{"id":176661,"date":"2022-03-07T16:24:09","date_gmt":"2022-03-07T19:24:09","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=176661"},"modified":"2022-03-07T16:24:13","modified_gmt":"2022-03-07T19:24:13","slug":"produtos-quimicos-e-radioativos-estao-na-agua-de-763-cidades-brasileiras","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/03\/07\/176661-produtos-quimicos-e-radioativos-estao-na-agua-de-763-cidades-brasileiras.html","title":{"rendered":"Produtos qu\u00edmicos e radioativos est\u00e3o na \u00e1gua de 763 cidades brasileiras"},"content":{"rendered":"\n
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Produtos qu\u00edmicos e radioativos est\u00e3o na \u00e1gua de 763 cidades brasileiras (Foto: Imani\/Unsplash)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Todos n\u00f3s bebemos pequenas doses di\u00e1rias de subst\u00e2ncias qu\u00edmicas e radioativas. S\u00e3o\u00a0agrot\u00f3xicos\u00a0e outros res\u00edduos da ind\u00fastria que se misturam aos\u00a0rios\u00a0e represas. Alguns especialistas defendem que n\u00e3o h\u00e1 risco se elas estiverem dentro do limite regulamentado. Outros argumentam que as doses aceitas no\u00a0Brasil\u00a0s\u00e3o permissivas, pois s\u00e3o bem mais altas que as da Uni\u00e3o Europeia.<\/p>\n\n\n\n

Sobre um ponto n\u00e3o h\u00e1 d\u00favida: essas subst\u00e2ncias s\u00e3o prejudiciais \u00e0\u00a0sa\u00fade\u00a0quando est\u00e3o acima do limite brasileiro. O consumo di\u00e1rio aumenta o risco de\u00a0c\u00e2ncer, muta\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas, problemas hormonais, nos rins,\u00a0f\u00edgado\u00a0e no sistema nervoso \u2013 a depender do produto.<\/p>\n\n\n\n

Dados in\u00e9ditos levantados pela Rep\u00f3rter Brasil mostram que s\u00e3o esses os riscos oferecidos pela\u00a0\u00e1gua\u00a0que saiu da torneira de 763 cidades entre 2018 e 2020. Subst\u00e2ncias qu\u00edmicas e radioativas foram encontradas acima do limite em 1 de cada 4 munic\u00edpios que fizeram os testes. Entre eles est\u00e1 S\u00e3o Paulo (13 testes acima do limite), Florian\u00f3polis (26) e Guarulhos (11).<\/p>\n\n\n\n

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Mapa da \u00e1gua mostra contamina\u00e7\u00e3o por subst\u00e2ncias qu\u00edmicas e radioativas no Brasil (Foto: Rep\u00f3rter Brasil)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

As informa\u00e7\u00f5es podem ser consultadas por cidade no\u00a0Mapa da \u00c1gua, que destaca quais\u00a0subst\u00e2ncias\u00a0extrapolaram o limite e explica seus riscos. Os dados s\u00e3o resultados de testes\u00a0 feitos por empresas ou \u00f3rg\u00e3os de abastecimento e enviados ao Sisagua (Sistema de Informa\u00e7\u00e3o de Vigil\u00e2ncia da Qualidade da \u00c1gua para Consumo Humano), do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade. Os testes s\u00e3o feitos ap\u00f3s o tratamento e a maioria dessas subst\u00e2ncias n\u00e3o pode ser removida por filtros ou fervendo a \u00e1gua.<\/p>\n\n\n\n

\u201cSe h\u00e1 subst\u00e2ncia acima do valor m\u00e1ximo permitido, podemos dizer que a \u00e1gua est\u00e1 contaminada\u201d, afirma F\u00e1bio Kummrow, professor de toxicologia da Universidade Federal de S\u00e3o Paulo (Unifesp). \u201cUma outra forma de dizer \u00e9 que essa \u00e1gua n\u00e3o est\u00e1 pr\u00f3pria para consumo, como quando um\u00a0alimento\u00a0passa da data de validade\u201d. Contaminada ou impr\u00f3pria, Kummrow confirma que existe risco para quem\u00a0bebe a \u00e1gua, e ele varia de acordo com a subst\u00e2ncia e com o n\u00famero de vezes que ela foi consumida ao longo do tempo.<\/p>\n\n\n\n

O risco \u00e9 maior para quem bebeu diversas vezes ao longo de anos. \u00c9 o caso de quem mora em S\u00e3o Paulo, Florian\u00f3polis, Guarulhos e outras 79 cidades onde a mesma subst\u00e2ncia foi encontrada acima do limite nos tr\u00eas anos analisados (2018, 2019 e 2020).<\/p>\n\n\n\n

