{"id":178272,"date":"2022-06-30T20:11:46","date_gmt":"2022-06-30T23:11:46","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=178272"},"modified":"2022-06-30T20:11:53","modified_gmt":"2022-06-30T23:11:53","slug":"carta-nautica-do-seculo-19-revela-perda-de-ate-49-dos-recifes-de-abrolhos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/06\/30\/178272-carta-nautica-do-seculo-19-revela-perda-de-ate-49-dos-recifes-de-abrolhos.html","title":{"rendered":"Carta n\u00e1utica do s\u00e9culo 19 revela perda de at\u00e9 49% dos recifes de Abrolhos"},"content":{"rendered":"\n
\"\"<\/a>
Recifes em Abrolhos (Foto: JO\u00c3O PAULO KRAJEWSK)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A\u00a0regi\u00e3o de Abrolhos, na Bahia, perdeu 28% dos recifes desde 1861. Entre os\u00a0recifes\u00a0mais pr\u00f3ximos \u00e0 costa, a perda \u00e9 ainda maior: 49%. \u00c9 o que diz uma pesquisa in\u00e9dita no Brasil, que utilizou uma carta n\u00e1utica hist\u00f3rica para comparar as condi\u00e7\u00f5es ambientais daquela \u00e9poca com os dados atuais.<\/p>\n\n\n\n

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Universidade de S\u00e3o Paulo e da Universidade de Victoria (no Canad\u00e1) mergulharam nessa\u00a0hist\u00f3ria, que resultou em artigo publicado no \u00faltimo dia 24 de junho na revista\u00a0Perspectives in Ecology and Conservation<\/em>.<\/p>\n\n\n\n

A carta n\u00e1utica mostra como eram os recifes da regi\u00e3o de Abrolhos, no Sul da Bahia, antes dos grandes impactos ambientais causados pelo ser humano. \u201cO navegador franc\u00eas [Ernest Mouchez<\/em>] documentou detalhes sobre o fundo dessa parte da costa brasileira: os tipos de organismos, conchas, recifes, etc. Ent\u00e3o, fizemos compara\u00e7\u00f5es das informa\u00e7\u00f5es de 160 anos atr\u00e1s com os dados modernos obtidos por sat\u00e9lites. Assim, detectamos perdas na extens\u00e3o dos recifes\u201d, contextualiza a bi\u00f3loga Mariana Bender, docente da UFSM e coautora da pesquisa.<\/p>\n\n\n\n

Essa \u00e9 a regi\u00e3o de recifes mais complexa da parte sul do\u00a0Oceano Atl\u00e2ntico. Sobre o que causou a degrada\u00e7\u00e3o dos recifes, os autores apontam os motivos. \u201cDurante muitos anos, os recifes de Abrolhos foram utilizados para a extra\u00e7\u00e3o de corais. Blocos inteiros eram removidos para uso na constru\u00e7\u00e3o civil \u2013 substituindo tijolos \u2013 e a fim de queimar para obter calc\u00e1rio. Essa extra\u00e7\u00e3o durou s\u00e9culos. H\u00e1 relatos desde o s\u00e9culo XVII\u201d, explica Mariana.<\/p>\n\n\n\n

Atualmente, a regi\u00e3o tamb\u00e9m lida com estressores que comprometem a\u00a0biodiversidade, tais como a polui\u00e7\u00e3o, o turismo desenfreado e o\u00a0aquecimento global. Por conta disso, a autora da pesquisa Carine Fogliarini, da UFSM, utilizou diversas ferramentas da Ecologia Hist\u00f3rica durante o doutorado para avaliar as mudan\u00e7as: \u201cVisitei museus e bibliotecas \u00e0 procura de documentos que fornecessem uma perspectiva de como eram os nossos recifes no passado. A carta n\u00e1utica foi um desses documentos hist\u00f3ricos achados\u201d, relata.<\/p>\n\n\n\n

O bi\u00f3logo Guilherme Longo, da UFRN, tamb\u00e9m coautor do estudo, conclui explicando a import\u00e2ncia de olhar para a natureza do passado para compreender como ela mudou durante os s\u00e9culos: \u201cFrequentemente, perdemos a refer\u00eancia do que \u00e9 um ecossistema saud\u00e1vel ou a pr\u00f3pria extens\u00e3o dessas \u00e1reas. Por isso, este estudo \u00e9 um marco importante, porque recupera uma refer\u00eancia do quanto j\u00e1 foi perdido\u201d, explica.<\/p>\n\n\n\n

O pesquisador tamb\u00e9m afirma que a pesquisa permite definir objetivos mais realistas sobre como conservar os recifes. O projeto teve apoio do Instituto Serrapilheira.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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