{"id":178242,"date":"2022-06-28T19:15:50","date_gmt":"2022-06-28T22:15:50","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=178242"},"modified":"2022-06-28T19:15:57","modified_gmt":"2022-06-28T22:15:57","slug":"homicidios-crescem-na-amazonia-na-contramao-do-pais","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/06\/28\/178242-homicidios-crescem-na-amazonia-na-contramao-do-pais.html","title":{"rendered":"Homic\u00eddios crescem na Amaz\u00f4nia, na contram\u00e3o do pa\u00eds"},"content":{"rendered":"\n
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O 16\u00ba anu\u00e1rio do F\u00f3rum Brasileiro de Seguran\u00e7a P\u00fablica, publica\u00e7\u00e3o que re\u00fane dados de institui\u00e7\u00f5es de seguran\u00e7a de diferentes partes do Brasil, revelou uma queda de 6% nas mortes violentas no Brasil em 2021. No entanto, a regi\u00e3o Norte o n\u00famero de assassinatos aumentou no ano passado.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o documento, divulgado nesta ter\u00e7a-feira (28\/06), o n\u00famero de homic\u00eddios em todo o Brasil manteve a tend\u00eancia de queda observada desde 2018. No ano passado, foram registradas 47.503 v\u00edtimas e 22,3 mortes violentas para cada 100 mil habitantes, o menor \u00edndice desde 2011.<\/p>\n\n\n\n

 As mortes violentas intencionais (MVI) incluem casos de latroc\u00ednio, homic\u00eddio doloso, mortes por interven\u00e7\u00e3o policial e les\u00e3o corporal seguida de morte. Entre as v\u00edtimas, 91% s\u00e3o do sexo masculino, 78% s\u00e3o afrodescendentes e 51% s\u00e3o jovens.<\/p>\n\n\n\n

Na regi\u00e3o Norte, o aumento nas mortes violentas foi de 9%, com taxa de 33,3 casos para cada 100 mil habitantes \u2013 a segunda maior taxa entre todas as regi\u00f5es. O \u00edndice mais elevado foi registrado na regi\u00e3o Nordeste, com 35,5.<\/p>\n\n\n\n

Entre as 30 cidades brasileiras com as maiores taxas m\u00e9dias de mortes violentas, entre 2019 e 2021, 13 est\u00e3o na\u00a0Amaz\u00f4nia, sendo que onze destas, nas \u00e1reas rurais. Estes munic\u00edpios registraram mais de 100 mortes violentas para cada 100 mil habitantes.<\/p>\n\n\n\n

Recentemente, o assassinato do\u00a0jornalista brit\u00e2nico Dom Phillips e do indigenista Bruno Ara\u00fajo Pereira\u00a0no vale do Javari \u2013 uma regi\u00e3o remota do estado do Amazonas palco de conflitos entre ind\u00edgenas e invasores de terras \u2013 chamou a aten\u00e7\u00e3o mundial para a\u00a0viol\u00eancia e a falta de policiamento na regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O crescimento da viol\u00eancia na Amaz\u00f4nia \u00e9 atribu\u00eddo, em grande parte, ao tr\u00e1fico de drogas e \u00e0 forte presen\u00e7a de armas, al\u00e9m do desmonte de mecanismos de fiscaliza\u00e7\u00e3o e prote\u00e7\u00e3o. Quase todos os 13 munic\u00edpios est\u00e3o pr\u00f3ximos a terras ind\u00edgenas e a fronteiras internacionais.<\/p>\n\n\n\n

Na Amaz\u00f4nia Legal \u2013 que re\u00fane os estados do Acre, Amap\u00e1, Amazonas, Mato Grosso, Par\u00e1, Rond\u00f4nia, Roraima e Tocantins – e em parte do Maranh\u00e3o, a taxa de mortes violentas \u00e9 de 30,9, bem mais elevada do que a m\u00e9dia brasileira.<\/p>\n\n\n\n

Na avalia\u00e7\u00e3o por estado, a taxa mais alta foi observada no Amap\u00e1, com 53,8 por 100 mil habitantes. Entretanto, o aumento mais acentuado das mortes violentas ocorreu no Amazonas, com 1.670 homic\u00eddios em 2021, contra 1.121 em 2020, ou sejam um crescimento de 49%.<\/p>\n\n\n\n

O anu\u00e1rio do F\u00f3rum Brasileiro de Seguran\u00e7a P\u00fablica utiliza dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edstica (IBGE), das secretarias estaduais de Seguran\u00e7a P\u00fablica e\/ou Defesa Social, e da Pol\u00edcia Civil de Minas Gerais, al\u00e9m do Instituto de Seguran\u00e7a P\u00fablica do Rio de Janeiro, do N\u00facleo de Apoio T\u00e9cnico do Minist\u00e9rio P\u00fablico do Acre, e do pr\u00f3prio F\u00f3rum.<\/p>\n\n\n\n

Certificados de registros de armas em alta<\/h2>\n\n\n\n

O anu\u00e1rio revela que o n\u00famero de pessoas com certificado de registro de armas de fogo cresceu 474% durante o\u00a0governo Jair Bolsonaro.<\/p>\n\n\n\n

Os dados se baseiam em informa\u00e7\u00f5es do Ex\u00e9rcito, e incluem registros para atividades de ca\u00e7ador, atirador desportivo e colecionar (CAC) at\u00e9 1\u00ba de julho de 2022, al\u00e9m de outros tipos de registros que tamb\u00e9m tiveram crescimento.<\/p>\n\n\n\n

O Brasil possui 673,8 mil registros CAC, o que significa 314 em cada cem mil pessoas possuem a autoriza\u00e7\u00e3o. Em 2018, esse n\u00famero era de 117,5 mil, ou seja, 56 pessoas a cada 100 mil.<\/p>\n\n\n\n

O estado de S\u00e3o Paulo acumula a maior parte dos registros CAC (26%), seguido do Paran\u00e1 e Santa Catarina, que concentram 16%. Por sua vez, o Rio Grande do Sul representa 11% do total.<\/p>\n\n\n\n

A regi\u00e3o Sul, como um todo, possui 25% dos registros CAC no Brasil, segundo dados do IBGE.<\/p>\n\n\n\n

Leve queda nos feminic\u00eddios<\/h2>\n\n\n\n

A an\u00e1lise divulgada no anu\u00e1rio, com base informa\u00e7\u00f5es das secretarias estaduais de seguran\u00e7a p\u00fablica, aponta que o n\u00famero de v\u00edtimas de feminic\u00eddio \u2013 o assassinato de mulheres cometido em raz\u00e3o do g\u00eanero \u2013 teve uma leva queda de 1,7% em 2021.<\/p>\n\n\n\n

Em 2021, 1.341 mulheres foram v\u00edtimas de feminic\u00eddio, enquanto em 2020 o n\u00famero de v\u00edtimas foi 1.354. A taxa de assassinatos por 100 mil mulheres caiu de 1,3 e para 1,2, o que significa uma redu\u00e7\u00e3o de 1,7%.<\/p>\n\n\n\n

Em contrapartida, cresceram os registros de outros tipos de viol\u00eancia contra as mulheres, como les\u00e3o corporal dolosa, ao mesmo tempo em que aumentaram as chamadas para o n\u00famero das pol\u00edcias militares, o 190, associadas a casos de viol\u00eancia dom\u00e9stica.<\/p>\n\n\n\n

Tamb\u00e9m aumentaram os registros de amea\u00e7as \u00e0s mulheres, assim como os pedidos e a concess\u00e3o de medidas protetivas de urg\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"