Com impacto silencioso, esses produtos t\u00eam din\u00e2mica diferente das contamina\u00e7\u00f5es por\u00a0bact\u00e9rias, que provocam dor de barriga, diarreia e at\u00e9 surtos de c\u00f3lera. Os\u00a0sintomas\u00a0das subst\u00e2ncias qu\u00edmicas e radioativas podem levar anos, mas, quando aparecem, s\u00e3o na forma de doen\u00e7as graves. Estudos que associam esses produtos ao c\u00e2ncer,\u00a0muta\u00e7\u00f5es gen\u00e9ticas\u00a0e diversos outros problemas de sa\u00fade s\u00e3o carimbados pelos mais respeitados \u00f3rg\u00e3os de sa\u00fade, como a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial da Sa\u00fade (OMS) e as ag\u00eancias regulat\u00f3rias da Uni\u00e3o Europeia, Estados Unidos, Canad\u00e1 e Austr\u00e1lia.<\/p>\n\n\n\n

O Mapa destaca o risco para a sa\u00fade e as atividades econ\u00f4micas em que cada subst\u00e2ncia \u00e9 utilizada. O\u00a0nitrato, por exemplo, terceira que mais vezes excedeu o limite, \u00e9 usado na fabrica\u00e7\u00e3o de fertilizantes, conservantes de alimentos, explosivos e medicamentos. Ele \u00e9 classificado como \u201cprovavelmente cancer\u00edgeno\u201d pela OMS.<\/p>\n\n\n\n

Empresas escondem os dados<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Os testes s\u00e3o financiados com dinheiro p\u00fablico e de quem paga a conta d\u2019\u00e1gua, mas os resultados est\u00e3o trancados a sete chaves. As companhias de abastecimento deveriam informar \u00e0 popula\u00e7\u00e3o sempre que uma subst\u00e2ncia aparece acima do limite, como determina a\u00a0portaria sobre a potabilidade da \u00e1gua. Mas isso n\u00e3o acontece.<\/p>\n\n\n\n

A Sabesp, respons\u00e1vel pela distribui\u00e7\u00e3o de \u00e1gua em mais de 370 munic\u00edpios paulistas, incluindo a capital, divulga apenas o que chama de \u201cpar\u00e2metros b\u00e1sicos\u201d, como cor, turbidez e coliformes fecais. Nem mesmo pesquisando no site \u00e9 poss\u00edvel acessar as subst\u00e2ncias qu\u00edmicas acima do limite.<\/p>\n\n\n\n

O mesmo problema foi encontrado com Companhia Catarinense de \u00c1guas e Saneamento (Casan) e Companhia de \u00c1gua e Esgoto do Cear\u00e1 (Cagece).<\/p>\n\n\n\n

Nos Estados Unidos e Uni\u00e3o Europeia, qualquer um pode consultar testes de todas as subst\u00e2ncias presentes na \u00e1gua. E, em muitos desses pa\u00edses, as empresas monitoram um n\u00famero maior de subst\u00e2ncias e alertam os consumidores em caso de problemas.<\/p>\n\n\n\n

\u201cSe contaminantes microbiol\u00f3gicos s\u00e3o encontrados, por exemplo, uma determina\u00e7\u00e3o para ferver a \u00e1gua \u00e9 enviada aos consumidores por e-mail, SMS, r\u00e1dio etc\u201d, afirma Dorte Skr\u00e6m, da Danva, organiza\u00e7\u00e3o que representa servi\u00e7os de \u00e1gua na\u00a0Dinamarca. Segundo ele, a transpar\u00eancia \u00e9 total. \u201cHouve um caso [de contamina\u00e7\u00e3o<\/em>] h\u00e1 alguns anos que envolveu 500 mil habitantes, a m\u00eddia cobriu e foi usada para informar os consumidores\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Avisos assim deveriam ter ocorrido nos 763 munic\u00edpios que identificaram testes acima do limite. \u201cO quadro revelado por esses dados \u00e9 grave\u201d, afirma Leo Heller, pesquisador da Fiocruz e Relator Especial do Direito Humano \u00e0 \u00c1gua da ONU entre 2014 e 2020. \u201cEles mostram omiss\u00f5es e falhas dos \u00f3rg\u00e3os e servi\u00e7os que fazem parte de uma importante cadeia de responsabilidades\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Contamina\u00e7\u00e3o cont\u00ednua em S\u00e3o Paulo<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Quase todos os\u00a0estados\u00a0que testaram a \u00e1gua acharam problemas. S\u00e3o Paulo foi o que mais encontrou, com 1.298 resultados acima do limite, mas tamb\u00e9m foi o que mais testou. Foram 831 mil testes, 45% de todos os realizados no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n

