{"id":176290,"date":"2022-02-08T19:01:23","date_gmt":"2022-02-08T22:01:23","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=176290"},"modified":"2022-02-08T19:01:26","modified_gmt":"2022-02-08T22:01:26","slug":"poluicao-plastica-afeta-88-das-especies-marinhas-diz-wwf","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/02\/08\/176290-poluicao-plastica-afeta-88-das-especies-marinhas-diz-wwf.html","title":{"rendered":"Polui\u00e7\u00e3o pl\u00e1stica afeta 88% das esp\u00e9cies marinhas, diz WWF"},"content":{"rendered":"\n
\"\"<\/a><\/figure>\n\n\n\n

Informe da organiza\u00e7\u00e3o ambientalista Fundo Mundial para a Natureza (WWF), divulgado nesta ter\u00e7a-feira (08\/02), afirma que dejetos pl\u00e1sticos j\u00e1 chegaram a todas as partes do oceano e que a contamina\u00e7\u00e3o afeta 88% das esp\u00e9cies marinhas, que trazem o material em seu organismo, incluindo animais amplamente consumidos pelo ser humano.<\/p>\n\n\n\n

A entidade pede esfor\u00e7os urgentes para criar um tratado internacional sobre pl\u00e1sticos.<\/p>\n\n\n\n

“Ilhas de pl\u00e1stico”<\/h2>\n\n\n\n

Elaborado em colabora\u00e7\u00e3o com o Instituto Alfred Wegener da Alemanha, o relat\u00f3rio compila dados de 2.590 estudos cient\u00edficos sobre o tema, medindo o impacto do pl\u00e1stico e do micropl\u00e1stico nos oceanos.<\/p>\n\n\n\n

Conforme o documento, entre 19 milh\u00f5es e 23 milh\u00f5es de res\u00edduos pl\u00e1sticos chegam ao mar anualmente. Gigantescas “ilhas de pl\u00e1stico”, compostas de dejetos flutuantes, foram encontradas nos oceanos Atl\u00e2ntico e Pac\u00edfico.<\/p>\n\n\n\n

O relat\u00f3rio ressalta que o derivado do petr\u00f3leo “alcan\u00e7ou todas as partes do oceano, da superf\u00edcie do mar ao fundo do oceano, dos polos \u00e0s costas das ilhas mais remotas, e \u00e9 detect\u00e1vel desde no menor pl\u00e2ncton at\u00e9 a maior baleia.”<\/p>\n\n\n\n

Pelo menos 2.144 esp\u00e9cies sofrem polui\u00e7\u00e3o pl\u00e1stica em seu habitat e algumas tamb\u00e9m acabam ingerindo o material. Este \u00e9 o caso, por exemplo, de 90% das aves marinhas e 52% das tartarugas.<\/p>\n\n\n\n

Ostras e sardinhas contaminadas<\/h2>\n\n\n\n

O WWF alerta que conte\u00fado pl\u00e1stico foi encontrado em moluscos, como mexilh\u00f5es azuis e ostras, e um quinto das sardinhas enlatadas cont\u00e9m essas part\u00edculas. <\/p>\n\n\n\n

O material se degrada em part\u00edculas cada vez min\u00fasculas, at\u00e9 se converter em “nanopl\u00e1sticos” inferiores a um m\u00edcron um (mil\u00e9simo de mil\u00edmetro).<\/p>\n\n\n\n

A situa\u00e7\u00e3o \u00e9 t\u00e3o grave, que mesmo que a produ\u00e7\u00e3o de pl\u00e1stico fosse paralisada, o volume de micropl\u00e1sticos duplicaria at\u00e9 2050, devido aos restos j\u00e1 presentes no meio ambiente. O mais inquietante, por\u00e9m, \u00e9 que a inunda\u00e7\u00e3o n\u00e3o vai parar, j\u00e1 que a produ\u00e7\u00e3o de novo material duplicar\u00e1 at\u00e9 2040 e, com isso, os res\u00edduos nos oceanos triplicar\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

“Amea\u00e7a para o ecossistema”<\/h2>\n\n\n\n

“Estamos chegando a um ponto de satura\u00e7\u00e3o em v\u00e1rios lugares, o que sup\u00f5e uma amea\u00e7a n\u00e3o somente para as esp\u00e9cies, mas para todo o ecossistema”, explica Eirik Lindebjerg, respons\u00e1vel pelas investiga\u00e7\u00f5es sobre res\u00edduos pl\u00e1sticos no WWF.<\/p>\n\n\n\n

Muito al\u00e9m das imagens impactantes de tartarugas ou focas presas em redes, contudo, o perigo se espalha por toda a cadeia alimentar: um estudo de 2021 sobre 555 esp\u00e9cies de peixes encontrou restos de pl\u00e1sticos em 386 delas.<\/p>\n\n\n\n

Outros estudos sobre a pesca do bacalhau, um dos peixes mais comercializados, revelaram que at\u00e9 30% dos esp\u00e9cimes do Mar do Norte tinham micropl\u00e1sticos no organismo. O mesmo se aplica a 17% dos arenques capturados no Mar B\u00e1ltico.<\/p>\n\n\n\n

Conforme a ONG, algumas das \u00e1reas marinhas mais amea\u00e7adas s\u00e3o o Mar Amarelo, o Mar da China Oriental e o Mediterr\u00e2neo, que j\u00e1 atingiram seu limite de absor\u00e7\u00e3o de micropl\u00e1stico.<\/p>\n\n\n\n

O problema do pl\u00e1stico descart\u00e1vel<\/h2>\n\n\n\n

O especialista do WWF, Eirik Lindebjerg, afirma que, embora a pesca seja um dos principais contribuintes para a polui\u00e7\u00e3o marinha, o principal fator s\u00e3o os pl\u00e1sticos descart\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n

“Por o pl\u00e1stico ter ficado mais barato, os fabricantes o produzem em grandes quantidades, o que\u00a0permitiu desenvolver produtos de uso \u00fanico que depois acabam se tornando lixo.”\u00a0Segundo o ambientalista, alguns lugares correm\u00a0risco de “colapso do ecossistema”,\u00a0afetando toda a cadeia alimentar marinha.<\/p>\n\n\n\n

Lindebjerg pede uma diminui\u00e7\u00e3o maci\u00e7a da polui\u00e7\u00e3o pl\u00e1stica, ressaltando que a quantidade de polui\u00e7\u00e3o que os ecossistemas marinhos podem absorver \u00e9 limitada. “Precisamos trat\u00e1-lo como um sistema fixo que n\u00e3o absorve pl\u00e1stico, e \u00e9 por isso que precisamos caminhar para zero emiss\u00f5es, zero polui\u00e7\u00e3o, o mais r\u00e1pido poss\u00edvel.”<\/p>\n\n\n\n

O WWF est\u00e1 convocando negocia\u00e7\u00f5es para um acordo internacional sobre pl\u00e1sticos na reuni\u00e3o da ONU sobre meio ambiente programada para\u00a028 de fevereiro a 2 de mar\u00e7o em Nair\u00f3bi, capital do Qu\u00eania. A entidade quer um tratado que estabele\u00e7a padr\u00f5es globais de produ\u00e7\u00e3o e uma verdadeira reciclagem.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Em relat\u00f3rio, entidade ambientalista aponta que material atingiu “todas as partes do oceano” e exige a cria\u00e7\u00e3o de um tratado internacional sobre dejetos pl\u00e1sticos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":176291,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[1866,191,867],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/176290"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=176290"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/176290\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":176292,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/176290\/revisions\/176292"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/176291"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=176290"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=176290"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=176290"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}