{"id":177241,"date":"2022-04-14T16:55:21","date_gmt":"2022-04-14T19:55:21","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=177241"},"modified":"2022-04-14T16:55:23","modified_gmt":"2022-04-14T19:55:23","slug":"consumo-em-76-paises-do-hemisferio-norte-ameaca-especies-em-outras-nacoes","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/04\/14\/177241-consumo-em-76-paises-do-hemisferio-norte-ameaca-especies-em-outras-nacoes.html","title":{"rendered":"Consumo em 76 pa\u00edses do Hemisf\u00e9rio Norte amea\u00e7a esp\u00e9cies em outras na\u00e7\u00f5es"},"content":{"rendered":"\n
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Consumo em 76 pa\u00edses, na Europa, Am\u00e9rica do Norte e \u00c1sia Oriental, impulsiona risco de extin\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cies em outras na\u00e7\u00f5es (Foto: Atoms\/Unsplash )<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A\u00a0atividade humana\u00a0est\u00e1 interligada em todo o planeta e pode causar estragos mesmo em \u00e1reas longe dos grandes centro urbanos \u2014 mas longe mesmo. \u00c9 o que mostra um estudo publicado no \u00faltimo dia 7 de abril na revista\u00a0Scientific Reports\u00a0<\/em>com dados de 188 pa\u00edses.<\/p>\n\n\n\n

Segundo a pesquisa, o consumo em 76 pa\u00edses do Hemisf\u00e9rio Norte\u00a0 \u2014 sobretudo na\u00a0Europa,\u00a0Am\u00e9rica do Norte\u00a0e\u00a0\u00c1sia Oriental\u00a0\u2014 impulsiona o\u00a0risco de extin\u00e7\u00e3o\u00a0de esp\u00e9cies em outras na\u00e7\u00f5es. Entre os principais afetados est\u00e3o o sapo\u00a0Craugastor fecundus<\/em>, que vive em Honduras, e o roedor gigante\u00a0Hypogeomys antimen<\/em>, de Madagascar.<\/p>\n\n\n\n

O estudo aponta que o consumo de produtos e servi\u00e7os dos setores de alimentos, bebidas e agricultura \u00e9 o maior impulsionador do\u00a0risco de extin\u00e7\u00e3o: representa\u00a039% da pegada global, seguido pelo consumo de bens e servi\u00e7os do setor de constru\u00e7\u00e3o (16%).<\/p>\n\n\n\n

Em 96 pa\u00edses, o consumo dom\u00e9stico \u00e9 o maior impulsionador da\u00a0amea\u00e7a \u00e0s esp\u00e9cies.\u00a0O com\u00e9rcio internacional, por sua vez, impulsiona 29,5% desse risco no mundo. Al\u00e9m disso, em 16 pa\u00edses, concentrados na \u00c1frica, o problema \u00e9 refor\u00e7ado pelo consumo fora de suas fronteiras.<\/p>\n\n\n\n

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Os EUA s\u00e3o respons\u00e1veis por 24% da pegada de risco de extin\u00e7\u00e3o da r\u00e3 Craugastor fecundus, encontrada em Honduras e criticamente amea\u00e7ada de extin\u00e7\u00e3o (Foto: Joe Townsend)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Para chegar a esses resultados, um time de pesquisadores liderado por Amanda Irwin, do grupo de An\u00e1lise de Sustentabilidade Integrada da Universidade de Sydney, na Austr\u00e1lia, usou dados da\u00a0Lista Vermelha de Esp\u00e9cies Amea\u00e7adas da Uni\u00e3o Internacional para a Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza (IUCN).<\/p>\n\n\n\n

O\u00a0experts<\/em>\u00a0tamb\u00e9m aderiram a uma metodologia amplamente utilizada para quantificar\u00a0pegadas de carbono, vinculando o risco de extin\u00e7\u00e3o aos padr\u00f5es globais de consumo. O grupo consultou ent\u00e3o dados globais da cadeia de suprimentos Eora, obtendo a pegada de risco para cada esp\u00e9cie e por setor econ\u00f4mico.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Irwin, at\u00e9 mesmo a compra de um\u00a0caf\u00e9\u00a0em Sydney pode contribuir para a\u00a0perda de biodiversidade\u00a0em outro pa\u00eds, como Honduras. \u201cAs escolhas que fazemos todos os dias t\u00eam um impacto no mundo natural, mesmo que n\u00e3o vejamos esse impacto\u201d, ressalta a cientista, em\u00a0comunicado.<\/p>\n\n\n\n

Para Arne Geschke, coautor da pesquisa, as a\u00e7\u00f5es para\u00a0proteger as esp\u00e9cies\u00a0podem variar em cada lugar. \u201cAs interven\u00e7\u00f5es apropriadas para lidar com o risco de extin\u00e7\u00e3o em Madagascar, por exemplo, onde 66% da pegada de risco de extin\u00e7\u00e3o s\u00e3o exportados, devem ser diferentes daquelas implementadas na Col\u00f4mbia, onde 93% da pegada de risco de extin\u00e7\u00e3o \u00e9 gerada pelo consumo dom\u00e9stico\u201d, exemplifica.<\/p>\n\n\n\n

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A extin\u00e7\u00e3o do roedor Hypogeomys antimen, de Madagascar, est\u00e1 se agravando devido ao consumo em outros pa\u00edses (Foto: Josh More)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Juha Siikam\u00e4ki, que tamb\u00e9m assina o estudo, destaca o fato de que quase 30% da pegada global de risco de extin\u00e7\u00e3o est\u00e1 atrelada ao\u00a0com\u00e9rcio internacional. Para ela, isso refor\u00e7a a necessidade de considerar as responsabilidades de diferentes pa\u00edses e setores, incluindo um financiamento da conserva\u00e7\u00e3o al\u00e9m das fronteiras nacionais.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEssa vis\u00e3o de como os padr\u00f5es de consumo predominantes influenciam a perda de biodiversidade em todo o mundo \u00e9 fundamental para informar as negocia\u00e7\u00f5es internacionais em andamento para a\u00a0natureza, incluindo a 15\u00aa Confer\u00eancia das Partes da Conven\u00e7\u00e3o sobre Diversidade Biol\u00f3gica (CDB)\u201d, afirma Siikam\u00e4ki.<\/p>\n\n\n\n

A segunda parte da confer\u00eancia est\u00e1 prevista para ocorrer de 25 de abril a 8 de maio de 2022, em Kunming, no sul da China. Na ocasi\u00e3o, ser\u00e1 adotado o Marco Global da Biodiversidade P\u00f3s-2020, que estabelecer\u00e1 metas a serem alcan\u00e7adas at\u00e9 2030 sobre temas como a conserva\u00e7\u00e3o da biodiversidade.\u00a0A primeira etapa da reuni\u00e3o aconteceu de 11 a 15 de outubro de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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