{"id":178438,"date":"2022-07-08T17:13:21","date_gmt":"2022-07-08T20:13:21","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=178438"},"modified":"2022-07-08T17:13:24","modified_gmt":"2022-07-08T20:13:24","slug":"suspeito-de-ser-mandante-das-mortes-de-dom-e-bruno-e-preso","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/07\/08\/178438-suspeito-de-ser-mandante-das-mortes-de-dom-e-bruno-e-preso.html","title":{"rendered":"Suspeito de ser mandante das mortes de Dom e Bruno \u00e9 preso"},"content":{"rendered":"\n
\"\"<\/a><\/figure>\n\n\n\n

Rubens Villar Coelho, conhecido como Col\u00f4mbia, foi detido ap\u00f3s apresentar documentos falsos em uma delegacia. Ele nega envolvimento no crime.<\/p>\n\n\n\n

Um homem suspeito de ser mandante dos assassinatos do\u00a0indigenista brasileiro Bruno Pereira\u00a0e do jornalista brit\u00e2nico Dom Phillips foi preso nesta quinta-feira (08\/07) pela Pol\u00edcia Federal em Tabatinga, no estado do Amazonas. O peruano Rubens Villar Coelho, conhecido como Col\u00f4mbia, foi detido por uso de documento falso, e nega envolvimento na morte de ambos.<\/p>\n\n\n\n

Conforme informa\u00e7\u00f5es divulgadas pela Rede Globo, o suspeito foi at\u00e9 a sede da Pol\u00edcia Federal em Tabatinga na tarde desta quinta-feira para declarar que n\u00e3o teria envolvimento nas mortes de Bruno e Dom. A cidade de Tabatinga fica pr\u00f3xima de Atalaia do Norte, para onde Bruno e Dom viajavam a partir da comunidade de S\u00e3o Rafael quando foram mortos.<\/p>\n\n\n\n

Ao chegar \u00e0 delegacia e se identificar, Col\u00f4mbia foi detido porque teria apresentado um documento falso. Ele estaria portando outros dois documentos falsos \u2013 um brasileiro e um colombiano. A pena para esse tipo de crime \u00e9 de seis anos de deten\u00e7\u00e3o e ele n\u00e3o cabe soltura por pagamento de fian\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Ele j\u00e1 era investigado por suspeita de tr\u00e1fico e de envolvimento com a pesca ilegal na regi\u00e3o do Vale do Javari, terra ind\u00edgena da qual parte do territ\u00f3rio integra a cidade de Atalaia do Norte. <\/p>\n\n\n\n

At\u00e9 o momento, tr\u00eas suspeitos est\u00e3o presos pela morte do indigenista e do jornalista. A PF suspeita que os irm\u00e3os Amarildo e Oseney da Costa de Oliveira, al\u00e9m de Jeferson da Silva Lima e outras cinco pessoas j\u00e1 indiciadas, seriam empregados de Col\u00f4mbia na regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Assassinato de Phillips e Pereira<\/h2>\n\n\n\n

Phillips, de 57 anos, e Pereira, de 41, desapareceram em 5 de junho numa\u00a0regi\u00e3o remota da Amaz\u00f4nia, onde avan\u00e7aram nos \u00faltimos anos a minera\u00e7\u00e3o, a pesca e a extra\u00e7\u00e3o de madeira ilegais, bem como o tr\u00e1fico de drogas. Dez dias depois, um pescador, Amarildo da Costa de Oliveira, suspeito de participar do crime, confessou os assassinatos e indicou onde estavam os corpos das v\u00edtimas, que teriam sido mortas a tiros, depois esquartejadas, queimadas e enterradas.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, as investiga\u00e7\u00f5es sobre o caso continuam, incluindo a busca pelo real motivo, as circunst\u00e2ncias dos homic\u00eddios, se houve algum mandante, al\u00e9m de mais pessoas envolvidas.<\/p>\n\n\n\n

A Uni\u00e3o das Organiza\u00e7\u00f5es Ind\u00edgenas do Vale do Javari (Univaja), que deu in\u00edcio \u00e0s buscas pela dupla no mesmo dia em que Phillips e Pereira foram vistos com vida pela \u00faltima vez, classificou os assassinatos de “crime pol\u00edtico” e alertou que os suspeitos presos pelos assassinatos “fazem parte de um grupo maior”.<\/p>\n\n\n\n

Phillips estava na regi\u00e3o recolhendo material para um livro que escrevia sobre preserva\u00e7\u00e3o da Amaz\u00f4nia. J\u00e1 Pereira, atualmente licenciado, era um dos funcion\u00e1rios mais experientes da Funai em atua\u00e7\u00e3o no Vale do Javari. Ele supervisionou o escrit\u00f3rio regional da entidade e a coordena\u00e7\u00e3o de grupos ind\u00edgenas isolados antes de sair de licen\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Falas de Bolsonaro s\u00e3o criticadas<\/h2>\n\n\n\n

Durante as buscas, o\u00a0presidente Jair\u00a0Bolsonaro fez uma s\u00e9rie de declara\u00e7\u00f5es\u00a0que provocaram rep\u00fadio de ativistas de direitos humanos e organiza\u00e7\u00f5es que representam jornalistas.<\/p>\n\n\n\n

A Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), por exemplo, repudiou as declara\u00e7\u00f5es de Bolsonaro sobre o caso afirmando que “lamentavelmente autoridades governamentais sugeriram que as pr\u00f3prias v\u00edtimas eram respons\u00e1veis pela trag\u00e9dia.”<\/p>\n\n\n\n

Em sua primeira declara\u00e7\u00e3o sobre o caso, Bolsonaro afirmou que Bruno Pereira e Dom Phillps sabiam dos riscos existentes na regi\u00e3o e chamou de “aventura n\u00e3o recomend\u00e1vel” o trabalho que as v\u00edtimas faziam. Ele tamb\u00e9m afirmou que o jornalista brit\u00e2nico era “malvisto na regi\u00e3o” e disse que ele deveria ter seguran\u00e7a redobrada na “excurs\u00e3o” que fazia.<\/p>\n\n\n\n

Nesta quinta-feira, o\u00a0Parlamento Europeu aprovou uma resolu\u00e7\u00e3o\u00a0condenando “veementemente” tanto os assassinatos da dupla quanto a “viol\u00eancia crescente” no Brasil contra ativistas de direitos humanos e do meio ambiente, povos ind\u00edgenas, minorias e jornalistas.<\/p>\n\n\n\n

Na mesma vota\u00e7\u00e3o, os eurodeputados tamb\u00e9m condenaram a “ret\u00f3rica agressiva” e “declara\u00e7\u00f5es intimidadoras” de Bolsonaro.<\/p>\n\n\n\n

A Anistia Internacional afirmou que os coment\u00e1rios de Bolsonaro sobre o caso foram “cru\u00e9is e insens\u00edveis”.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n\n\n\n

<\/a><\/a><\/a><\/a><\/a><\/a><\/a><\/a><\/a><\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"