{"id":179179,"date":"2022-08-19T21:06:04","date_gmt":"2022-08-20T00:06:04","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=179179"},"modified":"2022-08-19T21:06:07","modified_gmt":"2022-08-20T00:06:07","slug":"metas-de-empresas-de-combustiveis-fosseis-nao-devem-cumprir-acordo-de-paris","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/08\/19\/179179-metas-de-empresas-de-combustiveis-fosseis-nao-devem-cumprir-acordo-de-paris.html","title":{"rendered":"Metas de empresas de combust\u00edveis f\u00f3sseis n\u00e3o devem cumprir Acordo de Paris"},"content":{"rendered":"\n
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Metas de empresas de combust\u00edveis f\u00f3sseis s\u00e3o incompat\u00edveis com Acordo de Paris (Foto: Erik Mclean\/Unsplash)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Uma investiga\u00e7\u00e3o feita por pesquisadores da\u00a0Climate Analytics,\u00a0organiza\u00e7\u00e3o da Alemanha sem fins lucrativos, com o\u00a0Imperial College London,\u00a0na Inglaterra, analisou se quatro empresas de\u00a0combust\u00edveis f\u00f3sseis\u00a0seguiam metas para cumprir as propostas do\u00a0Acordo de Paris.<\/p>\n\n\n\n

Publicados na \u00faltima ter\u00e7a-feira (16) no peri\u00f3dico\u00a0Nature Communications,\u00a0<\/em>os resultados apontam um atraso para alcan\u00e7ar os n\u00edveis que seriam desej\u00e1veis at\u00e9 2050.<\/p>\n\n\n\n

Para saberem se as metas do Acordo de Paris, firmado em 2015, poderiam ser atingidas no prazo pelas empresas, os pesquisadores criaram seis cen\u00e1rios baseados em dados institucionais publicados entre 2020 e 2021. Com disso, calcularam a\u00a0temperatura\u00a0emitida em cada uma das situa\u00e7\u00f5es hipot\u00e9ticas.<\/p>\n\n\n\n

A necessidade de criar os cen\u00e1rios vem do fato de que os dados cedidos pelas\u00a0empresas de combust\u00edveis f\u00f3sseis\u00a0para respaldar alega\u00e7\u00f5es de consist\u00eancia do Acordo de Paris nem sempre s\u00e3o claros \u2014 o que dificulta a compara\u00e7\u00e3o com outros achados da\u00a0comunidade cient\u00edfica.<\/p>\n\n\n\n

As conclus\u00f5es da pesquisa apontam um futuro com\u00a0escassez de energia\u00a0para diferentes setores econ\u00f4micos e projetam quais fontes de energia seriam necess\u00e1rias para supri-las. Entre as seis circunst\u00e2ncias criadas, quatro foram desenvolvidas somente para o\u00a0gasto energ\u00e9tico\u00a0de empresas petrol\u00edferas.<\/p>\n\n\n\n

No caso, dois cen\u00e1rios utilizaram a British Petroleum (BP), um utilizou a multinacional Royal Dutch Shell e outro a norueguesa Equinor. Al\u00e9m disso, os outros dois cen\u00e1rios foram desenvolvidos baseando-se na\u00a0Ag\u00eancia Internacional de Energia\u00a0(IEA).<\/p>\n\n\n\n

Os cen\u00e1rios servem para mapear se as\u00a0temperaturas\u00a0analisadas s\u00e3o condizentes para alcan\u00e7ar o Acordo de Paris e com qual urg\u00eancia ser\u00e1 necess\u00e1rio reduzir as\u00a0emiss\u00f5es de gases\u00a0do efeito estufa em setores diferentes para cumprir as metas.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O pr\u00f3ximo passo dos pesquisadores foi comparar os dados dos cen\u00e1rios com o Modelo de Avalia\u00e7\u00e3o Integrada do Painel Intergovernamental sobre Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas (IPCC). Os achados s\u00e3o preocupantes. \u201cA maioria dos cen\u00e1rios que avaliamos seriam classificados como inconsistentes com o Acordo de Paris, pois n\u00e3o limitam o aquecimento a bem abaixo de 2\u00baC, muito menos 1,5\u00baC, e excederia o limite de aquecimento de 1,5\u00baC por uma margem significativa\u201d, comenta o coautor Robert Brecha, em nota.<\/p>\n\n\n\n

A an\u00e1lise da Equinor mostra um pico de aquecimento m\u00e9dio de 1,73\u00baC em 2060 \u2014 mesmo valor apresentado para British Petroleum em 2058. No caso da Shell, em 2069, o pico seria de 1,81\u00baC.  A menor m\u00e9dia foi do segundo cen\u00e1rio da British Petroleum, com um aquecimento m\u00e9dio de 1,65\u00baC. Mesmo assim, \u00e9 um valor alto para os crit\u00e9rios do Acordo de Paris.<\/p>\n\n\n\n

Um dos \u00fanicos cen\u00e1rios que est\u00e3o alinhados com os crit\u00e9rios de consist\u00eancia do\u00a0Acordo de Paris, para os pesquisadores, \u00e9 o da IEA em 2050. Entretanto, ele ir\u00e1 aumentar para 1,78\u00baC ap\u00f3s seis anos, em 2056. \u201cMesmo exceder temporariamente o aquecimento de 1,5\u00b0C levaria a impactos catastr\u00f3ficos e enfraqueceria severamente nossa capacidade de adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s\u00a0mudan\u00e7as clim\u00e1ticas\u201d, comenta Bill Hare, CEO e cientista s\u00eanior da Climate Analytics.<\/p>\n\n\n\n

Outro t\u00f3pico avaliado foi o uso de\u00a0carv\u00e3o\u00a0e g\u00e1s, que tamb\u00e9m est\u00e3o descritos no Acordo de Paris. Para compensar as emiss\u00f5es de carv\u00e3o, em muitos casos o\u00a0reflorestamento\u00a0\u00e9 escolhido. Contudo, as an\u00e1lises mostram que a medida \u00e9 insuficiente.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEmbora proteger as florestas existentes e reflorestar mais regi\u00f5es seja bom, em um mundo de terras limitadas e condi\u00e7\u00f5es de crescimento cada vez mais desafiadoras, n\u00e3o \u00e9 sensato confiar demais nas florestas para nos salvar do uso cont\u00ednuo de combust\u00edveis f\u00f3sseis\u201d, comenta Robin Lambol, que tamb\u00e9m assina o estudo.<\/p>\n\n\n\n

A partir de todas essas informa\u00e7\u00f5es, a pesquisa consegue fornecer aos\u00a0formuladores de pol\u00edticas\u00a0ferramentas para avaliar criticamente cen\u00e1rios publicados por v\u00e1rias institui\u00e7\u00f5es p\u00fablicas, comerciais e acad\u00eamicas, descrevendo como as metas dever\u00e3o ser cumpridas.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Publicados na \u00faltima ter\u00e7a-feira (16) no peri\u00f3dico\u00a0Nature Communications,\u00a0os resultados apontam um atraso para alcan\u00e7ar os n\u00edveis que seriam desej\u00e1veis at\u00e9 2050. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":179180,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[817,287,46],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/179179"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=179179"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/179179\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":179181,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/179179\/revisions\/179181"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/179180"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=179179"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=179179"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=179179"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}