{"id":178483,"date":"2022-07-11T14:49:13","date_gmt":"2022-07-11T17:49:13","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=178483"},"modified":"2022-07-11T14:49:15","modified_gmt":"2022-07-11T17:49:15","slug":"cientistas-estimam-pela-primeira-vez-impacto-de-ataque-nuclear-nos-oceanos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/07\/11\/178483-cientistas-estimam-pela-primeira-vez-impacto-de-ataque-nuclear-nos-oceanos.html","title":{"rendered":"Cientistas estimam pela primeira vez impacto de ataque nuclear nos oceanos"},"content":{"rendered":"\n
\"\"<\/a>
Em todos os cen\u00e1rios tra\u00e7ados, desde a detona\u00e7\u00e3o de uma centena de ogivas at\u00e9 milhares, o oceano n\u00e3o volta ao estado anterior \u00e0 guerra ap\u00f3s a dissipa\u00e7\u00e3o da fuma\u00e7a (Foto: Flickr\/International Campaign to Abolish Nuclear Weapons)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Mesmo a menor guerra nuclear devastaria os sistemas oce\u00e2nicos, alertam os pesquisadores respons\u00e1veis pelo primeiro modelo capaz de quantificar os efeitos da explos\u00e3o de ogivas nucleares nos\u00a0oceanos. Detalhado em\u00a0artigo publicado na American Geophysical Union, o modelo indica que entre as consequ\u00eancias est\u00e3o os decl\u00ednios acentuados nos estoques de peixes, a expans\u00e3o das camadas de gelo nas comunidades costeiras e mudan\u00e7as nas correntes oce\u00e2nicas. Impactos que levariam d\u00e9cadas ou mais para serem revertidos.<\/p>\n\n\n\n

Para modelar as respostas mar\u00edtimas ao conflito nuclear, o time de pesquisadores de diferentes institui\u00e7\u00f5es, liderados por\u00a0 Cheryl S. Harrison, da Universidade de Louisiana (EUA), simulou uma grande\u00a0guerra, entre Estados Unidos e\u00a0R\u00fassia, e v\u00e1rias guerras menores entre a \u00cdndia e o Paquist\u00e3o. Considerando os arsenais nucleares dos quatro pa\u00edses e dos seus alvos potenciais, os pesquisadores calcularam a quantidade de fuligem que seria dispersa na atmosfera pelas tempestades de fogo resultantes e, consequentemente, o quanto essa fuligem bloquearia o Sol.<\/p>\n\n\n\n

Em seguida, com a ajuda de uma ferramenta de simula\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica, a Community Earth System Model (CESM), os cientistas determinaram os efeitos de curto e longo prazo da fuligem atmosf\u00e9rica nas fun\u00e7\u00f5es do oceano.<\/p>\n\n\n\n

No cen\u00e1rio de guerra entre EUA e R\u00fassia, a radia\u00e7\u00e3o de ondas curtas do Sol foi reduzida em 70% e a temperatura m\u00e9dia global da superf\u00edcie diminuiu 7 graus Celsius, nos primeiros meses. O resfriamento mais extremo foi no Hemisf\u00e9rio Norte. Dessa forma, o gelo do\u00a0Mar \u00c1rtico\u00a0se expande por 10 milh\u00f5es de quil\u00f4metros quadrados, ampliando sua cobertura em mais de 50% e incluindo assim regi\u00f5es costeiras, normalmente livres de gelo, que s\u00e3o importantes para pesca, aquicultura e navega\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Em todos os cen\u00e1rios tra\u00e7ados, desde a detona\u00e7\u00e3o de uma centena de ogivas at\u00e9 milhares, o oceano n\u00e3o volta ao estado anterior \u00e0 guerra ap\u00f3s a dissipa\u00e7\u00e3o da fuma\u00e7a. Estima-se que o oceano levaria d\u00e9cadas para voltar ao normal e que algumas partes dele provavelmente permaneceriam no novo estado por centenas de anos ou mais.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m da expans\u00e3o do gelo marinho e do desenvolvimento do que os pesquisadores chamam de \u201cPequena Idade do Gelo Nuclear\u201d, o resfriamento alteraria as correntes oce\u00e2nicas, derrubaria os n\u00edveis de macronutrientes no mar e esgotaria os estoques de peixes em cerca de 20% na primeira d\u00e9cada ap\u00f3s a guerra.<\/p>\n\n\n\n

\u201cCom a R\u00fassia em\u00a0guerra na Ucr\u00e2nia\u00a0<\/a>e o presidente Vladimir Putin amea\u00e7ando usar armas nucleares, essas descobertas s\u00e3o um forte aviso de que o mundo simplesmente n\u00e3o pode seguir esse caminho”, alerta Alan Robock, professor de ci\u00eancia do clima no Departamento de Ci\u00eancias Ambientais da Universidade de\u00a0 Rutgers e coautor do estudo. \u201cUma guerra nuclear seria um ponto de inflex\u00e3o planet\u00e1rio significativo\u201d, conclui.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Mesmo a menor guerra nuclear devastaria os sistemas oce\u00e2nicos, alertam os pesquisadores respons\u00e1veis pelo primeiro modelo capaz de quantificar os efeitos da explos\u00e3o. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":178484,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[50,191,1469],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/178483"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=178483"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/178483\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":178485,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/178483\/revisions\/178485"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/178484"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=178483"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=178483"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=178483"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}