{"id":178355,"date":"2022-07-04T17:57:52","date_gmt":"2022-07-04T20:57:52","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=178355"},"modified":"2022-07-04T17:57:54","modified_gmt":"2022-07-04T20:57:54","slug":"quase-mil-microbios-com-potencial-de-virulencia-sao-descobertos-no-tibete","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/07\/04\/178355-quase-mil-microbios-com-potencial-de-virulencia-sao-descobertos-no-tibete.html","title":{"rendered":"Quase mil micr\u00f3bios com potencial de virul\u00eancia s\u00e3o descobertos no Tibete"},"content":{"rendered":"\n
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Geleira e montanha ao longo da estrada Friendship Highway, no Tibete, em 19 de maio de 2014 (Foto: Wikimedia Commons )<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Em amostras coletadas nas\u00a0geleiras\u00a0do Tibete, pesquisadores da Academia Chinesa de Ci\u00eancias encontraram quase mil esp\u00e9cies de\u00a0micr\u00f3bios\u00a0que apresentam o potencial de propagar\u00a0doen\u00e7as.\u00a0A descoberta foi registrada em 27 de junho na revista\u00a0Nature Biotechnology.<\/em><\/p>\n\n\n\n

As coletas de neve e gelo ocorreram em 21 geleiras\u00a0no planalto tibetano, entre os anos de 2010 e 2016. Ap\u00f3s derreterem e analisarem a \u00e1gua de cada uma das amostras, os cientistas detectaram\u00a0algas,\u00a0bact\u00e9rias\u00a0e\u00a0fungos\u00a0de v\u00e1rias esp\u00e9cies.<\/p>\n\n\n\n

A equipe\u00a0sequenciou o DNA\u00a0dos microrganismos presentes nas amostras, criando um banco de dados batizado de cat\u00e1logo do Genoma e Gene da Geleira Tibetana (TG2G). \u00c9 a primeira vez na\u00a0hist\u00f3ria\u00a0que uma\u00a0comunidade microbiana\u00a0escondida dentro de uma geleira \u00e9 sequenciada.<\/p>\n\n\n\n

A an\u00e1lise dos genomas dos micr\u00f3bios revelou que alguns deles t\u00eam o potencial de gerar novas doen\u00e7as conforme s\u00e3o liberados pelo derretimento. \u201cMicr\u00f3bios patog\u00eanicos presos ao gelo podem levar a epidemias locais e at\u00e9\u00a0pandemias\u00a0se forem liberados no\u00a0meio ambiente\u201d, explicam os pesquisadores.<\/p>\n\n\n\n

O cientistas identificaram 27 mil potenciais fatores de virul\u00eancia, ou seja, mol\u00e9culas que ajudam os micr\u00f3bios a invadirem e colonizarem hospedeiros. Eles estimam que 47% desses fatores de amea\u00e7a nunca tenham sido vistos antes, o que impossibilita saber o qu\u00e3o\u00a0prejudicial \u00e0 sa\u00fade\u00a0podem ser os microrganismos<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, 98% das esp\u00e9cies eram at\u00e9 ent\u00e3o desconhecidas pela\u00a0ci\u00eancia.\u00a0Esse n\u00edvel de diversidade dos seres vivos era inesperado para os pesquisadores: \u201cApesar de\u00a0condi\u00e7\u00f5es ambientais extremas, como baixas temperaturas, altos n\u00edveis de radia\u00e7\u00e3o solar, ciclos peri\u00f3dicos de congelamento e degelo e limita\u00e7\u00e3o de nutrientes, as superf\u00edcies das geleiras suportam uma gama diversificada de vida\u201d, concluem os autores do estudo.<\/p>\n\n\n\n

Mesmo que as bact\u00e9rias com potencial patog\u00eanico n\u00e3o sobrevivam por muito tempo ap\u00f3s escaparem das geleiras, elas ainda podem causar problemas, de acordo com os cientistas. Esses seres podem trocar grandes se\u00e7\u00f5es de seu\u00a0DNA, conhecidas como elementos gen\u00e9ticos m\u00f3veis, com as de outras bact\u00e9rias.<\/p>\n\n\n\n

Isso significa que, mesmo em uma morte ap\u00f3s o descongelamento, elas ainda podem transmitir parte de sua virul\u00eancia para outras\u00a0bact\u00e9rias. Tal intera\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica entre os micr\u00f3bios das geleiras e os microrganismos modernos “pode \u200b\u200bser particularmente perigosa”, alertam os estudiosos.<\/p>\n\n\n\n

Embora a equipe n\u00e3o saiba a idade exata dos micr\u00f3bios do Tibete, estudos anteriores disseram ser poss\u00edvel reviver aqueles presos no gelo por at\u00e9 10 mil anos. O assunto preocupa, pois as geleiras cobrem aproximadamente 10% da superf\u00edcie da\u00a0Terra, conforme destaca o site\u00a0LiveScience.<\/em><\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, o planalto tibetano fornece \u00e1gua doce em v\u00e1rios cursos de \u00e1gua, incluindo o rio Yangtze, o rio Amarelo e o rio Ganges, que abastecem China e \u00cdndia, dois dos pa\u00edses mais populosos do mundo.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Em amostras coletadas nas\u00a0geleiras\u00a0do Tibete, pesquisadores da Academia Chinesa de Ci\u00eancias encontraram quase mil esp\u00e9cies de\u00a0micr\u00f3bios. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":178356,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[18,260,2183],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/178355"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=178355"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/178355\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":178357,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/178355\/revisions\/178357"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/178356"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=178355"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=178355"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=178355"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}