{"id":177724,"date":"2022-05-27T00:01:00","date_gmt":"2022-05-27T03:01:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=177724"},"modified":"2022-05-26T23:02:40","modified_gmt":"2022-05-27T02:02:40","slug":"rios-podem-mudar-de-curso-de-repente-cientistas-usaram-50-anos-de-imagens-de-satelite-para-saber-onde-e-como-isso-acontece","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/redacao\/traducoes\/2022\/05\/27\/177724-rios-podem-mudar-de-curso-de-repente-cientistas-usaram-50-anos-de-imagens-de-satelite-para-saber-onde-e-como-isso-acontece.html","title":{"rendered":"Rios podem mudar de curso de repente \u2013 cientistas usaram 50 anos de imagens de sat\u00e9lite para saber onde e como isso acontece"},"content":{"rendered":"\n<p>Ao longo da hist\u00f3ria, cidades importantes ao redor do mundo floresceram ao longo das margens dos rios. Mas os rios tamb\u00e9m podem ser for\u00e7as destrutivas. Eles rotineiramente inundam e, em raras ocasi\u00f5es, podem mudar abruptamente de caminho.<\/p>\n\n\n\n<p>Esses eventos de \u201csalto de canal\u201d, que s\u00e3o chamados de avuls\u00f5es, causaram algumas das inunda\u00e7\u00f5es mais mortais da hist\u00f3ria da humanidade. Avuls\u00f5es no Rio Amarelo da China mataram mais de 6 milh\u00f5es de pessoas no final do s\u00e9culo 19 e in\u00edcio do s\u00e9culo 20. Eventos semelhantes foram associados ao decl\u00ednio da civiliza\u00e7\u00e3o mesopot\u00e2mica ao longo dos rios Tigre e Eufrates no que hoje \u00e9 o Iraque, Kuwait, Turquia e S\u00edria.<\/p>\n\n\n\n<p>Em um <a href=\"https:\/\/www.science.org\/doi\/10.1126\/science.abm1215\" target=\"_blank\" rel=\"noreferrer noopener\">estudo rec\u00e9m-publicado<\/a>, trabalhei com colegas para mapear a distribui\u00e7\u00e3o global de avuls\u00f5es em leques e deltas de rios. Usamos imagens de sat\u00e9lite de mais de 100 rios de 1973 at\u00e9 o presente, fornecendo meio s\u00e9culo de vistas panor\u00e2micas da evolu\u00e7\u00e3o global dos rios.<\/p>\n\n\n\n<p>Descobrimos 113 eventos de avuls\u00e3o de rios em climas temperados, tropicais e secos. Destes eventos, 33 foram em leques aluviais. Essas formas de terra se desenvolvem quando os rios fluem das montanhas ou desfiladeiros para uma plan\u00edcie aberta ou para o oceano e se espalham, depositando sujeira e cascalho em uma \u00e1rea em forma de tri\u00e2ngulo.<\/p>\n\n\n\n<p>Os outros 80 eventos ocorreram em deltas de rios \u2013 regi\u00f5es f\u00e9rteis e baixas, onde rios mais lentos se ramificam em muitos canais que desembocam em lagos ou no oceano, criando redes de p\u00e2ntanos. Usamos esse novo conjunto de dados para responder a uma pergunta simples: o que determina onde as avuls\u00f5es acontecem?<\/p>\n\n\n\n<iframe loading=\"lazy\" width=\"754\" height=\"425\" src=\"https:\/\/www.youtube.com\/embed\/H-f49djgg9s\" title=\"YouTube video player\" frameborder=\"0\" allow=\"accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture\" allowfullscreen=\"\"><\/iframe>\n\n\n\n<h4 class=\"wp-block-heading\" id=\"h-a-agua-procura-o-caminho-mais-baixo\">A \u00e1gua procura o caminho mais baixo<\/h4>\n\n\n\n<p>As avuls\u00f5es ocorrem devido \u00e0 deposi\u00e7\u00e3o de sedimentos. Com o tempo, os rios depositam sedimentos no local da avuls\u00e3o, sufocando o rio com sedimentos. A \u00e1gua sempre flui para baixo, ent\u00e3o, \u00e0 medida que seu curso atual fica cada vez mais bloqueado, ela eventualmente `pula\u00b4 para um novo local.<\/p>\n\n\n\n<p>Assim como os terremotos, as avuls\u00f5es de rios acontecem periodicamente nos mesmos lugares. Eles dispersam sedimentos e \u00e1gua pelas plan\u00edcies de inunda\u00e7\u00e3o dos rios, produzindo o formato triangular caracter\u00edstico dessas forma\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n<p>Um exemplo recente ocorreu em 2008, quando o rio Kosi, na \u00cdndia, mudou seu curso em mais de 100 quil\u00f4metros em quest\u00e3o de dias, deslocando mais de 3 milh\u00f5es de pessoas.