{"id":176372,"date":"2022-02-14T16:18:51","date_gmt":"2022-02-14T19:18:51","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=176372"},"modified":"2022-02-14T16:18:57","modified_gmt":"2022-02-14T19:18:57","slug":"cientistas-desvendam-misterio-de-vida-tipo-alienigena-nas-profundezas-do-artico","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/02\/14\/176372-cientistas-desvendam-misterio-de-vida-tipo-alienigena-nas-profundezas-do-artico.html","title":{"rendered":"Cientistas desvendam mist\u00e9rio de vida ‘tipo alien\u00edgena’ nas profundezas do \u00c1rtico"},"content":{"rendered":"\n
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Esponjas gigantes sobrevivem dos restos de animais extintos em \u00e1guas frias e profundas perto do Polo Norte – INSTITUTO ALFRED WEGENER<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Cientistas dizem que resolveram o mist\u00e9rio de como as esponjas gigantes florescem nas \u00e1guas profundas e geladas do \u00c1rtico.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

As esponjas marinhas sobrevivem alimentando-se de restos de vermes e outros animais extintos que morreram h\u00e1 milhares de anos, sugerem eles.<\/p>\n\n\n\n

Esponjas s\u00e3o animais antigos muito simples encontrados em mares de todo o mundo, de oceanos profundos a recifes tropicais rasos.<\/p>\n\n\n\n

Elas foram encontrados vivendo em grande n\u00famero e em tamanho impressionante no fundo do Oceano \u00c1rtico.<\/p>\n\n\n\n

Esses enormes “jardins de esponja” fazem parte de um ecossistema \u00fanico que prospera sob o oceano coberto de gelo perto do Polo Norte, diz Teresa Morganti, do Instituto Max Planck de Microbiologia Marinha em Bremen, na Alemanha.<\/p>\n\n\n\n

“Encontramos esponjas enormes \u2014 elas podem atingir at\u00e9 um metro de di\u00e2metro”, explica.<\/p>\n\n\n\n

“Esta \u00e9 a primeira evid\u00eancia de esponjas comendo mat\u00e9ria f\u00f3ssil antiga.”<\/p>\n\n\n\n

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\u00c1rtico \u00e9 uma das regi\u00f5es mais afetadas pelas mudan\u00e7as clim\u00e1ticas – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Ao balan\u00e7ar uma c\u00e2mera nas profundezas do gelo, os pesquisadores conseguiram fotografar as cole\u00e7\u00f5es de esponjas que formam um jardim no fundo do mar.<\/p>\n\n\n\n

Na \u00e9poca, eles ficaram confusos sobre como os animais primitivos sobreviveram nas profundezas frias e escuras, longe de qualquer fonte de alimento conhecida.<\/p>\n\n\n\n

Mais recentemente, ap\u00f3s analisar amostras da expedi\u00e7\u00e3o ao \u00c1rtico, eles descobriram que as esponjas tinham em m\u00e9dia 300 anos.<\/p>\n\n\n\n

E que esses seres sobrevivem comendo os restos de uma extinta comunidade de animais \u2014 com a ajuda de bact\u00e9rias amig\u00e1veis \u200b\u200bque produzem antibi\u00f3ticos.<\/p>\n\n\n\n

“Onde as esponjas gostam de viver, h\u00e1 uma camada de material morto”, diz a professora Antje Boetius, do instituto Alfred Wegener em Bremerhaven, que liderou a expedi\u00e7\u00e3o ao \u00c1rtico.<\/p>\n\n\n\n

“E finalmente nos ocorreu que esta pode ser a solu\u00e7\u00e3o para o porqu\u00ea de as esponjas serem t\u00e3o abundantes, porque elas podem explorar essa mat\u00e9ria org\u00e2nica com a ajuda dos simbiontes.”<\/p>\n\n\n\n

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Esponjas atuam como engenheiros do ecossistema, mantendo sa\u00fade do meio ambiente – INSTITUTO ALFRED WEGENER<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A descoberta mostra que temos muito mais a aprender sobre o Planeta Terra e pode haver mais formas de vida esperando para serem descobertas sob o gelo.<\/p>\n\n\n\n

“H\u00e1 tanta vida tipo alien\u00edgena e especialmente nos mares cobertos de gelo, onde mal temos a tecnologia para acessar, olhar ao redor e fazer um mapa”, acrescenta.<\/p>\n\n\n\n

Mas com o gelo marinho do \u00c1rtico recuando a uma taxa sem precedentes, os pesquisadores alertam que essa teia \u00fanica de vida est\u00e1 sob crescente press\u00e3o das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com medi\u00e7\u00f5es cient\u00edficas, tanto a espessura quanto a extens\u00e3o do gelo marinho de ver\u00e3o no \u00c1rtico mostraram um decl\u00ednio dram\u00e1tico nos \u00faltimos 30 anos, o que \u00e9 consistente com as observa\u00e7\u00f5es de um \u00c1rtico em aquecimento.<\/p>\n\n\n\n

“Com a cobertura de gelo marinho em decl\u00ednio r\u00e1pido e o ambiente oce\u00e2nico mudando, um melhor conhecimento dos ecossistemas de hotspots \u00e9 essencial para proteger e gerenciar a diversidade \u00fanica desses mares do \u00c1rtico sob press\u00e3o”, diz Boetius.<\/p>\n\n\n\n

O estudo foi publicado na revista cient\u00edfica\u00a0Nature Communications<\/em>.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"