{"id":176459,"date":"2022-02-22T16:52:04","date_gmt":"2022-02-22T19:52:04","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=176459"},"modified":"2022-02-22T16:52:06","modified_gmt":"2022-02-22T19:52:06","slug":"consumo-de-ultraprocessados-aumenta-pegada-hidrica-da-dieta-brasileira","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/02\/22\/176459-consumo-de-ultraprocessados-aumenta-pegada-hidrica-da-dieta-brasileira.html","title":{"rendered":"Consumo de ultraprocessados aumenta pegada h\u00eddrica da dieta brasileira"},"content":{"rendered":"\n
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Consumo de ultraprocessados aumenta pegada h\u00eddrica da dieta brasileira (Foto: Hamza NOUASRIA\/Unsplash)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A adi\u00e7\u00e3o de\u00a0ultraprocessados\u00a0\u00e0\u00a0dieta\u00a0resulta em aumento da pegada h\u00eddrica \u2013 ou seja, um maior uso de\u00a0\u00e1gua\u00a0para a produ\u00e7\u00e3o e o consumo de alimentos e, portanto, um maior impacto ambiental. Este \u00e9 o resultado de uma an\u00e1lise feita por cientistas da Universidade de S\u00e3o Paulo (USP) e da Universidade Deakin, na\u00a0Austr\u00e1lia, publicada na\u00a0Revista de Sa\u00fade P\u00fablica<\/em>\u00a0nesta sexta-feira (18).<\/p>\n\n\n\n

O estudo analisou dados da Pesquisa de Or\u00e7amentos Familiares, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edstica (IBGE) nos anos de 2008 e 2009. Esse inqu\u00e9rito re\u00fane informa\u00e7\u00f5es sobre a\u00a0alimenta\u00e7\u00e3o\u00a0de mais de 30 mil brasileiros com idade igual ou superior a 10 anos. As pegadas ambientais foram calculadas com base nos coeficientes de emiss\u00e3o de\u00a0gases do efeito estufa\u00a0e de uso de \u00e1gua para produzir cada alimento e prepara\u00e7\u00e3o culin\u00e1ria consumidos no Brasil.<\/p>\n\n\n\n

A metodologia levou em conta a classifica\u00e7\u00e3o NOVA de alimentos, que os divide em quatro categorias, de acordo com o seu grau de processamento: alimentos in natura<\/em> ou minimamente processados, ingredientes culin\u00e1rios, alimentos processados e alimentos ultraprocessados. A ideia era verificar os impactos ambientais causados por este \u00faltimo grupo.<\/p>\n\n\n\n

\u201cAs an\u00e1lises mostraram que o consumo de ultraprocessados na dieta brasileira aumentou significativamente a pegada de carbono e\u00a0h\u00eddrica\u00a0da dieta dos brasileiro. Esse aumento, no entanto, permaneceu significativo somente para a pegada h\u00eddrica depois que os modelos foram ajustados para vari\u00e1veis como sexo, renda e escolaridade\u201d, diz Josefa Garzillo, uma das autoras do estudo.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa indicou, ainda, que os alimentos ultraprocessados elevam a pegada h\u00eddrica da dieta por aumentarem, tamb\u00e9m, a ingest\u00e3o di\u00e1ria de\u00a0calorias\u00a0\u2013 ou seja, a quantidade total de alimento consumido ao longo do dia.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEsta \u00e9 a primeira vez que um estudo nacional avalia o impacto do consumo de alimentos ultraprocessados nas pegadas ambientais da dieta\u201d, afirma Carlos Monteiro, autor s\u00eanior do estudo. \u201cA pegada h\u00eddrica aumentou 10% entre os grupos com menor e maior consumo de alimentos ultraprocessados.\u201d<\/p>\n\n\n\n

A evid\u00eancia traz \u00e0 tona um impacto antes desconhecido dos alimentos ultraprocessados, registrando consequ\u00eancias ambientais do consumo desse tipo de alimento \u2013 que se somam \u00e0s j\u00e1 conhecidas consequ\u00eancias para a\u00a0sa\u00fade\u00a0p\u00fablica, como aumento do risco de desenvolvimento de\u00a0obesidade\u00a0e doen\u00e7as cr\u00f4nicas relacionadas.<\/p>\n\n\n\n

O estudo refor\u00e7a, portanto, a recomenda\u00e7\u00e3o do Guia Alimentar para a Popula\u00e7\u00e3o Brasileira de basear a alimenta\u00e7\u00e3o e ingredientes\u00a0in natura<\/em>\u00a0ou minimamente processados para compor uma\u00a0dieta saud\u00e1vel\u00a0e sustent\u00e1vel, e evitar alimentos ultraprocessados.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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