{"id":178367,"date":"2022-07-05T19:55:24","date_gmt":"2022-07-05T22:55:24","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=178367"},"modified":"2022-07-05T19:55:27","modified_gmt":"2022-07-05T22:55:27","slug":"mudancas-climaticas-intensificaram-temporais-em-20-no-nordeste-diz-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/07\/05\/178367-mudancas-climaticas-intensificaram-temporais-em-20-no-nordeste-diz-estudo.html","title":{"rendered":"Mudan\u00e7as clim\u00e1ticas intensificaram temporais em 20% no Nordeste, diz estudo"},"content":{"rendered":"\n
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Chuvas intensas na regi\u00e3o de Pernambuco, resultaram em inunda\u00e7\u00f5es e deslizamento de terras (Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/Rafael Vieira\/Di\u00e1rio de Pernambuco)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Durante a segunda quinzena de maio e se entendendo at\u00e9 o in\u00edcio de junho, o\u00a0Nordeste\u00a0brasileiro sofreu com intensas\u00a0chuvas\u00a0que acabaram superando em 70% o volume de \u00e1gua esperado no m\u00eas. O impacto desse ac\u00famulo de \u00e1gua resultou em in\u00fameras trag\u00e9dias, deixando mais de 25 mil pessoas desalojadas e cerca de 133 mortos.<\/p>\n\n\n\n

Esse\u00a0evento clim\u00e1tico\u00a0extremo levou a\u00a0World Weather Attribution, junto a pesquisadores do Brasil, Holanda, Fran\u00e7a, Estados Unidos e Reino Unido a realizar uma an\u00e1lise sobre como a mudan\u00e7a clim\u00e1tica causada pelo\u00a0aquecimento global\u00a0contribuiu para o desastre natural.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com os dados, apesar de raro, o evento se tornou 20% mais propenso a ocorrer com mais intensidade devido a\u00a0mudan\u00e7a do clima. Os resultados do estudo foram divulgados em um documento apresentado em coletiva de imprensa nesta ter\u00e7a-feira (5).<\/p>\n\n\n\n

Atribui\u00e7\u00e3o de eventos<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A equipe realizou um estudo analisando informa\u00e7\u00f5es de n\u00edveis de chuva de 75\u00a0esta\u00e7\u00f5es meteorol\u00f3gicas\u00a0que continham dados desde a d\u00e9cada de 1970. A regi\u00e3o observada nos per\u00edodos de sete e 15 dias foi justamente a afetada pelos desastres de maio deste ano.<\/p>\n\n\n\n

Ao simularem esse evento extremo em modelos\u00a0clim\u00e1ticos, com e sem a proje\u00e7\u00e3o dos gases do\u00a0efeito estufa,\u00a0foi poss\u00edvel descobrir que, al\u00e9m de raro \u2013 com uma chance em 500 ou uma em mil de acontecer em um \u00fanico ano \u2013 o desastre foi intensificado em 20% devido \u00e0 mudan\u00e7a do clima.<\/p>\n\n\n\n

\u201cAtrav\u00e9s dos resultados chegamos \u00e0 conclus\u00e3o que, a cada fra\u00e7\u00e3o de grau que o\u00a0planeta aquece, o aumento desses eventos extremos se torna cada vez mais frequente e intenso\u201d, destaca Lincon Alves, pesquisador Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com o estudo, a temperatura do planeta j\u00e1 aumentou em 1,2\u00b0C desde o final do s\u00e9culo 19.<\/p>\n\n\n\n

Mais riscos de desastres<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O relat\u00f3rio tamb\u00e9m pontuou o aumento dos impactos causados pela chuva devido \u00e0\u00a0vulnerabilidade\u00a0da popula\u00e7\u00e3o. De acordo com Alexander Koberle, pesquisador do Grantham Institute da Universidade Imperial College de Londres, na regi\u00e3o de Recife a expans\u00e3o urbana em \u00e1reas de risco foi um dos fatores que ampliaram os desastres como deslizamentos de terras e enchentes. Al\u00e9m disso, constru\u00e7\u00f5es feitas sem padr\u00f5es de seguran\u00e7a necess\u00e1rio e falta de drenagem da\u00a0\u00e1gua\u00a0em alguns locais tamb\u00e9m s\u00e3o fatores agravantes.<\/p>\n\n\n\n

\u201cInfelizmente a cidade sofre mais riscos de inunda\u00e7\u00e3o pois foi constru\u00edda ao redor de rios e possui uma alta densidade demogr\u00e1fica\u201d, explica Ediv\u00e2nia Pereira dos Santos da Ag\u00eancia Pernambucana de \u00c1guas e Clima (Apac).<\/p>\n\n\n\n

Outra quest\u00e3o apresentada pela pesquisadora foi a dificuldade de ter a\u00e7\u00f5es mais efetivas para seguran\u00e7a. Por mais que os \u00f3rg\u00e3os federais, estatuais e municipais emitam sinais de alerta, ainda existe uma dificuldade de compreens\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o \u201cMuitas pessoas n\u00e3o se d\u00e3o conta da seriedade e ignoram os avisos, \u00e9 algo cultural. Acham que o aviso\u00a0meteorol\u00f3gico\u00a0\u00e9 irrelevante, mas aos poucos estamos mudando essa mentalidade\u201d, afirma.<\/p>\n\n\n\n

O monitoramento da regi\u00e3o \u00e9 realizado pelas ag\u00eancias locais h\u00e1 algum tempo. Em janeiro deste ano, a Apac sinalizou a possibilidade de acontecer chuvas mais intensas do que os outros anos, em mar\u00e7o emitiram um boletim.<\/p>\n\n\n\n

Mesmo tendo sido feitas algumas a\u00e7\u00f5es de preven\u00e7\u00e3o, segundo os pesquisadores h\u00e1 muito para melhorar, tanto para a popula\u00e7\u00e3o acatando os comunicados, como para \u00f3rg\u00e3os governamentais realizando melhores a\u00e7\u00f5es de evacua\u00e7\u00e3o e prestando melhor atendimento.<\/p>\n\n\n\n

O estudo segue em andamento, coletando os dados para ampliar a pesquisa. No entanto, cientistas afirmam que a an\u00e1lise demonstra a probabilidade de outros eventos intensos acontecerem novamente.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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