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Estados brasileiros que mais testaram n\u00edveis de contamina\u00e7\u00e3o da \u00e1gua por subst\u00e2ncias qu\u00edmicas e radioativas (Foto: Rep\u00f3rter Brasil)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A capital paulista traz um retrato preocupante: tr\u00eas subst\u00e2ncias acima do limite, uma delas nos tr\u00eas anos analisados. A contamina\u00e7\u00e3o cont\u00ednua, cen\u00e1rio de maior risco, ocorreu em 82 cidades do Brasil.<\/p>\n\n\n\n

As subst\u00e2ncias acima do limite estavam em tr\u00eas sistemas importantes que abastecem a cidade. No Guarapiranga, por exemplo, que chega a 4,8 milh\u00f5es de paulistanos, os trihalometanos excederam o limite diversas vezes ao longo dos tr\u00eas anos.<\/p>\n\n\n\n

Os trihalometanos foram o grupo com mais testes fora do padr\u00e3o em todo o Brasil. Classificado como possivelmente\u00a0cancer\u00edgeno\u00a0pela OMS, podem causar problemas nos\u00a0rins\u00a0e f\u00edgado. Esses elementos s\u00e3o usados em agrot\u00f3xicos, solventes, anest\u00e9sicos e extintores de inc\u00eandio. Sua principal origem na \u00e1gua, por\u00e9m, vem do processo de tratamento.<\/p>\n\n\n\n

Tratamento que contamina<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Ironicamente, as maiores respons\u00e1veis pelos problemas com a \u00e1gua no Brasil s\u00e3o subst\u00e2ncias geradas pelo pr\u00f3prio tratamento. Quando o cloro interage com elementos como\u00a0algas, esgoto ou agrot\u00f3xicos, nascem os chamados \u201csubprodutos da desinfec\u00e7\u00e3o\u201d.<\/p>\n\n\n\n

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Origem de subst\u00e2ncias nociva se d\u00e1 no pr\u00f3prio processo de tratamento da \u00e1gua (Foto: Rep\u00f3rter Brasil)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Eles est\u00e3o acima do limite em 493 cidades, 21% das que testaram. \u201cEvidente que \u00e9 importante tratar a \u00e1gua para remover microrganismos, mas n\u00e3o \u00e9 aceit\u00e1vel eliminar riscos biol\u00f3gicos e gerar riscos qu\u00edmicos\u201d, afirma Heller, da Fiocruz. Al\u00e9m dos \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos que deveriam fazer o monitoramento, cabe tamb\u00e9m \u00e0 ind\u00fastria e ao\u00a0agroneg\u00f3cio\u00a0controlar o despejo de subst\u00e2ncias t\u00f3xicas no ambiente. \u201cMas quem est\u00e1 no centro [empresas e \u00f3rg\u00e3os de abastecimento<\/em>] \u00e9 quem deveria garantir a qualidade\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Algu\u00e9m fiscaliza?<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A falta de transpar\u00eancia \u00e9 tamanha que nem sempre os fiscais t\u00eam acesso aos dados. Em quase metade dos munic\u00edpios (48%) as companhias de abastecimento n\u00e3o informaram resultados ao Sisagua. Isso \u00e9 grave, j\u00e1 que \u00e9 pelo Sisagua que as secretarias municipais ou estaduais de sa\u00fade monitoram a \u00e1gua.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 problemas at\u00e9 nas cidades que mais testam, como S\u00e3o Paulo. A Sabesp alega que os resultados acima do limite s\u00e3o casos pontuais e que eles n\u00e3o indicam problemas no padr\u00e3o da \u00e1gua. A empresa informa que faz sua avalia\u00e7\u00e3o por uma m\u00e9dia m\u00f3vel, mas n\u00e3o divulga esses dados. Questionada, a Sabesp se negou a enviar os resultados ou os crit\u00e9rios de c\u00e1lculo da m\u00e9dia. Procurada, a Secretaria Municipal de Sa\u00fade admite que tamb\u00e9m n\u00e3o teve acesso a esses dados (leia respostas na \u00edntegra<\/a>).<\/p>\n\n\n\n

A Prefeitura de Guarulhos negou que existam subst\u00e2ncias acima do permitido, mesmo diante dos dados do Sisagua. J\u00e1 Florian\u00f3polis afirmou estar trabalhando para resolver o problema.<\/p>\n\n\n\n