<\/p>\n\n\n\n<p>Nos EUA, o rio Mississippi mudou de curso muitas vezes nos \u00faltimos 7.000 anos. Hoje, uma estrutura de controle de v\u00e1rias barragens no centro da Louisiana impede que ele salte de suas margens e se junte ao rio Atchafalaya, mas os cientistas alertaram que uma mega-inunda\u00e7\u00e3o pode superar essas barreiras, causando danos econ\u00f4micos generalizados no sul da Louisiana.<\/p>\n\n\n\n<p>Um rio n\u00e3o pode mudar de curso mais de uma vez ao longo de muitas d\u00e9cadas, ou mesmo s\u00e9culos. A compreens\u00e3o dos cientistas de onde esses eventos ocorrem \u00e9 superficial e se baseia em grande parte em um punhado de observa\u00e7\u00f5es detalhadas em grandes deltas, al\u00e9m de modelos de laborat\u00f3rio e computador.<\/p>\n\n\n\n<iframe loading=\"lazy\" width=\"754\" height=\"425\" src=\"https:\/\/www.youtube.com\/embed\/DZ6vr9IWjCg\" title=\"YouTube video player\" frameborder=\"0\" allow=\"accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture\" allowfullscreen=\"\"><\/iframe>\n\n\n\n<h4 class=\"wp-block-heading\" id=\"h-tres-tipos-de-avulsoes\">Tr\u00eas tipos de avuls\u00f5es<\/h4>\n\n\n\n<p>Nosso banco de dados global revelou tr\u00eas tipos distintos de avuls\u00f5es. Primeiro, as 33 avuls\u00f5es em leques aluviais ocorreram quando os rios sa\u00edam dos c\u00e2nions. Uma vez que os rios deixaram de fluir por vales confinados, eles foram capazes de transbordar para um lado ou outro em dire\u00e7\u00e3o ao solo mais baixo.<\/p>\n\n\n\n<p>As 80 avuls\u00f5es ocorridas nos deltas foram influenciados por for\u00e7as em seus remansos. O remanso de um rio \u00e9 a zona onde a velocidade da corrente \u00e9 afetada pela presen\u00e7a do oceano ou lago no final do rio. Nesta zona, a corrente do rio diminui ou acelera em resposta \u00e0s mudan\u00e7as nas condi\u00e7\u00f5es de inunda\u00e7\u00e3o. Os cientistas podem estimar o comprimento do remanso a partir do tamanho e da inclina\u00e7\u00e3o do rio.<\/p>\n\n\n\n<p>Por exemplo, o rio Mississippi tem um comprimento de remanso de quase 480 quil\u00f4metros, o que significa que a velocidade de seu fluxo \u00e9 afetada pelo Golfo do M\u00e9xico at\u00e9 um ponto ao norte de Baton Rouge, Louisiana. Rios mais \u00edngremes podem ter uma escala de comprimento de remanso t\u00e3o curta quanto 1 quil\u00f4metro.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-full\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/05\/imagem_7.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"832\" height=\"668\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/05\/imagem_7.jpg\" alt=\"O complexo da Old River Control Structure (Antiga Estrutura de Controle do Rio), no centro da Louisiana, foi constru\u00eddo para evitar que o rio Mississippi (esquerda) se desvie para o rio Atchafalaya, que corre para o canto inferior direito. Tr\u00eas barragens permitem que 30% do fluxo do Mississippi se espalhe no Atchafalaya e mantenha o restante fluindo pelo curso atual do Mississippi (inferior esquerdo para superior direito). Fonte: Corpo de Engenheiros do Ex\u00e9rcito dos EUA\/Wikipedia.\" class=\"wp-image-177727\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/05\/imagem_7.jpg 832w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/05\/imagem_7-300x241.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/05\/imagem_7-768x617.jpg 768w\" sizes=\"(max-width: 832px) 100vw, 832px\" \/><\/a><figcaption>O complexo da Old River Control Structure (Antiga Estrutura de Controle do Rio), no centro da Louisiana, foi constru\u00eddo para evitar que o rio Mississippi (esquerda) se desvie para o rio Atchafalaya, que corre para o canto inferior direito. Tr\u00eas barragens permitem que 30% do fluxo do Mississippi se espalhe no Atchafalaya e mantenha o restante fluindo pelo curso atual do Mississippi (inferior esquerdo para superior direito). Fonte: Corpo de Engenheiros do Ex\u00e9rcito dos EUA\/Wikipedia.