{"id":176455,"date":"2022-02-22T16:48:03","date_gmt":"2022-02-22T19:48:03","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=176455"},"modified":"2022-02-22T16:48:06","modified_gmt":"2022-02-22T19:48:06","slug":"ia-avalia-projetos-de-hidreletricas-para-minimizar-prejuizos-na-amazonia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/02\/22\/176455-ia-avalia-projetos-de-hidreletricas-para-minimizar-prejuizos-na-amazonia.html","title":{"rendered":"IA avalia projetos de hidrel\u00e9tricas para minimizar preju\u00edzos na Amaz\u00f4nia"},"content":{"rendered":"\n
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Megabarragem da Usina Hidrel\u00e9trica de Belo Monte na Amaz\u00f4nia (Foto: runo Batista\/ VPR)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Com base em\u00a0intelig\u00eancia artificial (IA),\u00a0cientistas desenvolveram um sistema computacional para analisar projetos de barragens na\u00a0Amaz\u00f4nia\u00a0e evitar\u00a0estragos ambientais. A ideia foi publicada nesta quinta-feira (17), em um estudo na revista\u00a0Science.<\/em><\/p>\n\n\n\n

O time composto por\u00a0experts<\/em>\u00a0do\u00a0meio ambiente\u00a0e da computa\u00e7\u00e3o criou a Amazon EcoVistas, ferramenta de IA que avalia os portf\u00f3lios das barragens. O sistema seleciona aquelas que atendem \u00e0s metas de produ\u00e7\u00e3o de\u00a0energia\u00a0com o menor dano ambiental poss\u00edvel.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

A inven\u00e7\u00e3o doi testada nas 158 barragens existentes na bacia do rio\u00a0Amazonas, assim como em 351 propostas elaboradas com v\u00e1rios cen\u00e1rios diferentes. O objetivo era alcan\u00e7ar o \u00f3timo de Pareto, um estado onde recursos est\u00e3o alocados na forma mais eficiente. No caso, a meta foi atingir uma combina\u00e7\u00e3o de projetos hidrel\u00e9tricos que minimizem os efeitos ambientais \u2014\u00a0 independentemente do n\u00edvel de produ\u00e7\u00e3o de energia.<\/p>\n\n\n\n

Isso \u00e9 um desafio e tanto levando em conta que, se somados os 509 projetos, existem 2509 combina\u00e7\u00f5es poss\u00edveis em seis categorias, incluindo\u00a0produ\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica e cinco crit\u00e9rios ambientais. Entre esses cinco, est\u00e3o: vaz\u00e3o e conectividade do rio, transporte de sedimentos,\u00a0biodiversidade\u00a0de peixes e emiss\u00f5es de gases de\u00a0efeito estufa.<\/p>\n\n\n\n

\u201cTodas as decis\u00f5es sobre a localiza\u00e7\u00e3o de barragens envolvem compensa\u00e7\u00f5es complexas\u201d, analisa Alexander Flecker, autor principal da pesquisa, em\u00a0comunicado. \u201cO \u00f3timo de Pareto fornece uma maneira clara de avaliar essas compensa\u00e7\u00f5es \u00e0 medida que buscamos equilibrar a produ\u00e7\u00e3o de energia e as diversas consequ\u00eancias ambientais.\u201d<\/p>\n\n\n\n

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Barragem da Represa de Agoyan na Cordilheira dos Andes no Equador (Foto: Elizabeth Anderson)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Rafael Almeida, professor assistente na Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e um dos autores da pesquisa, considera a nova ferramenta uma abordagem cr\u00edtica, j\u00e1 que o\u00a0rio Amazonas\u00a0e seus afluentes se distribuem por v\u00e1rios pa\u00edses com topografia diversificada.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Ele ressalta que o recurso serve tamb\u00e9m para excluir projetos prejudiciais. \u201cFragmenta\u00e7\u00e3o de sistemas fluviais, bloqueio de migra\u00e7\u00f5es de\u00a0peixes, aprisionamento de sedimentos e emiss\u00e3o de\u00a0metano\u00a0s\u00e3o agravados pela aus\u00eancia de planejamento em toda a bacia\u201d, alerta Almeida.<\/p>\n\n\n\n

Escolher os projetos em locais menos danosos pode ser uma sa\u00edda. Barragens em vales andinos \u00edngremes dos rios do alto Amazonas, por exemplo, resultam em reservat\u00f3rios menores que emitem menos\u00a0metano. E constru\u00e7\u00f5es mais altas no sistema fluvial s\u00e3o menos prejudiciais para os peixes que migram por longas dist\u00e2ncias, pois n\u00e3o impedem a sa\u00edda dos animais como em zonas mais baixas.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Embora n\u00e3o exista uma solu\u00e7\u00e3o \u00fanica para minimizar os impactos ambientais das barragens, os pesquisadores acreditam que eles podem ser evitados pesando os custos\u00a0ecol\u00f3gicos\u00a0e sociais. A ferramenta de IA \u00e9 a primeira a tornar essa avalia\u00e7\u00e3o poss\u00edvel na dimens\u00e3o da bacia do rio Amazonas.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

\u201cAplicar nosso m\u00e9todo a barragens existentes na\u00a0Amaz\u00f4nia\u00a0mostra como a falta de planejamento coordenado at\u00e9 o momento resultou em projetos que s\u00e3o coletivamente mais prejudiciais do que seriam se tivessem sido constru\u00eddos portf\u00f3lios de barragens alternativos e estrategicamente selecionados\u201d, critica Almeida. \u201cIsso \u00e9 verdade para todos os cinco crit\u00e9rios que avaliamos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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