{"id":179910,"date":"2022-10-03T18:54:16","date_gmt":"2022-10-03T21:54:16","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=179910"},"modified":"2022-10-03T18:54:19","modified_gmt":"2022-10-03T21:54:19","slug":"o-que-acontece-quando-o-sol-esta-adormecido","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/10\/03\/179910-o-que-acontece-quando-o-sol-esta-adormecido.html","title":{"rendered":"O que acontece quando o Sol est\u00e1 \u201cadormecido\u201d?"},"content":{"rendered":"\n
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Nos \u00faltimos tempos, o Sol tem sido extremamente ativo, especialmente\u00a0este ano, \u00e0 medida que atinge o pico do chamado ciclo solar. Apenas na \u00faltima semana, foram detectadas tr\u00eas\u00a0erup\u00e7\u00f5es solares, 18 eje\u00e7\u00f5es de massa coronal e uma tempestade geomagn\u00e9tica.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

No entanto, nem sempre \u00e9 esse tumulto todo. H\u00e1 momentos em que as manchas solares na superf\u00edcie desaparecem completamente, e nossa estrela parece estar \u201cadormecida\u201d.<\/p>\n\n\n\n

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H\u00e1 fases em que h\u00e1 pouca ou quase nenhuma mancha solar na superf\u00edcie do Sol. Imagem: Victor Torres \u2013 Shutterstock<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Pesquisadores do Centro de Excel\u00eancia em Ci\u00eancias Espaciais da \u00cdndia, no Instituto Indiano de Educa\u00e7\u00e3o e Pesquisa Cient\u00edfica (IISER), descobriram o que acontece quando a atividade solar \u00e9 totalmente ausente e como o astro recupera sua energia para explodir em vida e arrebentar erup\u00e7\u00f5es que podem ser perigosas a todo o\u00a0Sistema Solar.<\/p>\n\n\n\n

Um artigo cient\u00edfico publicado na revista\u00a0Monthly Notices of the Royal Astronomical Society\u00a0<\/em>descreve as descobertas feitas pelos cientistas. O estudo diz que, mesmo quando o Sol est\u00e1 dormindo profundamente, h\u00e1 agita\u00e7\u00f5es nas regi\u00f5es polares e em seu interior. Isso quer dizer que o mecanismo din\u00e2mico interno do Sol que sustenta o ciclo solar ainda trabalha duro durante esses per\u00edodos tranquilos.<\/p>\n\n\n\n

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Simula\u00e7\u00f5es computadorizadas do ciclo magn\u00e9tico do Sol mostram que a din\u00e2mica permanece operacional dentro do Sol mesmo durante per\u00edodos de extrema inatividade conhecidos como grandes m\u00ednimos solares. Imagem: IISER<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

J\u00e1 houve epis\u00f3dios no passado em que a atividade no Sol esteve em um n\u00edvel t\u00e3o baixo que n\u00e3o havia uma s\u00f3 mancha solar. Tais per\u00edodos representam o chamado \u201cgrande m\u00ednimo\u201d, fases caracterizadas por redu\u00e7\u00f5es significativas na\u00a0radia\u00e7\u00e3o\u00a0solar e na produ\u00e7\u00e3o de part\u00edculas.<\/p>\n\n\n\n

Os astr\u00f4nomos descobriram que durante os anos de 1645 e 1715 houve diminui\u00e7\u00e3o do n\u00famero e at\u00e9 aus\u00eancia de manchas solares observadas na superf\u00edcie da estrela. Este n\u00e3o teria sido um fato isolado. Epis\u00f3dios semelhantes foram registrados ao longo dos 4,6 bilh\u00f5es de anos da vida do Sol, segundo a pesquisa.<\/p>\n\n\n\n

Acredita-se que o ciclo magn\u00e9tico em larga escala do astro se desliga durante essas fases, mas o novo estudo aponta para o fato de que isso n\u00e3o significa o desligamento completo da atividade.<\/p>\n\n\n\n

Chitradeep Saha, doutorando no IISER, juntamente com Sanghita Chandra e o professor Dibyendu Nandy, ambos cientistas da mesma institui\u00e7\u00e3o, revelam que os campos magn\u00e9ticos no interior do Sol permanecem bastante ocupados durante esses per\u00edodos aparentemente adormecidos. Segundo os autores, a atividade magn\u00e9tica persiste na forma de ciclos fracos na zona de convec\u00e7\u00e3o que \u00e9 incapaz de produzir manchas solares.<\/p>\n\n\n\n

A equipe tamb\u00e9m demonstrou o movimento incessante de capotamento do plasma na zona de convec\u00e7\u00e3o solar que age como um rel\u00f3gio, conduzindo ciclos magn\u00e9ticos fracos dentro do Sol durante o que se acreditava ser um momento de total inatividade.<\/p>\n\n\n\n

\u201cNossas simula\u00e7\u00f5es de computador de 10 mil anos lan\u00e7am luz sobre a din\u00e2mica que se passa no interior solar (zona de convec\u00e7\u00e3o) e nas regi\u00f5es polares, mesmo quando h\u00e1 um n\u00famero criticamente baixo de erup\u00e7\u00f5es de manchas solares na superf\u00edcie por um per\u00edodo prolongado conhecido como grande m\u00ednimo solar\u201d, disse Saha, principal autor do artigo, ao site India Today<\/em>. \u201cO movimento de plasma incessante e flutua\u00e7\u00f5es turbulentas na zona de convec\u00e7\u00e3o eventualmente ajudam a estrela a recuperar sua atividade magn\u00e9tica regular novamente\u201d.<\/p>\n\n\n\n

O estudo de Saha e sua equipe pode ajudar futuras miss\u00f5es planejadas para estudar o Sol, com foco no interior e nas regi\u00f5es polares. No momento, duas grandes miss\u00f5es (a Sonda Solar Parker, da NASA, e a Solar Orbiter, da Ag\u00eancia Espacial Europeia \u2013 ESA) est\u00e3o se aproximando periodicamente da estrela para estudar seus processos e entender melhor o clima espacial.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Olhar Digital<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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