{"id":178187,"date":"2022-06-27T18:29:29","date_gmt":"2022-06-27T21:29:29","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=178187"},"modified":"2022-06-27T18:29:33","modified_gmt":"2022-06-27T21:29:33","slug":"comer-proteina-feita-de-fungos-pode-ajudar-a-reduzir-emissoes-de-co2","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/06\/27\/178187-comer-proteina-feita-de-fungos-pode-ajudar-a-reduzir-emissoes-de-co2.html","title":{"rendered":"Comer prote\u00edna feita de fungos pode ajudar a reduzir emiss\u00f5es de CO2"},"content":{"rendered":"\n
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Carne de laborat\u00f3rio produzida com prote\u00edna microbiana pode ajudar a salvar florestas (Foto: UGA CAES\/Extension\/Flickr)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Substituir 20% da carne de gado consumida no planeta por uma prote\u00edna feita de microrganismos, como fungos, at\u00e9 o ano de 2050, pode reduzir pela metade o\u00a0desmatamento\u00a0e as\u00a0emiss\u00f5es de CO2\u00a0vindas do uso da terra.\u00a0\u00c9 o que mostra um estudo publicado em 4 de maio na revista\u00a0Nature.<\/em><\/p>\n\n\n\n

Realizada pelo Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Clim\u00e1tico (PIK), na Alemanha, a an\u00e1lise demonstra que consumir prote\u00ednas alternativas, com textura semelhante \u00e0 carne de\u00a0gado, pode ajudar a diminuir a derrubada de florestas. Isso\u00a0porque a vegeta\u00e7\u00e3o \u00e9 cada vez mais desmatada para pastagens ou cultivo de ra\u00e7\u00e3o que alimenta animais de abate.<\/p>\n\n\n\n

\u201cO sistema alimentar est\u00e1 na raiz de um ter\u00e7o das emiss\u00f5es globais de gases de efeito estufa, sendo a produ\u00e7\u00e3o de carne de ruminantes a maior fonte\u201d, destaca Florian Humpen\u00f6der, principal autor do estudo, em\u00a0comunicado.<\/p>\n\n\n\n

Por meio de uma simula\u00e7\u00e3o computacional, os pesquisadores detectaram os efeitos ambientais de todo o sistema alimentar e agr\u00edcola at\u00e9 2050. Eles consideraram fatores como o crescimento populacional, a demanda por\u00a0alimentos, os padr\u00f5es alimentares, al\u00e9m da din\u00e2mica do uso da terra e da agricultura.<\/p>\n\n\n\n

Os autores dizem que o consumo de carne de animais provavelmente continuar\u00e1 aumentando no futuro, o que poder\u00e1 levar \u00e0\u00a0extin\u00e7\u00e3o de mais e mais florestas e vegeta\u00e7\u00f5es. Por\u00e9m, se o planeta substitu\u00edsse 20% da carne de ruminantes por prote\u00edna microbiana, a Terra passaria por menos apertos.<\/p>\n\n\n\n

Humpen\u00f6der cita que cairiam as emiss\u00f5es de metano do r\u00famen (primeiro compartimento do est\u00f4mago do gado) e a diminuiria a libera\u00e7\u00e3o de \u00f3xido nitroso da fertiliza\u00e7\u00e3o da ra\u00e7\u00e3o ou do esterco. \u201cA substitui\u00e7\u00e3o da carne de ruminantes por prote\u00edna microbiana no futuro poderia reduzir consideravelmente a pegada de\u00a0gases de efeito estufa\u00a0do sistema alimentar\u201d, afirma o cientista.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o pesquisador, a boa not\u00edcia \u00e9 que as pessoas n\u00e3o precisam ter medo de comer apenas verduras no futuro. Elas poder\u00e3o continuar comendo hamb\u00fargueres e outros\u00a0alimentos proteicos\u00a0\u2014 s\u00f3 que esses ser\u00e3o produzidos de modo diferente. Assim como a cerveja e o p\u00e3o, a prote\u00edna microbiana \u00e9 feita em culturas espec\u00edficas, onde micr\u00f3bios vivem de a\u00e7\u00facar e em uma temperatura constante.<\/p>\n\n\n\n

O resultado \u00e9 um produto muito rico em prote\u00ednas que pode ter gosto, sabor e ser t\u00e3o nutritivo quanto a\u00a0carne vermelha. Conforme explica Isabelle Weindl, coautora do estudo, mesmo que o a\u00e7\u00facar sirva de mat\u00e9ria-prima para essa carne, a produ\u00e7\u00e3o requer muito menos terras agr\u00edcolas em compara\u00e7\u00e3o com o produto de origem animal.<\/p>\n\n\n\n

\u201cExistem basicamente tr\u00eas grupos de an\u00e1logos de carne. Existem\u00a0produtos \u00e0 base de plantas,\u00a0como hamb\u00fargueres de soja, e c\u00e9lulas animais cultivadas em uma placa de Petri, tamb\u00e9m conhecida como carne cultivada, que at\u00e9 agora \u00e9 muito cara, mas recebeu muita aten\u00e7\u00e3o do p\u00fablico recentemente\u201d, cita Weindl. \u201cE h\u00e1 a prote\u00edna microbiana derivada da fermenta\u00e7\u00e3o, que consideramos mais interessante.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Alexander Popp, l\u00edder do grupo Land Use Management do PIK, considera que as alternativas, incluindo os  substitutos para produtos l\u00e1cteos, podem \u201cbeneficiar massivamente o bem-estar animal, economizar \u00e1gua e evitar a press\u00e3o de ecossistemas ricos em carbono e biodiversos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, \u00e9 preciso adequar a produ\u00e7\u00e3o, garantindo fornecimento de energia para o processo de fermenta\u00e7\u00e3o, por exemplo. \u201cUma transforma\u00e7\u00e3o em grande escala para alimentos biotecnol\u00f3gicos requer uma descarboniza\u00e7\u00e3o em larga escala da gera\u00e7\u00e3o de eletricidade para que o potencial de\u00a0prote\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica\u00a0possa ser totalmente desenvolvido\u201d, diz Popp. \u201cSe fizermos isso corretamente, a prote\u00edna microbiana pode ajudar os amantes da carne a abra\u00e7ar a mudan\u00e7a\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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