u00f3ximos. Por enquanto, os filhotes felpudos permanecem em terra, importunando seus pais por comida assim que acabam de chegar da \u00faltima busca por alimentos.<\/p>\n\n\n\n

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Um pinguim-gentoo observa da rocha um navio de expedi\u00e7\u00e3o se aproximar.
FOTO DE\u00a0DESIGN PIC INC, NAT GEO IMAGE COLLECTION<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Jovens pinguins-gentoo famintos correm pelas cabanas hist\u00f3ricas de Port Lockroy e pelo correio do Royal Mail, enquanto os mais velhos inspecionam nossas bolsas secas e se defendem contra\u00a0outras aves\u00a0oportunistas.<\/p>\n\n\n\n

Continuamos para a ba\u00eda de Pl\u00e9neau, onde avistamos icebergs que parecem brilhar por dentro, e para a Ilha Trinity, onde caminhamos na ponta dos p\u00e9s por um parque de esculturas de gelo curvil\u00edneo e focas aveludadas. Mais tarde, na Ilha Petermann, descobrimos que a neve da Ant\u00e1rtida nem sempre \u00e9 branca; \u00e0 medida que o clima esquenta, as algas fertilizadas pelo guano dos pinguins podem tingi-la de verde-oliva ou rosa-choque.<\/p>\n\n\n\n

Neko Harbour e sua vizinha mais pr\u00f3xima, apropriadamente batizada de ba\u00eda Para\u00edso, nos oferecem outra novidade emocionante: a chance de pisar no continente ant\u00e1rtico, imaginando que, se continuarmos mais 25 graus ao sul, subindo cerca de 2,7 mil metros, chegar\u00edamos ao\u00a0Polo Sul.<\/p>\n\n\n\n

Seguindo os passos de um grande explorador<\/h3>\n\n\n\n

Como o clima e as condi\u00e7\u00f5es do mar da Ant\u00e1rtida podem ser desafiadores, n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel garantir o desembarque \u2014 seja nas ilhas ou no continente. Al\u00e9m disso, de acordo com as regras da Iaato, apenas um navio pode visitar cada local de desembarque por vez, com at\u00e9 100 pessoas permitidas em terra a qualquer momento. Al\u00e9m de minimizar a perturba\u00e7\u00e3o, isso intensifica a aventura. Cada vez que pousamos, \u00e9 quase como se o nosso fosse o primeiro grupo a chegar.<\/p>\n\n\n\n

Pessoas desembarcam nas costas do Oceano Ant\u00e1rtico desde que\u00a0James Cook\u00a0atravessou o\u00a0C\u00edrculo Ant\u00e1rtico\u00a0em 1773. Por v\u00e1rias d\u00e9cadas, no entanto, ningu\u00e9m foi al\u00e9m das ilhas,\u00a0aventureiros pisaram no continente pela primeira vez\u00a0apenas no in\u00edcio de 1821.<\/p>\n\n\n\n

Esses pioneiros, interessados em ca\u00e7ar focas para comercializa\u00e7\u00e3o, em vez de fazer hist\u00f3ria, mantiveram sil\u00eancio sobre seus movimentos e a localiza\u00e7\u00e3o dos melhores pontos de pouso era mantida em segredo. Mas a curiosidade foi crescendo e, em 100 anos, alguns dos exploradores mais famosos do mundo deixaram sua marca no continente. No fim do s\u00e9culo 20, a mudan\u00e7a que afastou a Ant\u00e1rtida da explora\u00e7\u00e3o implac\u00e1vel dos recursos naturais e a aproximou da ci\u00eancia, conserva\u00e7\u00e3o e ecoturismo estava quase completa.<\/p>\n\n\n\n

\u00c0 medida que contornamos a ponta da pen\u00ednsula, o tempo piora, for\u00e7ando o capit\u00e3o a mudar de rumo. \u201c\u00c9 aqui que as coisas ficam realmente interessantes\u201d, diz o assistente do l\u00edder da expedi\u00e7\u00e3o, Christophe Gouraud. N\u00f3s nos revezamos para ocupar a ponte, observando silenciosamente enquanto os oficiais navegam por uma rota complicada passando por icebergs monumentais, seus penhascos repletos de rachaduras.<\/p>\n\n\n\n

