{"id":180235,"date":"2022-10-20T18:20:09","date_gmt":"2022-10-20T21:20:09","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=180235"},"modified":"2022-10-20T18:20:14","modified_gmt":"2022-10-20T21:20:14","slug":"amasia-como-quando-e-onde-se-formara-o-futuro-supercontinente","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/10\/20\/180235-amasia-como-quando-e-onde-se-formara-o-futuro-supercontinente.html","title":{"rendered":"Am\u00e1sia: como, quando e onde se formar\u00e1 o futuro supercontinente"},"content":{"rendered":"\n
\"\"<\/a>
O mundo que vemos hoje \u00e9 o resultado da desintegra\u00e7\u00e3o do \u00faltimo supercontinente a ter existido no planeta – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A paisagem do planeta Terra como conhecemos hoje, com grandes oceanos e v\u00e1rios continentes, est\u00e1 na verdade em constante mudan\u00e7a \u2014 mesmo que seja impercept\u00edvel a “olho nu”.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Mas, por meio de modelos desenvolvidos em um supercomputador, cientistas da Austr\u00e1lia e da China previram recentemente como poder\u00e1 ser a Terra daqui a 200 a 300 milh\u00f5es de anos: o Oceano Pac\u00edfico desaparecer\u00e1 e surgir\u00e1 um novo supercontinente chamado Am\u00e1sia, ao redor do que hoje \u00e9 o Polo Norte.<\/p>\n\n\n\n

O cen\u00e1rio projetado por cientistas da Universidade Curtin, da Austr\u00e1lia, e da Universidade de Pequim, na China, prev\u00ea que as Am\u00e9ricas se deslocar\u00e3o para o oeste; a \u00c1sia para o leste; a Ant\u00e1rtida em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 Am\u00e9rica do Sul; e a \u00c1frica se ligar\u00e1 \u00e0 \u00c1sia de um lado e \u00e0 Europa do outro, formando a Am\u00e1sia.<\/p>\n\n\n\n

A proje\u00e7\u00e3o foi publicada em um\u00a0artigo\u00a0na revista cient\u00edfica National Science Review no final de setembro.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/a>
De acordo com a proje\u00e7\u00e3o dos pesquisadores, o Oceano Pac\u00edfico desaparecer\u00e1 durante a forma\u00e7\u00e3o do supercontinente<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Supercontinente<\/h2>\n\n\n\n

“Nossos resultados mostram que, com o resfriamento do manto da Terra, a for\u00e7a geral dos oceanos se torna mais fraca, e o Oceano Pac\u00edfico encolher\u00e1 o suficiente para se tornar um oceano menor do que os oceanos Atl\u00e2ntico e \u00cdndico”, diz o principal autor do estudo, Chuan Huang, do grupo de pesquisa em Din\u00e2micas da Terra da Universidade Curtin.<\/p>\n\n\n\n

O nome “Am\u00e1sia” deriva da cren\u00e7a de que a Am\u00e9rica poder\u00e1 colidir e se fundir com a \u00c1sia.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/a>
Huang explica que um novo supercontinente poderia surgir ap\u00f3s o desaparecimento do Oceano Pac\u00edfico – DR CHUAN HUANG<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O \u00faltimo supercontinente que j\u00e1 existiu, conhecido como Pangeia, dividiu-se em continentes menores h\u00e1 cerca de 180 milh\u00f5es de anos. Ele incorporava quase todas as massas de terra do planeta e era cercado por um oceano global chamado Pantalassa.<\/p>\n\n\n\n

Os modelos de simula\u00e7\u00e3o criados pela equipe de Huang mostram que o Pac\u00edfico j\u00e1 est\u00e1 encolhendo alguns cent\u00edmetros a cada ano.<\/p>\n\n\n\n

O cientista prev\u00ea que a Austr\u00e1lia colidir\u00e1 primeiro com a \u00c1sia e, finalmente, se conectar\u00e1 \u00e0s Am\u00e9ricas depois de o Pac\u00edfico desaparecer.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/a>
O movimento das placas sob o oceano est\u00e1 deslocando os continentes.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Outros cen\u00e1rios<\/h2>\n\n\n\n

