{"id":179822,"date":"2022-09-27T17:05:13","date_gmt":"2022-09-27T20:05:13","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=179822"},"modified":"2022-09-27T17:05:23","modified_gmt":"2022-09-27T20:05:23","slug":"sonda-da-nasa-colide-com-asteroide-em-teste-bem-sucedido","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/09\/27\/179822-sonda-da-nasa-colide-com-asteroide-em-teste-bem-sucedido.html","title":{"rendered":"Sonda da Nasa colide com asteroide em teste bem-sucedido"},"content":{"rendered":"\n
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Ap\u00f3s viagem de dez meses, nave se choca com corpo celeste para tentar desvi\u00e1-lo de rota. Teste simula como a Terra poderia ser defendida contra impactos. Astr\u00f4nomos ainda v\u00e3o avaliar se curso foi mesmo modificado.<\/p>\n\n\n\n

Uma espa\u00e7onave da Nasa colidiu com sucesso com um asteroide em velocidade hipers\u00f4nica nesta segunda-feira (26\/09), no primeiro teste do mundo de um sistema que os cientistas chamam de defesa planet\u00e1ria, projetado para evitar uma potencial colis\u00e3o de meteoritos com a Terra.<\/p>\n\n\n\n

O teste foi transmitido ao vivo pela ag\u00eancia espacial americana, ap\u00f3s uma jornada\u00a0espacial de dez meses\u00a0com o fim de desviar de forma aut\u00f4noma um asteroide n\u00e3o perigoso.<\/p>\n\n\n\n

A transmiss\u00e3o mostrou imagens feitas por uma c\u00e2mera a bordo da sonda da miss\u00e3o Dart (sigla em ingl\u00eas para Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo) \u00e0 medida que a espa\u00e7onave \u2013 n\u00e3o maior que uma m\u00e1quina de venda autom\u00e1tica com dois pain\u00e9is solares retangulares \u2013 se aproximava de Dimorfo, um asteroide de cerca de 160 metros de di\u00e2metro que orbita D\u00eddimo, outro asteroide maior, de cerca de 780 metros de di\u00e2metro.<\/p>\n\n\n\n

O impacto foi monitorado quase em tempo real a partir do centro de opera\u00e7\u00f5es da miss\u00e3o no Laborat\u00f3rio de F\u00edsica Aplicada da Universidade Johns Hopkins em Laurel, Maryland, Estados Unidos.<\/p>\n\n\n\n

Aplausos irromperam da sala de controle quando o sinal foi finalmente perdido, confirmando que a espa\u00e7onave colidiu com Dimorfo. O impacto ocorreu \u00e0s 20h14 (hor\u00e1rio de Bras\u00edlia), a cerca de 11 milh\u00f5es de quil\u00f4metros da Terra.<\/p>\n\n\n\n

 A miss\u00e3o de 330 milh\u00f5es de d\u00f3lares, em desenvolvimento por cerca de sete anos, foi concebida para determinar se uma nave espacial \u00e9 capaz de alterar a trajet\u00f3ria de um asteroide atrav\u00e9s de for\u00e7a cin\u00e9tica pura, empurrando-o para fora do curso apenas o suficiente para tirar a Terra de sua rota.<\/p>\n\n\n\n

Se o experimento foi bem-sucedido para al\u00e9m da colis\u00e3o, s\u00f3 se saber\u00e1 ap\u00f3s mais observa\u00e7\u00f5es do asteroide por meio de telesc\u00f3pios terrestres no pr\u00f3ximo m\u00eas. Mas funcion\u00e1rios da Nasa comemoraram o resultado do teste na segunda-feira, afirmando que a sonda atingiu seu objetivo.<\/p>\n\n\n\n

“A Nasa trabalha para o benef\u00edcio da humanidade, ent\u00e3o para n\u00f3s \u00e9 o cumprimento final de nossa miss\u00e3o fazer algo assim \u2013 uma demonstra\u00e7\u00e3o de tecnologia que, quem sabe, algum dia poder\u00e1 salvar nosso lar”, afirmou a vice-administradora da Nasa, Pam Melroy, uma astronauta aposentada.<\/p>\n\n\n\n

A sonda, lan\u00e7ada por um foguete da SpaceX em novembro de 2021, fez a maior parte de sua viagem sob a orienta\u00e7\u00e3o dos diretores de voo da Nasa, com o controle entregue a um sistema aut\u00f4nomo de navega\u00e7\u00e3o a bordo nas horas finais da viagem.<\/p>\n\n\n\n

Objetos pr\u00f3ximos da Terra<\/h2>\n\n\n\n

Nem Dimorfo nem o asteroide maior que ele orbita apresentam qualquer amea\u00e7a real \u00e0 Terra, e os cientistas da Nasa disseram que o teste n\u00e3o poderia criar um novo perigo por engano.<\/p>\n\n\n\n

Mas eles pertencem a uma classe de corpos celestes conhecida como Objetos Pr\u00f3ximos da Terra (NEO, na sigla em ingl\u00eas), que transitam num raio de 48 milh\u00f5es de quil\u00f4metros da Terra.<\/p>\n\n\n\n

Existem cerca de 10 mil asteroides considerados pr\u00f3ximos \u00e0 Terra com ao menos 140 metros de tamanho, mas nenhum tem chance significativa de atingir o planeta nos pr\u00f3ximos 100 anos. Mas cientistas advertem que deve haver mais de 15 mil desses objetos a serem descobertos.<\/p>\n\n\n\n

Estima-se que asteroides com ao menos 140 metros de tamanho atinjam a Terra uma vez a cada 20 mil anos. J\u00e1 impactos de asteroides com dez quil\u00f4metros ou mais de di\u00e2metro \u2013 como o que colidiu h\u00e1 66 milh\u00f5es de anos e levou \u00e0 extin\u00e7\u00e3o da maior parte da vida na Terra, incluindo os dinossauros \u2013 ocorrem a cada 100 a 200 milh\u00f5es de anos.<\/p>\n\n\n\n

A Ag\u00eancia Espacial Europeia (ESA) est\u00e1 preparando sua pr\u00f3pria miss\u00e3o para estudar o asteroide de perto. Para isso, usar\u00e1 a espa\u00e7onave HERA, com lan\u00e7amento programado para 2024. Enquanto isso, a China tamb\u00e9m est\u00e1 planejando uma miss\u00e3o de defesa planet\u00e1ria para 2026.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"