Em alguns casos, fica evidente que a fiscaliza\u00e7\u00e3o n\u00e3o existe. Em Una\u00ed (MG) o mais grave alerta deveria ter soado. Al\u00e9m de ser a cidade que mais teve testes acima do limite (72), havia uma subst\u00e2ncia radioativa fora do padr\u00e3o nos tr\u00eas anos: o r\u00e1dio-228, classificado como cancer\u00edgeno e usado em\u00a0radiografias\u00a0e outros instrumentos de radia\u00e7\u00e3o. Procurada, a prefeitura admitiu que n\u00e3o havia notado o problema e, depois, afirmou tratar-se de erro de digita\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Radioatividade e agrot\u00f3xicos<\/strong><\/p>\n\n\n\n

As subst\u00e2ncias radioativas aparecem acima do limite em 22 munic\u00edpios brasileiros, a maioria em\u00a0Minas Gerais. Elas podem estar na \u00e1gua devido a res\u00edduos da ind\u00fastria, mas tamb\u00e9m de forma natural, devido \u00e0 presen\u00e7a do ur\u00e2nio e outros min\u00e9rios. Deveria haver uma preocupa\u00e7\u00e3o dobrada nesses casos, pois elas intoxicam por ingest\u00e3o e inala\u00e7\u00e3o, afirma Viviane Amaral, pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. No entanto, elas s\u00e3o as menos testadas, apenas 2% do total de testes feitos entre 2018 e 2020.<\/p>\n\n\n\n

Nos casos em que \u00e9 preciso tir\u00e1-las da \u00e1gua, Amaral argumenta que a solu\u00e7\u00e3o mais vi\u00e1vel \u00e9 mudar a fonte de abastecimento, devido ao alto custo do tratamento. \u00c9 o mesmo caso de diversos agrot\u00f3xicos, j\u00e1 que n\u00e3o h\u00e1 tratamento acess\u00edvel para todos.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 50 cidades com\u00a0pesticidas\u00a0acima do limite. Esses casos tamb\u00e9m deveriam acender o alerta m\u00e1ximo devido a sua periculosidade: 19 dos pesticidas monitorados na \u00e1gua do Brasil s\u00e3o t\u00e3o perigosos \u00e0 sa\u00fade que foram proibidos na Uni\u00e3o EuropEia. Cinco s\u00e3o \u201csubst\u00e2ncias eternas\u201d, t\u00e3o resistentes que nunca se degradam.<\/p>\n\n\n\n

Apesar do problema, especialistas pedem cuidado para evitar p\u00e2nico. \u201cPegar \u00e1gua no po\u00e7o do vizinho ou comprar \u00e1gua que voc\u00ea n\u00e3o sabe a proced\u00eancia pode ser pior\u201d, afirma Paulo Barrocas, pesquisador da Fiocruz. A\u00a0\u00e1gua de garrafa\u00a0traz ainda o problema do\u00a0pl\u00e1stico, que tamb\u00e9m pode liberar subst\u00e2ncias perigosas.<\/p>\n\n\n\n

O ideal \u00e9 evitar a contamina\u00e7\u00e3o dos cursos d\u2019\u00e1gua. \u201cNo caso dos agrot\u00f3xicos, por exemplo, precisamos de rigor na libera\u00e7\u00e3o de novos produtos, assim como discutir a proibi\u00e7\u00e3o da pulveriza\u00e7\u00e3o a\u00e9rea [por avi\u00e3o<\/em>]\u201d, afirma F\u00e1bio Kummrow, da Unifesp Agrot\u00f3xicos j\u00e1 foram encontrados em po\u00e7os profundos, len\u00e7\u00f3is fre\u00e1ticos e at\u00e9 mesmo na \u00e1gua da chuva.<\/p>\n\n\n\n

Neste ponto, especialistas falam em coro: n\u00e3o h\u00e1 como se blindar do problema da \u00e1gua no Brasil, ele j\u00e1 afeta ou vai afetar a todos, a \u00fanica solu\u00e7\u00e3o passa por pol\u00edticas p\u00fablicas.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Todos n\u00f3s bebemos pequenas doses di\u00e1rias de subst\u00e2ncias qu\u00edmicas e radioativas. S\u00e3o\u00a0agrot\u00f3xicos\u00a0e outros res\u00edduos da ind\u00fastria que se misturam aos\u00a0rios\u00a0e represas. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":176662,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[3358,2595,332],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/176661"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=176661"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/176661\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":176666,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/176661\/revisions\/176666"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/176662"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=176661"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=176661"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=176661"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}