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Quando um rio est\u00e1 fluindo normalmente, ele desacelera em seu trecho de remanso e despeja sedimentos no leito do rio. No entanto, quando ocorrem inunda\u00e7\u00f5es, o maior volume de \u00e1gua em movimento mais r\u00e1pido causa eros\u00e3o no leito do rio.<\/p>\n\n\n\n<p>Este efeito inicia-se na foz do rio e desloca-se a montante, na dire\u00e7\u00e3o oposta ao fluxo da \u00e1gua, apagando parte da sedimenta\u00e7\u00e3o que se formou antes da cheia. Em \u00faltima an\u00e1lise, essa intera\u00e7\u00e3o entre sedimenta\u00e7\u00e3o e eros\u00e3o faz com que o rio se engasgue com sedimentos em um local que coincide aproximadamente com o comprimento do remanso.<\/p>\n\n\n\n<p>Nosso banco de dados mostrou que 50 dos 80 eventos de avuls\u00e3o que ocorreram em deltas foram aproximadamente no comprimento do remanso. Por exemplo, o rio Catatumbo, na Am\u00e9rica do Sul, mudou de curso em 1982, cerca de 10,5 quil\u00f4metros para o interior do ponto em que des\u00e1gua no Lago Maracaibo, na Venezuela \u2013 perto de seu comprimento de remanso, que \u00e9 de 13,7 quil\u00f4metros.<\/p>\n\n\n\n<h4 class=\"wp-block-heading\" id=\"h-alguns-rios-podem-mudar-de-curso-muito-a-montante\">Alguns rios podem mudar de curso muito a montante<\/h4>\n\n\n\n<p>No entanto, tamb\u00e9m descobrimos uma nova classe de avuls\u00f5es em deltas que n\u00e3o refletiam o confinamento do vale ou o comprimento do remanso. Esses rios mudaram de curso muito a montante do ponto em que foram afetados pelos lagos ou oceanos em sua foz.<\/p>\n\n\n\n<p>Esses deltas estavam em ilhas tropicais \u00edngremes como Madagascar e Papua Nova Guin\u00e9 ou em ambientes des\u00e9rticos como a Eritreia. Nesses locais, os rios carregam quantidades excepcionalmente grandes de sedimentos durante as inunda\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n<p>Quando os rios inundam, eles erodem seus leitos come\u00e7ando na foz e indo para tr\u00e1s rio acima, semelhante a grandes rios como o Mississippi. No entanto, a combina\u00e7\u00e3o de longas dura\u00e7\u00f5es t\u00edpicas de cheias e cargas de sedimentos excepcionalmente altas durante as cheias permite que a eros\u00e3o progrida muito a montante. Como resultado, esses rios podem mudar de curso bem acima da zona de remanso onde ocorrem avuls\u00f5es em grandes rios costeiros.<\/p>\n\n\n\n<h4 class=\"wp-block-heading\" id=\"h-mais-agua-mais-sedimentos\">Mais \u00e1gua, mais sedimentos<\/h4>\n\n\n\n<p>Nossa descri\u00e7\u00e3o desses tr\u00eas tipos de avuls\u00e3o fornece a primeira estrutura para prever onde os rios mudar\u00e3o de curso em leques e deltas em todo o mundo. Essas descobertas t\u00eam implica\u00e7\u00f5es cruciais, especialmente para os deltas dos rios, que abrigam cerca de 340 milh\u00f5es de pessoas em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-full\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/05\/imagem_8.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"834\" height=\"558\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/05\/imagem_8.jpg\" alt=\"Uma vista a\u00e9rea do delta do rio Nilo \u00e0 noite da Esta\u00e7\u00e3o Espacial Internacional. O Cairo Metropolitano \u00e9 a \u00e1rea brilhante na base do leque. Fonte: NASA.\" class=\"wp-image-177728\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/05\/imagem_8.jpg 834w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/05\/imagem_8-300x201.