{"id":179152,"date":"2022-08-18T18:57:13","date_gmt":"2022-08-18T21:57:13","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=179152"},"modified":"2022-08-18T18:57:20","modified_gmt":"2022-08-18T21:57:20","slug":"cientistas-desvendam-misterio-de-criatura-sem-anus-que-pode-ser-ancestral-das-aranhas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/08\/18\/179152-cientistas-desvendam-misterio-de-criatura-sem-anus-que-pode-ser-ancestral-das-aranhas.html","title":{"rendered":"Cientistas desvendam mist\u00e9rio de criatura sem \u00e2nus que pode ser ancestral das aranhas"},"content":{"rendered":"\n
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Poderosas t\u00e9cnicas de radiografia revelaram os detalhes da criatura de um mil\u00edmetro – P DONOGHUE ET AL\/UNIVERSITY OF BRISTOL<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Um grupo de cientistas diz ter resolvido um mist\u00e9rio evolutivo que envolve uma criatura microsc\u00f3pica e espinhosa de 500 milh\u00f5es de anos que possui boca, mas n\u00e3o tem \u00e2nus.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Quando a esp\u00e9cie foi descoberta em 2017, foi relatado que o pequeno f\u00f3ssil dessa “fera marinha” poderia ser o ancestral mais antigo conhecido dos humanos.<\/p>\n\n\n\n

O animal, que recebeu o nome Saccorhytus coronarius<\/em>, foi classificado provisoriamente dentro um grupo chamado deuterost\u00f4mios.<\/p>\n\n\n\n

Eles representam os ancestrais primitivos dos animais vertebrados \u2014 incluindo os seres humanos.<\/p>\n\n\n\n

Um novo estudo, por\u00e9m, indica agora que o\u00a0Saccorhytus\u00a0<\/em>deve ser colocado em um grupo totalmente diferente dos outros animais.<\/p>\n\n\n\n

Uma equipe de pesquisadores na China e no Reino Unido realizou uma an\u00e1lise por radiografia muito detalhada da criatura e concluiu que ela pertence ao grupo dos ecdisozo\u00e1rios \u2014 que s\u00e3o os ancestrais de aranhas e insetos.<\/p>\n\n\n\n

Uma das fontes dessa confus\u00e3o evolutiva foi a falta de um \u00e2nus no animal.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisadora Emily Carlisle, que estudou o\u00a0Saccorhytus<\/em>\u00a0em detalhes, explicou ao podcast\u00a0Inside Science da BBC Radio 4\u00a0que o assunto ainda “\u00e9 um pouco confuso”.<\/p>\n\n\n\n

“A maioria dos ecdisozo\u00e1rios tem \u00e2nus, ent\u00e3o por que este n\u00e3o possui?”, questionou.<\/p>\n\n\n\n

Uma “resposta intrigante”, aponta a especialista, \u00e9 que um ancestral ainda mais antigo de todo esse grupo n\u00e3o tinha \u00e2nus, e que o Saccorhytus <\/em>evoluiu posteriormente.<\/p>\n\n\n\n

“Pode ser que ele tenha perdido [o \u00e2nus] durante a pr\u00f3pria evolu\u00e7\u00e3o \u2014 talvez ele n\u00e3o precisasse de um porque precisaria de apenas um orif\u00edcio no corpo para fazer tudo.”<\/p>\n\n\n\n

Espinhos ou br\u00e2nquias?<\/h2>\n\n\n\n

A principal raz\u00e3o para o “reposicionamento” do Saccorhytus <\/em>na \u00e1rvore da vida \u00e9 que, no exame inicial, os orif\u00edcios que cercavam sua boca foram interpretados como poros para br\u00e2nquias (ou guelras) \u2014 uma caracter\u00edstica primitiva dos deuterost\u00f4mios.<\/p>\n\n\n\n

Quando os cientistas olharam com mais detalhes \u2014 usando uma poderosa radiografia para examinar de perto a criatura de um mil\u00edmetro \u2014 eles perceberam que essas estruturas eram, na verdade, a base de alguns espinhos que se partiram.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas que estudam esses f\u00f3sseis tentam classificar cada animal em grupos \u2014 que funcionam quase como uma \u00e1rvore geneal\u00f3gica \u2014 permitindo que se construa uma imagem para entender de onde todas as esp\u00e9cies vieram e como elas evolu\u00edram ao longo do tempo.<\/p>\n\n\n\n

“O Saccorhytus <\/em>teria vivido no mar, com suas espinhas pr\u00f3ximas da boca segurando-o nos sedimentos dos oceanos”, explicou Carlisle, que trabalha na Universidade de Bristol, no Reino Unido.<\/p>\n\n\n\n

“Supomos que ele ficava ‘sentado’ em um ambiente estranho, com v\u00e1rios animais que se pareceriam com algumas criaturas vivas hoje, mas outros que seriam completamente alien\u00edgenas para n\u00f3s.”<\/p>\n\n\n\n

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Reconstru\u00e7\u00e3o art\u00edstica do Saccorhytus coronarius, com base nos achados f\u00f3sseis originais. A criatura real provavelmente n\u00e3o tinha mais do que um mil\u00edmetro de tamanho – CAMBRIDGE UNIVERSITY<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

As rochas que cont\u00eam esses f\u00f3sseis ainda est\u00e3o sendo estudadas.<\/p>\n\n\n\n

“Ainda podemos aprender muito sobre o ambiente em que eles viviam”, acrescentou Carlisle.<\/p>\n\n\n\n

“Quanto mais estudo paleontologia, mais percebo o quanto est\u00e1 faltando. Quando pensamos nessa criatura e no mundo em que ela vivia, estamos apenas na superf\u00edcie [do conhecimento].”<\/p>\n\n\n\n

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O Saccorhytus era uma criatura pontiaguda parecida a um saco com uma boca, mas sem o \u00e2nus – P DONOGHUE ET AL\/UNIVERSITY OF BRISTOL<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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