{"id":176102,"date":"2022-01-24T18:21:20","date_gmt":"2022-01-24T21:21:20","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=176102"},"modified":"2022-01-24T18:21:22","modified_gmt":"2022-01-24T21:21:22","slug":"a-banana-falsa-que-pode-ser-solucao-para-alimentar-milhoes","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/01\/24\/176102-a-banana-falsa-que-pode-ser-solucao-para-alimentar-milhoes.html","title":{"rendered":"A ‘banana falsa’ que pode ser solu\u00e7\u00e3o para alimentar milh\u00f5es"},"content":{"rendered":"\n
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Banana (\u00e0 esquerda) e ensete (\u00e0 direita) – RBG KEW<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Pesquisadores dizem que a planta <\/strong>Ensete ventricosum, <\/strong><\/em>nativa da Eti\u00f3pia, pode ser um salva-vidas diante das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas. Tamb\u00e9m chamada de “banana da Eti\u00f3pia”, a ensete \u00e9 quase desconhecida fora do pa\u00eds, onde \u00e9 usada para fazer mingau e p\u00e3o.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A cultura dessa ‘banana falsa’ – parente pr\u00f3xima das esp\u00e9cies de banana mais comuns no mundo – tem potencial para alimentar mais de 100 milh\u00f5es de pessoas em um mundo afetado pelo aquecimento global, diz um estudo publicado na revista\u00a0Environmental Research Letters.<\/p>\n\n\n\n

A ensete \u00e9 um alimento b\u00e1sico na Eti\u00f3pia, onde cerca de 20 milh\u00f5es de pessoas dependem dela para alimenta\u00e7\u00e3o, mas n\u00e3o \u00e9 muito cultivada em outros locais. Pesquisas, no entanto, sugerem que a planta pode ser cultivada em uma \u00e1rea muito maior na \u00c1frica porque outras esp\u00e9cies selvagens da mesma fam\u00edlia – que n\u00e3o s\u00e3o consideradas comest\u00edveis – crescem at\u00e9 o sul da \u00c1frica do Sul.<\/p>\n\n\n\n

“Esta \u00e9 uma cultura que pode desempenhar um papel muito importante na seguran\u00e7a alimentar e no desenvolvimento sustent\u00e1vel”, disse Wendawek Abebe, da Universidade Hawassa, em Awasa, Eti\u00f3pia.<\/p>\n\n\n\n

O fruto da planta, semelhante \u00e0 banana, n\u00e3o \u00e9 comest\u00edvel. Mas os caules e ra\u00edzes podem ser usados \u200b\u200bpara fazer mingau e p\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Grande colheita<\/h2>\n\n\n\n

Usando pesquisas agr\u00edcolas e trabalho de modelagem, os cientistas previram o alcance potencial da ensete nas pr\u00f3ximas quatro d\u00e9cadas.<\/p>\n\n\n\n

Eles apontaram que o cultivo da planta poderia alimentar mais de 100 milh\u00f5es de pessoas e aumentar a seguran\u00e7a alimentar na Eti\u00f3pia e em outros pa\u00edses africanos, incluindo Qu\u00eania, Uganda e Ruanda.<\/p>\n\n\n\n

O pesquisador James Borrell, do Royal Botanic Gardens, no Reino Unido, disse que o plantio da ensete como uma colheita reserva para tempos de escassez de outros produtos pode ajudar a aumentar a seguran\u00e7a alimentar.<\/p>\n\n\n\n

“Tem algumas caracter\u00edsticas realmente incomuns que a tornam absolutamente \u00fanica como cultura”, disse ele. “Voc\u00ea planta a qualquer hora, voc\u00ea colhe a qualquer hora e \u00e9 perene. \u00c9 por isso que a chamam de \u00e1rvore contra a fome.”<\/p>\n\n\n\n

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A planta pode atingir 10 metros de altura – RBG KEW<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A Eti\u00f3pia \u00e9 um importante centro de domestica\u00e7\u00e3o de culturas na \u00c1frica, lar do caf\u00e9 e de muitas outras plantas domesticadas pelo homem.<\/p>\n\n\n\n

Prev\u00ea-se que as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas afetem seriamente os rendimentos e a distribui\u00e7\u00e3o das planta\u00e7\u00f5es no mundo e especialmente na \u00c1frica.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 um interesse crescente em buscar novas plantas para alimentar o mundo, dada nossa depend\u00eancia de algumas culturas b\u00e1sicas. Quase metade de todas as calorias que ingerimos vem de tr\u00eas esp\u00e9cies de alimento – arroz, trigo e milho.<\/p>\n\n\n\n

“Precisamos diversificar as plantas que usamos globalmente, porque todos os nossos ovos est\u00e3o em uma cesta muito pequena no momento”, diz Borrell.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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