Anteriormente, poss\u00edveis novos supercontinentes j\u00e1 haviam sido previstos por pesquisadores, como Novopangea, Pangea Ultima e Aurica.<\/p>\n\n\n\n

“100% de certeza \u00e9 uma afirma\u00e7\u00e3o bastante forte e raramente usada na ci\u00eancia, especialmente quando estamos falando de tend\u00eancias evolutivas do complexo sistema terrestre, o qual s\u00f3 agora estamos come\u00e7ando a entender como um todo”, explica Zheng-Xiang Li, coautor do estudo.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/a>
Zheng-Xiang Li est\u00e1 otimista de que n\u00f3s, humanos, seremos capazes de nos adaptar a uma nova configura\u00e7\u00e3o do planeta Terra – ZHENG-XIANG LI<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“Todos os modelos diferentes sobre os quais voc\u00ea leu [incluindo nosso trabalho] s\u00e3o apenas hip\u00f3teses, e nossa previs\u00e3o \u00e9 baseada no resultado da nossa modelagem, que est\u00e1 vinculada ao nosso conhecimento atual e v\u00e1rias suposi\u00e7\u00f5es”.<\/p>\n\n\n\n

Estima-se que a Terra tenha cerca de 4,5 bilh\u00f5es de anos. No ciclo geol\u00f3gico do planeta, movimentos din\u00e2micos e a fragmenta\u00e7\u00e3o de continentes acontecem rotineiramente. \u00c9 o movimento das placas tect\u00f4nicas sob os oceanos que move os continentes.<\/p>\n\n\n\n

E os humanos?<\/h2>\n\n\n\n

A recente pesquisa revelou que a litosfera oce\u00e2nica (placa ou camada s\u00f3lida de cerca de 100 km abaixo dos oceanos) tem uma grande influ\u00eancia em como um supercontinente se forma.<\/p>\n\n\n\n

\u00c0 medida que a Terra est\u00e1 perdendo lentamente seu calor interno ao longo de bilh\u00f5es de anos, a crosta de 7 a 8 km de espessura no fundo do oceano parece ter se tornado mais fina com o tempo devido ao menor grau de derretimento do manto ao longo das dorsais meso-oce\u00e2nicas.<\/p>\n\n\n\n

“Os resultados dos nossos modelos, portanto, preveem que o futuro supercontinente Am\u00e1sia s\u00f3 poderia ser formado com o fechamento do Oceano Pac\u00edfico”.<\/p>\n\n\n\n

A forma\u00e7\u00e3o e a desintegra\u00e7\u00e3o de um supercontinente sempre teve um grande impacto no clima e no ambiente da Terra.<\/p>\n\n\n\n

Em geral, a forma\u00e7\u00e3o de um supercontinente leva ao rebaixamento do n\u00edvel do mar, a redu\u00e7\u00e3o da biodiversidade e a expans\u00e3o de terras \u00e1ridas no vasto interior do supercontinente.<\/p>\n\n\n\n

Em contraste, durante a ruptura de um supercontinente, espera-se que o n\u00edvel do mar aumente, assim como a biodiversidade e plataformas continentais que favorecem a vida.<\/p>\n\n\n\n

“\u00c9 dif\u00edcil prever como ser\u00e1 o ser humano daqui a centenas de milh\u00f5es de anos, mas como um componente da biosfera da Terra, o ser humano continuaria a evoluir como a vida sempre foi”, diz Li.<\/p>\n\n\n\n

“Confio que nossa intelig\u00eancia superior e capacidade t\u00e9cnica nos permitir\u00e3o adaptar \u00e0s mudan\u00e7as futuras, como fizemos no passado.”<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A paisagem do planeta Terra como conhecemos hoje, com grandes oceanos e v\u00e1rios continentes, est\u00e1 na verdade em constante mudan\u00e7a \u2014 mesmo que seja impercept\u00edvel a “olho nu”. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":180236,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[2490,4357,854],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/180235"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=180235"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/180235\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":180241,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/180235\/revisions\/180241"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/180236"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=180235"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=180235"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=180235"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}