{"id":180042,"date":"2022-10-07T18:25:49","date_gmt":"2022-10-07T21:25:49","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=180042"},"modified":"2022-10-07T18:25:51","modified_gmt":"2022-10-07T21:25:51","slug":"especialistas-alertam-para-secas-mais-frequentes-na-europa","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/10\/07\/180042-especialistas-alertam-para-secas-mais-frequentes-na-europa.html","title":{"rendered":"Especialistas alertam para secas mais frequentes na Europa"},"content":{"rendered":"\n
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Pesquisa do World Weather Attribution estima que grandes secas como a desse ver\u00e3o no hemisf\u00e9rio norte podem ocorrer a cada 20 anos. Sem o aquecimento global, elas seriam esperadas a cada 60 a 80 anos.<\/p>\n\n\n\n

Grandes secas como a que atingiu a Europa neste\u00a0ver\u00e3o no hemisf\u00e9rio norte\u00a0podem se tornar cada vez mais frequentes, segundo alertas de pesquisadores da iniciativa\u00a0World Weather Attribution<\/em>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Situa\u00e7\u00f5es extremas compar\u00e1veis \u200b\u200bpodem ser esperadas a cada 20 anos como resultado das\u00a0mudan\u00e7as clim\u00e1ticas\u00a0– mesmo que a Terra n\u00e3o continue aquecendo.<\/p>\n\n\n\n

Para o estudo, os especialistas compararam, entre outras coisas, dados clim\u00e1ticos da era pr\u00e9-industrial com os de hoje. Na Europa Ocidental e Central, as secas tornaram-se pelo menos tr\u00eas a quatro vezes mais prov\u00e1veis \u200b\u200bap\u00f3s cerca de 1,2 \u00b0C de aquecimento global causado pelo homem. Sem um aumento da temperatura, uma seca como a deste ano na Europa s\u00f3 seria esperada a cada 60 a 80 anos.<\/p>\n\n\n\n

Estimativa conservadora<\/h2>\n\n\n\n

Os pesquisadores observaram particularmente o solo em junho, julho e agosto deste ano, sobretudo o primeiro metro abaixo da superf\u00edcie, que \u00e9 importante para o abastecimento de\u00a0\u00e1gua das plantas.\u00a0Se ele secar, \u200b\u200bos especialistas falam de uma seca agr\u00edcola e ecol\u00f3gica.<\/p>\n\n\n\n

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Campo de girass\u00f3is em Bram, na Fran\u00e7a, destru\u00eddo pelo calor<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

No entanto, os cientistas apontam que, apesar dos enormes avan\u00e7os nas pesquisas, \u00e9 dif\u00edcil medir exatamente qual a contribui\u00e7\u00e3o do aquecimento global para um \u00fanico evento de seca. Isso tamb\u00e9m se deve ao fato de que a secura do solo \u00e9 mais dif\u00edcil de medir e calcular do que temperaturas e precipita\u00e7\u00e3o, por exemplo. Portanto, os resultados do estudo s\u00e3o extremamente conservadores. Segundo os pesquisadores, a influ\u00eancia real das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas provocadas pelo homem pode ser ainda maior.<\/p>\n\n\n\n

“Temos que parar de queimar combust\u00edveis f\u00f3sseis se quisermos estabilizar o clima e evitar o agravamento desses eventos de seca”, afirma Sonia Seneviratne, pesquisadora do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique e uma das autoras do estudo. <\/p>\n\n\n\n

A cada aumento do aquecimento global, as secas se tornariam mais frequentes e mais intensas.<\/p>\n\n\n\n

O presidente da Academia Nacional de Ci\u00eancias Leopoldina (Alemanha), Gerald Haug, pediu que energias renov\u00e1veis seja adotadas de forma mais r\u00e1pida, assim como a elimina\u00e7\u00e3o do carv\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

“Temos que investir massivamente em energias renov\u00e1veis. Isso est\u00e1 muito lento”, disse o pesquisador. <\/p>\n\n\n\n

Tendo em vista a guerra na Ucr\u00e2nia, Haug explica que, apesar da demanda atual, o carv\u00e3o teria que ser evitado no m\u00e9dio prazo.\u00a0“Para nossos objetivos clim\u00e1ticos, \u00e9 importante realmente eliminar o carv\u00e3o at\u00e9 2030. Para isso, precisamos de muito mais energias renov\u00e1veis, mas tamb\u00e9m mais usinas de g\u00e1s e hidrog\u00eanio”.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"