{"id":179437,"date":"2022-09-06T22:43:52","date_gmt":"2022-09-07T01:43:52","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=179437"},"modified":"2022-09-06T22:43:58","modified_gmt":"2022-09-07T01:43:58","slug":"paquistao-luta-para-evitar-que-lago-gigante-transborde","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/09\/06\/179437-paquistao-luta-para-evitar-que-lago-gigante-transborde.html","title":{"rendered":"Paquist\u00e3o luta para evitar que lago gigante transborde"},"content":{"rendered":"\n
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O maior lago do Paquist\u00e3o, o Manchar, est\u00e1 prestes a romper suas margens e inundar as \u00e1reas ao redor – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Autoridades paquistanesas est\u00e3o lutando para impedir que as margens do maior lago do pa\u00eds se rompam depois que as \u00faltimas tentativas de baixar os n\u00edveis de \u00e1gua falharam.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O lago Manchar, na prov\u00edncia de Sindh, est\u00e1 perigosamente cheio ap\u00f3s as chuvas recordes da temporada de mon\u00e7\u00f5es inundarem um ter\u00e7o do territ\u00f3rio do Paquist\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Tr\u00eas flancos abertos nas margens do lago – para proteger \u00e1reas a jusante – causaram o deslocamento de mais de 100 mil pessoas.<\/p>\n\n\n\n

Mas o lago ainda pode transbordar e as equipes de resgate est\u00e3o correndo para retirar mais pessoas que permanecem em risco de afogamento.<\/p>\n\n\n\n

As inunda\u00e7\u00f5es afetaram cerca de 33 milh\u00f5es de pessoas e mataram pelo menos 1.314, incluindo 458 crian\u00e7as, segundo a Ag\u00eancia Nacional de Gerenciamento de Desastres do Paquist\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

As estimativas apontam que as inunda\u00e7\u00f5es causaram pelo menos US$ 10 bilh\u00f5es (R$ 52,3 bilh\u00f5es) em danos.<\/p>\n\n\n\n

A prov\u00edncia de Sindh produz metade dos alimentos do pa\u00eds, exacerbando os temores de que muitos enfrentar\u00e3o uma s\u00e9ria escassez de alimentos em um pa\u00eds que j\u00e1 atravessa uma grave crise econ\u00f4mica.<\/p>\n\n\n\n

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A Marinha do Paquist\u00e3o tem ajudado a resgatar alguns moradores que est\u00e3o presos – mas muitos outros continuam em risco de afogamento – EPA<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

No domingo, as autoridades fizeram uma interven\u00e7\u00e3o no lago Manchar que causou a inunda\u00e7\u00e3o de duas cidades rurais. A inten\u00e7\u00e3o do poder p\u00fablico \u00e9 impedir que ele rompa ainda mais suas margens e inunde regi\u00f5es mais densamente povoadas.<\/p>\n\n\n\n

O movimento afetou cerca de 400 aldeias – um total de 135 mil pessoas. A decis\u00e3o de inundar deliberadamente algumas \u00e1reas \u00e9 controversa. O lago se estende por dois distritos, Dadu e Jamshoro, e ambos abrigam centenas de milhares de pessoas e cerca de 80% da regi\u00e3o est\u00e1 submersa.<\/p>\n\n\n\n

Os moradores afetados pelo rompimento controlado foram avisados \u200b\u200bpara deixar a regi\u00e3o. Mas fontes locais dizem que nem todos foram retirados a tempo – alguns n\u00e3o quiseram deixar suas casas ou abandonar o gado.<\/p>\n\n\n\n

Os militares foram chamados para ajudar na remo\u00e7\u00e3o, mas s\u00e3o principalmente os moradores locais que est\u00e3o se ajudando e convencendo uns aos outros a sair.<\/p>\n\n\n\n

Alguns que deixaram suas casas nos \u00faltimos dias antes do rompimento do Manchar foram levados para uma instala\u00e7\u00e3o administrada pelo governo nas proximidades. O local est\u00e1 sendo usado como abrigo, mas as condi\u00e7\u00f5es deixam muito a desejar.<\/p>\n\n\n\n

Muitas pessoas desabrigadas est\u00e3o vivendo \u00e0 beira da estrada, sem comida ou \u00e1gua pot\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

“N\u00e3o temos nada aqui. Tentamos encontrar comida para nossos filhos o dia todo, algumas noites dormimos sem comida”, disse uma mulher \u00e0 BBC.<\/p>\n\n\n\n

“Estamos com medo de que o telhado desabe sobre n\u00f3s – est\u00e1 danificado”, disse outro alde\u00e3o. “Nossos filhos est\u00e3o ficando doentes e dormimos no ch\u00e3o – n\u00e3o h\u00e1 camas para muitos de n\u00f3s.”<\/p>\n\n\n\n

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Fam\u00edlias isoladas por conta dos alagamentos est\u00e3o buscando abrigo nas regi\u00f5es mais altas – EPA<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Autoridades disseram que pouco mais de 250 mil pessoas est\u00e3o em abrigos, uma fra\u00e7\u00e3o dos 33 milh\u00f5es de paquistaneses afetados. Os esfor\u00e7os de socorro n\u00e3o conseguem acompanhar a demanda – h\u00e1 simplesmente muita necessidade e poucos recursos.<\/p>\n\n\n\n

A infraestrutura danificada tamb\u00e9m est\u00e1 dificultando as opera\u00e7\u00f5es de ajuda e resgate. Algumas estradas de conex\u00e3o na prov\u00edncia de Sindh desabaram, est\u00e3o inundadas ou ficam bloqueadas por dias com filas de tr\u00e1fego intenso.<\/p>\n\n\n\n

O Paquist\u00e3o est\u00e1 enfrentando um de seus piores desastres naturais em anos, j\u00e1 que chuvas torrenciais recordes e derretimento de geleiras nas montanhas do norte do pa\u00eds causaram enchentes devastadoras e submergiram quase um ter\u00e7o de seu territ\u00f3rio.<\/p>\n\n\n\n

Enquanto isso, o fundo da ONU que cuida da inf\u00e2ncia, o Unicef, disse que mais crian\u00e7as correm o risco de morrer no Paquist\u00e3o devido \u00e0 escassez de \u00e1gua pot\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

O desastre tamb\u00e9m destacou a grande disparidade entre os pa\u00edses que s\u00e3o os maiores contribuintes para as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas e os pa\u00edses que sofrem o peso de seu impacto.<\/p>\n\n\n\n

O Paquist\u00e3o produz menos de 1% das emiss\u00f5es globais de gases de efeito estufa, mas sua geografia o torna extremamente vulner\u00e1vel \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n\n\n\n

Texto com colabora\u00e7\u00e3o de Zubaidah AbdulJalil<\/em><\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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