{"id":176147,"date":"2022-01-26T19:56:00","date_gmt":"2022-01-26T22:56:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=176147"},"modified":"2022-01-26T19:56:07","modified_gmt":"2022-01-26T22:56:07","slug":"aparentemente-marte-teve-agua-por-mais-tempo-do-que-pensavamos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/01\/26\/176147-aparentemente-marte-teve-agua-por-mais-tempo-do-que-pensavamos.html","title":{"rendered":"Aparentemente, Marte teve \u00e1gua por mais tempo do que pens\u00e1vamos"},"content":{"rendered":"\n
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Segundo uma revis\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es coletadas pelo Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), Marte s\u00f3 perdeu sua \u00e1gua l\u00edquida bem depois do que\u00a0o consenso cient\u00edfico\u00a0vinha dizendo. De acordo com os dados, sinais do \u201cl\u00edquido da vida\u201d foram identificados em sais minerais de aproximadamente dois bilh\u00f5es de anos atr\u00e1s.<\/p>\n\n\n\n

Antes disso, pensava-se que a \u00e1gua havia evaporado do planeta vermelho h\u00e1 tr\u00eas bilh\u00f5es de anos ou mais, mudando algumas compreens\u00f5es que n\u00f3s j\u00e1 t\u00ednhamos sobre a evolu\u00e7\u00e3o de Marte ao longo das eras.<\/p>\n\n\n\n

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Embora a presen\u00e7a antiga de \u00e1gua l\u00edquida em Marte j\u00e1 fosse comprovada, acreditava-se que ela havia sumido h\u00e1 bem mais tempo, mas novo estudo da Caltech sugere que o l\u00edquido permaneceu por mais anos do que o consenso apontava (Imagem: Pike-28\/Shutterstock)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

H\u00e1 anos e anos, Marte tinha diversos corpos de \u00e1gua \u2013\u00a0alguns, bem imensos\u00a0\u2013 percorrendo a sua superf\u00edcie. Com o tempo, por\u00e9m, a radia\u00e7\u00e3o solar e o campo eletromagn\u00e9tico do pr\u00f3prio planeta vermelho foram desgastando a sua atmosfera. Hoje, ela ainda existe, mas \u00e9 t\u00e3o fina que oferece virtualmente zero prote\u00e7\u00e3o contra os raios c\u00f3smicos do espa\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n

O efeito imediato disso foi o desaparecimento da \u00e1gua l\u00edquida da superf\u00edcie, que evaporou e deixou todo o planeta com o aspecto des\u00e9rtico e \u00e1rido que conhecemos hoje.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, cientistas da\u00a0Caltech, liderados pela estudante de doutorado Ellen Leask, revisaram cerca de 15 anos de informa\u00e7\u00f5es do MRO, identificando a presen\u00e7a de v\u00e1rios tipos de sais de cloreto ao longo do hemisf\u00e9rio sul de Marte \u2013 especificamente, por toda uma parte rica em argila e altamente permeada por crateras de impacto.<\/p>\n\n\n\n

Essas crateras, na verdade, \u00e9 que foram essenciais para o estudo: quanto menos crateras uma \u00e1rea tem, mais jovem ela \u00e9. Por essa raz\u00e3o, o MRO conta com dois instrumentos bastante eficientes nesse tipo de an\u00e1lise: a Context Camera<\/em> e o High-Resolution Imaging Experiment<\/em> (HiRISE, na sigla em ingl\u00eas).<\/p>\n\n\n\n

O primeiro consiste de uma lente grande angular para imagens em preto-e-branco, enquanto o outro \u00e9 uma c\u00e2mera colorida com detalhamento t\u00e3o rico que permite enxergar, do espa\u00e7o, os\u00a0rovers<\/em>\u00a0que a NASA tem na superf\u00edcie do planeta vermelho.<\/p>\n\n\n\n

O uso combinado dos dois instrumentos permitiu a Leask e equipe criarem mapas digitais de eleva\u00e7\u00e3o de terreno, percebendo que muitos desses sais estavam localizados nas depress\u00f5es de terra \u2013 pontos onde, antigamente, correspondiam a lagos. Aliando isso \u00e0 contagem de crateras, o time foi capaz de estimar uma data para os sais, que pareciam ser mais novos do que o suposto \u201cfim\u201d deles indicavam anteriormente.<\/p>\n\n\n\n

\u201cO que \u00e9 mais espetacular \u00e9 o fato de que, depois de mais de uma d\u00e9cada oferecendo imagens de alta resolu\u00e7\u00e3o, bem como dados infravermelhos e estereosc\u00f3picos, o MRO ainda permite novas descobertas sobre a natureza e a evolu\u00e7\u00e3o desses antigos lagos de sal conectados por rios\u201d, disse Bethany Ehlmann, orientadora de doutorado, professora e co-autora do estudo.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Olhar Digital<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"