{"id":180208,"date":"2022-10-19T18:47:13","date_gmt":"2022-10-19T21:47:13","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=180208"},"modified":"2022-10-19T18:47:16","modified_gmt":"2022-10-19T21:47:16","slug":"existem-peles-mais-propensas-a-atrair-mosquitos-diz-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/10\/19\/180208-existem-peles-mais-propensas-a-atrair-mosquitos-diz-estudo.html","title":{"rendered":"Existem peles mais propensas a atrair mosquitos, diz estudo"},"content":{"rendered":"\n
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“\u00cdm\u00e3s de mosquitos”: pesquisadores concluem que insetos s\u00e3o atra\u00eddos por peles que produzem altos n\u00edveis de determinadas subst\u00e2ncias ligadas diretamente ao cheiro. E eles se mant\u00eam fi\u00e9is \u00e0s v\u00edtimas ao longo do tempo.<\/p>\n\n\n\n

Um estudo publicado nesta ter\u00e7a-feira (18\/10) na revista cient\u00edfica\u00a0Cell<\/em>\u00a0aponta que existem pessoas mais propensas a serem\u00a0picadas por\u00a0mosquitos\u00a0do que outras. Isso porque a atra\u00e7\u00e3o do inseto \u00e9 impulsionada pelo cheiro. E uma m\u00e1 not\u00edcia: eles se mant\u00eam fi\u00e9is \u00e0s\u00a0v\u00edtimas ao longo do tempo.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas descobriram que os indiv\u00edduos mais atraentes para os mosquitos produzem, em sua pele, muito de determinadas subst\u00e2ncias qu\u00edmicas ligadas diretamente ao odor.<\/p>\n\n\n\n

“Se voc\u00ea tiver altos n\u00edveis dessas subst\u00e2ncias na pele, voc\u00ea ser\u00e1 o que receber\u00e1 todas as picadas durante o piquenique”, afirma Leslie Vosshall, neurobi\u00f3loga da Universidade Rockefeller, em Nova York, e uma das autoras do estudo.<\/p>\n\n\n\n

Segundo a cientista, h\u00e1 muito folclore em torno de quem \u00e9 mais alvo de mosquitos, mas muitos dos argumentos n\u00e3o s\u00e3o apoiados por evid\u00eancias contundentes.<\/p>\n\n\n\n

Para testar o “magnetismo” desses animais, os pesquisadores desenvolveram um experimento baseado em diferentes cheiros de seres humanos, explica Maria Elena de Obaldia, tamb\u00e9m autora do estudo.<\/p>\n\n\n\n

Nesse experimento, 64 volunt\u00e1rios puseram meias de nylon ao redor do antebra\u00e7o para captar o odor da pele. Em seguida, as meias foram colocadas em diferentes compartimentos ao fim de um longo tubo. E, ent\u00e3o, dezenas de mosquitos foram soltos.<\/p>\n\n\n\n

“Imediatamente, tornou-se muito \u00f3bvio. Eles se aglomeraram, basicamente, nos objetos mais atraentes”, afirmou De Obaldia.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas promoveram uma esp\u00e9cie de competi\u00e7\u00e3o entre todos os t\u00faneis e meias, e observaram uma diferen\u00e7a impressionante no placar: os objetos que reuniram mais mosquitos foram cerca de cem vezes mais atrativos em rela\u00e7\u00e3o aos \u00faltimos colocados.<\/p>\n\n\n\n

A experi\u00eancia utilizou o mosquito\u00a0Aedes aegypti<\/em>, que espalha doen\u00e7as como febre amarela,\u00a0zika e dengue. Vosshall diz que resultados semelhantes devem ser obtidos com outras esp\u00e9cies, mas que mais pesquisas s\u00e3o necess\u00e1rias para confirmar tal suposi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Influ\u00eancia de \u00e1cidos<\/h2>\n\n\n\n

Ao realizar o teste com as mesmas pessoas durante v\u00e1rios anos, o estudo revelou que os resultados permaneceram os mesmos, observa Matt DeGennaro, neurogeneticista da Universidade Internacional da Fl\u00f3rida.<\/p>\n\n\n\n

“\u00cdm\u00e3s de mosquitos parecem ter continuado \u00edmas de mosquitos”, disse o cientista, que n\u00e3o esteve envolvido com a pesquisa.<\/p>\n\n\n\n

Nos volunt\u00e1rios que se mostraram os favoritos dos insetos, os pesquisadores encontraram um fator comum: altos n\u00edveis de determinados \u00e1cidos na pele.<\/p>\n\n\n\n

Essas “mol\u00e9culas oleosas” fazem parte da camada hidratante natural da pele, e os seres humanos as produzem em diferentes quantidades, explica a autora Vosshall. Bact\u00e9rias saud\u00e1veis que vivem na pele consomem esses \u00e1cidos e produzem parte do perfil odor\u00edfero do tecido.<\/p>\n\n\n\n

N\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel se livrar desses \u00e1cidos sem prejudicar a sa\u00fade cut\u00e2nea, afirma Vosshall, que \u00e9 cientista-chefe do Instituto M\u00e9dico Howard Hughes.<\/p>\n\n\n\n

Contudo, a pesquisa pode ajudar a encontrar novos m\u00e9todos para repelir mosquitos, observa o neurobi\u00f3logo da Universidade de Washington Jeff Riffell, que n\u00e3o fez parte do estudo. Segundo ele, \u00e9 poss\u00edvel que haja maneiras de alterar as bact\u00e9rias da pele e, assim, mudar odores humanos.<\/p>\n\n\n\n

“Mosquitos s\u00e3o resilientes”<\/h2>\n\n\n\n

Mas Riffell tamb\u00e9m pondera que descobrir maneiras de combater mosquitos n\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil, uma vez que as criaturas evolu\u00edram para se tornar “pequenas e esguias m\u00e1quinas de picar”.<\/p>\n\n\n\n

O estudo provou esse ponto: os pesquisadores fizeram o experimento tamb\u00e9m com mosquitos cujos genes foram modificados para danificar o olfato. Mesmo assim, os insetos se aglomeraram nos mesmos lugares.<\/p>\n\n\n\n

“Os mosquitos s\u00e3o resilientes. Eles t\u00eam muitos planos alternativos para nos encontrar e nos picar”, conclui\u00a0Vosshall.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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