Aventurando-nos em locais que os navios de expedi\u00e7\u00e3o raramente visitam, exploramos a Enseada Ant\u00e1rtica e mergulhamos os p\u00e9s do navio no mar de Weddell. Passamos duas horas cruzando o imenso A-68A, o iceberg que se parece uma plan\u00edcie de gelo e que, at\u00e9 recentemente, parecia estar se deslocando para a Ge\u00f3rgia do Sul, representando uma s\u00e9ria amea\u00e7a aos seus delicados ecossistemas.<\/p>\n\n\n\n

Na Ilha Elefante (batizada em homenagem \u00e0s\u00a0focas\u00a0imponentes que j\u00e1 ocuparam sua costa rochosa), os pinguins-de-barbicha evitam a perturba\u00e7\u00e3o causada pela embarca\u00e7\u00e3o. Foi neste peda\u00e7o de praia que a tripula\u00e7\u00e3o da expedi\u00e7\u00e3o Endurance de\u00a0Ernest Shackleton\u00a0ficou\u00a0presa por 105 dias em 1916. O explorador levou mais 16 longos dias para navegar daqui at\u00e9 a Ge\u00f3rgia do Sul em busca de ajuda, uma travessia que conclu\u00edmos em pouco mais de 48 horas.<\/p>\n\n\n\n

\u201cTodos est\u00e3o ansiosos para chegar na Ge\u00f3rgia do Sul \u2014 at\u00e9 mesmo o pessoal da sala de m\u00e1quinas que voc\u00ea normalmente nunca v\u00ea\u201d, diz o ornit\u00f3logo da expedi\u00e7\u00e3o Ab Steenvoorden, que vasculha os c\u00e9us em busca de albatrozes conforme nos aproximamos. \u201cEles aproveitam o tempo que t\u00eam de folga e fazem suas pr\u00f3prias viagens em barcos Zodiac. \u00c9 uma ilha incr\u00edvel e a \u00fanica maneira de chegar aqui \u00e9 pelo mar.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Desembarcando em Peggotty Bluff, onde Shackleton, j\u00e1 exausto, come\u00e7ou sua \u00e9pica travessia pela ilha, fa\u00e7o uma descoberta interessante: os animais selvagens da Ge\u00f3rgia do Sul s\u00e3o ainda mais destemidos que os da Ant\u00e1rtida. Lobos-marinhos jovens, super curiosos e que gostam de morder, se apressam em nossa dire\u00e7\u00e3o. Abrimos os bra\u00e7os para parecermos maiores, fazendo-os parar, depois seguimos pela grama at\u00e9 uma enseada distante, governada por um verdadeiro gigante: um elefante-marinho monumental.<\/p>\n\n\n\n

Na manh\u00e3 em que chegamos \u00e0 ba\u00eda de St. Andrew, acordo cedo e vou para o conv\u00e9s com bin\u00f3culos na m\u00e3o. Percebo que manchas escuras est\u00e3o se deslocando pela praia. S\u00e3o os\u00a0pinguins-rei\u00a0\u2014 cerca de 300 mil adultos, al\u00e9m de seus filhotes. Dentro de uma ou duas horas, estarei entre essas majestosas aves, observando\u00a0 os comportamentos e as vocaliza\u00e7\u00f5es delas. Um companheiro de viagem descreve perfeitamente o nosso destino: \u201cEste \u00e9 um daqueles lugares que voc\u00ea realmente precisa vivenciar em primeira m\u00e3o, com seus pr\u00f3prios olhos, ouvidos, nariz, cora\u00e7\u00e3o e alma.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Fonte: National Geographic Brasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

\u00c9 extremamente raro, como turista, ter acesso a uma regi\u00e3o intocada que foi reservada especialmente para a ci\u00eancia e a conserva\u00e7\u00e3o. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":176090,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[17,258],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/176089"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=176089"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/176089\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":176094,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/176089\/revisions\/176094"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/176090"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=176089"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=176089"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=176089"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}