{"id":179448,"date":"2022-09-06T22:57:13","date_gmt":"2022-09-07T01:57:13","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=179448"},"modified":"2022-09-06T22:57:15","modified_gmt":"2022-09-07T01:57:15","slug":"geleira-do-apocalipse-pode-colapsar-em-breve","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/09\/06\/179448-geleira-do-apocalipse-pode-colapsar-em-breve.html","title":{"rendered":"\u201cGeleira do Apocalipse\u201d pode colapsar em breve"},"content":{"rendered":"\n
\"\"<\/a><\/figure>\n\n\n\n

O Glaciar Thwaites \u2013 tamb\u00e9m conhecido como \u201cGeleira do\u00a0Apocalipse\u201d devido ao seu alto risco de\u00a0colapso\u00a0\u2013 est\u00e1 \u201caguentando por um fio\u201d, segundo novo estudo publicado na revista\u00a0Nature GeoSciences.<\/em><\/p>\n\n\n\n

A pesquisa vem na esteira do primeiro mapeamento em alta resolu\u00e7\u00e3o do solo marinho em frente ao Glaciar Thwaites, uma por\u00e7\u00e3o de gelo do tamanho da Fl\u00f3rida no limiar ocidental da Ant\u00e1rtida. O objetivo principal \u00e9 entender os movimentos da geleira no per\u00edodo que antecedeu seu registro por sat\u00e9lites.<\/p>\n\n\n\n

Os geof\u00edsicos respons\u00e1veis pelo estudo descobriram que a base do glaciar se desalojou do leito marinho e, em algum momento nos \u00faltimos 200 anos, retrocedeu a uma taxa de 2,1 km por ano em um per\u00edodo de seis meses. Isso representa o dobro da taxa de recuo registrada por\u00a0sat\u00e9lites\u00a0na \u00faltima d\u00e9cada.<\/p>\n\n\n\n

Essa descoberta p\u00f5e em cheque a antiga cren\u00e7a de que as geleiras da Ant\u00e1rtida reagem lentamente \u00e0s mudan\u00e7as ao seu redor. Assim, levando em conta a amea\u00e7a iminente de mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, tudo indica que o Glaciar Thwaites pode ser muito mais suscet\u00edvel a recuos repentino se comparado ao que se acreditava anteriormente.<\/p>\n\n\n\n

\u201cOs resultados sugerem que eventos de recuo r\u00e1pido ocorreram na geleira nos \u00faltimos dois s\u00e9culos, possivelmente, at\u00e9 a metade do s\u00e9culo XX\u201d, afirma Alastair Graham, principal autor do estudo realizado pela Universidade do Sul da Fl\u00f3rida. \u201cBasta um pequeno \u2018esbarr\u00e3o\u2019 no glaciar para causar uma grande rea\u00e7\u00e3o.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Geleira perigosa<\/h2>\n\n\n\n

A alcunha assustadora de \u201cGeleira do Apocalipse\u201d vem do fato de o glaciar reter uma quantidade de gelo tamanha que, se derretida em sua totalidade, faria o n\u00edvel global do mar aumentar em at\u00e9 1 metro. Logo, o seu colapso em decorr\u00eancia de um recuo r\u00e1pido poderia afetar drasticamente os litorais de todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

Nos \u00faltimos anos, diversos estudos foram publicados nos quais fica clara a situa\u00e7\u00e3o preocupante desta geleira. Um artigo de 2020 defende que o Glaciar Thwaites parece estar se tornando cada vez mais inst\u00e1vel a medida que recua. J\u00e1 uma estimativa publicada no ano passado prev\u00ea que grande parte deste corpo de gelo entrar\u00e1 em colapso nos pr\u00f3ximos cinco anos.<\/p>\n\n\n\n

\u201cO glaciar est\u00e1 realmente \u2018aguentando por um fio\u2019, e devemos nos preparar para grandes mudan\u00e7as em curtos per\u00edodos de tempo \u2013 at\u00e9 mesmo de um ano para o outro\u201d, explica Robert Larter, geof\u00edsico marinho do\u00a0British Antarctic Survey<\/em>.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Olhar Digital<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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