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/05\/imagem_8-768x514.jpg 768w\" sizes=\"(max-width: 834px) 100vw, 834px\" \/><\/a><figcaption>Uma vista a\u00e9rea do delta do rio Nilo \u00e0 noite da Esta\u00e7\u00e3o Espacial Internacional. O Cairo Metropolitano \u00e9 a \u00e1rea brilhante na base do leque. Fonte: NASA.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>A maioria dos deltas est\u00e1 a apenas alguns metros acima do n\u00edvel do mar, e alguns s\u00e3o muito densamente povoados, como os deltas do Mekong e Ganges-Brahmaputra. Nossos resultados mostram que s\u00edtios de avuls\u00e3o em deltas podem se deslocar de seus locais hist\u00f3ricos para novas \u00e1reas. O r\u00e1pido aumento do n\u00edvel do mar pode mover os locais de avuls\u00e3o para o interior dos deltas, expondo novas comunidades a riscos catastr\u00f3ficos de inunda\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n<p>Tamb\u00e9m descobrimos que os rios do nosso segundo grupo \u2013 aqueles onde ocorrem avuls\u00f5es na zona de remanso \u2013 podem mudar para o terceiro grupo, onde as avuls\u00f5es ocorrem significativamente mais a montante. Descobrimos que isso pode acontecer se a dura\u00e7\u00e3o t\u00edpica das inunda\u00e7\u00f5es em um rio ou o suprimento de sedimentos do rio mudar.<\/p>\n\n\n\n<p>A mudan\u00e7a clim\u00e1tica j\u00e1 est\u00e1 aumentando as inunda\u00e7\u00f5es em muitas partes do mundo e levando mais sedimentos para os rios. As mudan\u00e7as no uso da terra, como a convers\u00e3o de florestas em terras agr\u00edcolas, tamb\u00e9m est\u00e3o aumentando as cargas de sedimentos. Na minha opini\u00e3o, \u00e9 imperativo entender como essas mudan\u00e7as podem afetar os sistemas fluviais din\u00e2micos e vol\u00e1teis \u2013 e as pessoas que vivem ao seu redor \u2013 no futuro.<\/p>\n\n\n\n<p><em>Fonte: The Conversation\/ Vamsi Ganti<br>Tradu\u00e7\u00e3o: Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil \/ Maria Beatriz Ayello Leite<br>Para ler a reportagem original em ingl\u00eas acesse:<\/em> <a href=\"https:\/\/theconversation.com\/rivers-can-suddenly-change-course-scientists-used-50-years-of-satellite-images-to-learn-where-and-how-it-happens-183604\" target=\"_blank\" rel=\"noreferrer noopener\">https:\/\/theconversation.com\/rivers-can-suddenly-change-course-scientists-used-50-years-of-satellite-images-to-learn-where-and-how-it-happens-183604<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>Milh\u00f5es de pessoas em todo o mundo vivem em deltas de rios e \u00e1reas vulner\u00e1veis \u200b\u200bquando esses rios mudam de dire\u00e7\u00e3o. Um novo estudo mostra por que e onde esses eventos, chamados de avuls\u00f5es, acontecem. <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/redacao\/traducoes\/2022\/05\/27\/177724-rios-podem-mudar-de-curso-de-repente-cientistas-usaram-50-anos-de-imagens-de-satelite-para-saber-onde-e-como-isso-acontece.html\" title=\"Rios podem mudar de curso de repente \u2013 cientistas usaram 50 anos de imagens de sat\u00e9lite para saber onde e como isso acontece\"><\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":177732,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4132],"tags":[166,5163,1497,727,46,200,5164],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/177724"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=177724"}],"version-history":[{"count":14,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/177724\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":177746,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/177724\/revisions\/177746"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/177732"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=177724"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=177724"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=177724"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}