{"id":178086,"date":"2022-06-20T19:35:33","date_gmt":"2022-06-20T22:35:33","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=178086"},"modified":"2022-06-20T19:35:35","modified_gmt":"2022-06-20T22:35:35","slug":"geleiras-antarticas-derretem-no-ritmo-mais-rapido-dos-ultimos-55-mil-anos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/06\/20\/178086-geleiras-antarticas-derretem-no-ritmo-mais-rapido-dos-ultimos-55-mil-anos.html","title":{"rendered":"Geleiras ant\u00e1rticas derretem no ritmo mais r\u00e1pido dos \u00faltimos 5,5 mil anos"},"content":{"rendered":"\n
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Geleiras ant\u00e1rticas perdem gelo no ritmo mais r\u00e1pido em 5.500 anos, diz estudo (Foto: Tanya Grypachevskaya\/ Unsplash)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A\u00a0Ant\u00e1rtida\u00a0\u00e9 coberta por duas enormes massas de gelo\u00a0\u2014 os\u00a0mantos de gelo\u00a0da Ant\u00e1rtida Oriental e Ocidental\u00a0\u2014 e, por causa do\u00a0aquecimento global, elas vem diminuindo em taxas aceleradas nas \u00faltimas d\u00e9cadas. Um novo estudo liderado pela Universidade de Maine, nos Estados Unidos, e pelo British Antarctic Survey, do Reino Unido, mediu a taxa de mudan\u00e7a local do\u00a0n\u00edvel do mar\u00a0e concluiu que o derretimento das geleiras pode aumentar em 3,4 metros o n\u00edvel global do mar nos pr\u00f3ximos s\u00e9culos.<\/p>\n\n\n\n

Publicada na\u00a0Nature Geoscience<\/em>\u00a0no dia 9 de junho, a pesquisa identificou que, no per\u00edodo Holoceno, aproximadamente 5.500 anos atr\u00e1s, o n\u00edvel do mar local era cinco vezes menor, e que a raz\u00e3o mais prov\u00e1vel para uma diferen\u00e7a t\u00e3o grande \u00e9 a recente e r\u00e1pida perda de massa de gelo.<\/p>\n\n\n\n

Para determinar essa informa\u00e7\u00e3o, o time de cientistas estudou remanescentes de antigas praias da Ant\u00e1rtida, como\u00a0conchas\u00a0e ossos de pinguins, atrav\u00e9s da\u00a0data\u00e7\u00e3o por radiocarbono.\u00a0Ao identificar a idade precisa dessas praias, eles puderam definir quando cada praia apareceu e, portanto, reconstruir as mudan\u00e7as no n\u00edvel do mar local ao longo do tempo.<\/p>\n\n\n\n

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Os pesquisadores estudaram os remanescentes das antigas praias da Ant\u00e1rtida, como conchas e ossos de pinguins atrav\u00e9s da data\u00e7\u00e3o por radiocarbono (Foto: Divulga\u00e7\u00e3o\/ Nature Geoscience)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Embora os dados da pesquisa n\u00e3o excluam as pequenas flutua\u00e7\u00f5es naturais das geleiras ant\u00e1rticas nos \u00faltimos 5, 5 mil anos, a conclus\u00e3o \u00e9 que a taxa atual de recuo das geleiras, que dobrou nos \u00faltimos 30 anos, \u00e9 sem precedentes. \u201cEmbora essas geleiras vulner\u00e1veis \u200b\u200btenham sido relativamente est\u00e1veis \u200b\u200bdurante os \u00faltimos mil\u00eanios, sua taxa atual de recuo est\u00e1 acelerando e j\u00e1 elevando o n\u00edvel global do mar\u201d, alertou Dylan Rood, do Departamento de Ci\u00eancias da Terra e Engenharia da Imperial College London,\u00a0em comunicado.<\/p>\n\n\n\n

Os pr\u00f3ximos passos da pesquisa incluem a perfura\u00e7\u00e3o do gelo da geleira para coletar rochas por baixo, que podem conter eventuais respostas se as atuais taxas de acelera\u00e7\u00e3o de derretimento s\u00e3o revers\u00edveis ou n\u00e3o. \u201cEssas taxas atualmente elevadas de derretimento de gelo podem sinalizar que essas\u00a0art\u00e9rias vitais do cora\u00e7\u00e3o\u00a0do manto de gelo foram rompidas. Agora, precisamos urgentemente descobrir se \u00e9 tarde demais para parar o sangramento\u201d, completou Rood.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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