{"id":180339,"date":"2022-10-27T18:23:30","date_gmt":"2022-10-27T21:23:30","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=180339"},"modified":"2022-10-27T18:23:48","modified_gmt":"2022-10-27T21:23:48","slug":"energia-mais-cara-e-poluente-desafios-para-proximo-governo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/10\/27\/180339-energia-mais-cara-e-poluente-desafios-para-proximo-governo.html","title":{"rendered":"Energia mais cara e poluente: desafios para pr\u00f3ximo governo"},"content":{"rendered":"\n
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Conta de luz dever\u00e1 encarecer ainda mais nos pr\u00f3ximos anos se o Brasil n\u00e3o reduzir uso de usinas termel\u00e9tricas e diversificar a matriz energ\u00e9tica. “Pa\u00eds est\u00e1 perdendo tempo e oportunidades”, diz especialista.<\/p>\n\n\n\n

O Brasil viveu em 2021 sua pior seca em 90 anos. A\u00a0crise h\u00eddrica\u00a0levou a uma crise energ\u00e9tica, uma vez que mais de 50% da gera\u00e7\u00e3o de energia do pa\u00eds vem de hidrel\u00e9tricas, que dependem de chuvas para funcionar.<\/p>\n\n\n\n

Frente ao risco de um apag\u00e3o semelhante ao de\u00a02001, o governo federal contratou 14 usinas\u00a0termel\u00e9tricas\u00a0movidas a g\u00e1s natural a um pre\u00e7o at\u00e9 sete vezes maior que o das hidrel\u00e9tricas, segundo nota t\u00e9cnica do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). Consequentemente, o consumidor chegou a pagar 20% mais caro na conta de luz em 2022 em rela\u00e7\u00e3o\u00a0a 2020.<\/p>\n\n\n\n

As t\u00e9rmicas n\u00e3o dependem de chuva, pois geram energia a partir da queima de combust\u00edvel. Por\u00e9m, o g\u00e1s natural usado nelas \u00e9 negociado em d\u00f3lar no mercado internacional, e as usinas t\u00eam um custo de produ\u00e7\u00e3o elevado, al\u00e9m de gerarem graves impactos no clima.<\/p>\n\n\n\n

“O Brasil paga por uma falta de planejamento, que nos deixou ref\u00e9ns das hidrel\u00e9tricas, que se tornam cada vez mais inst\u00e1veis frente \u00e0s\u00a0mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, e das termel\u00e9tricas, que por serem muito mais poluentes, aceleram a crise clim\u00e1tica. \u00c9 um c\u00edrculo vicioso”, diz Ilan Zugman, diretor para a Am\u00e9rica Latina da 350.org, organiza\u00e7\u00e3o que atua pela transi\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica e justi\u00e7a clim\u00e1tica.<\/p>\n\n\n\n

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Hidrel\u00e9trica de Belo Monte, no Par\u00e1. Mais de 50% da gera\u00e7\u00e3o de energia do Brasil vem de hidrel\u00e9tricas, que dependem de chuvas para funcionar.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Com a alta da infla\u00e7\u00e3o e a energia cada vez mais cara, pagar a conta de luz virou artigo de “luxo”: segundo uma pesquisa do Ipec e do Instituto Clima e Sociedade, 22% dos brasileiros deixaram de comprar alimentos b\u00e1sicos para pagar as contas de luz e o g\u00e1s.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o coordenador de Energia El\u00e9trica do Instituto Clima e Sociedade (iCS), Roberto Kishinami, o consumidor tamb\u00e9m arca com o negacionismo do governo do presidente Jair Bolsonaro, que foi alertado pelo Operador Nacional do Sistema El\u00e9trico (ONS) sobre a crise h\u00eddrica, mas n\u00e3o tomou provid\u00eancias a tempo.<\/p>\n\n\n\n

“Os sinais de que a crise h\u00eddrica seria forte em 2021 j\u00e1 estavam presentes na segunda metade de 2020. Foram v\u00e1rias advert\u00eancias do ONS e de especialistas, mas a posi\u00e7\u00e3o do governo foi dizer ‘n\u00e3o tem crise’ at\u00e9 abril de 2021, quando os reservat\u00f3rios j\u00e1 estavam muito abaixo da m\u00e9dia hist\u00f3rica para aquele m\u00eas”, afirma o coordenador do iCS. “O custo dessa atitude irrespons\u00e1vel do governo federal vai perdurar nas contas dos consumidores por muitos anos.”<\/p>\n\n\n\n

Especialistas ouvidos pela DW elencaram os cinco principais desafios que o pr\u00f3ximo governo eleito ter\u00e1 pela frente no setor energ\u00e9tico:<\/p>\n\n\n\n

  1. diminuir a participa\u00e7\u00e3o das termel\u00e9tricas contratadas em 2021 pelo governo federal;<\/li>
  2. acabar com os subs\u00eddios \u00e0s t\u00e9rmicas \u00e0 carv\u00e3o, principais contribuidoras da crise clim\u00e1tica;<\/li>
  3. diversificar a matriz energ\u00e9tica brasileira e aumentar a participa\u00e7\u00e3o de e\u00f3lica e solar;<\/li>
  4. promover uma transi\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica justa;<\/li>
  5. levar energia de baixo impacto para a Amaz\u00f4nia.<\/li><\/ol>\n\n\n\n

    Para o gerente de projetos do IEMA, Ricardo Baitelo, o desafio ainda inclui regular o armazenamento de energia, passo importante para expandir as fontes renov\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n

    “O grande desafio do pr\u00f3ximo governo ser\u00e1 manter o crescimento das energias renov\u00e1veis. Para isso, ainda precisamos fazer regula\u00e7\u00f5es sobre o armazenamento de energia solar e e\u00f3lica”, diz Baitelo.<\/p>\n\n\n\n

    Atualmente, o setor de energia solar e e\u00f3lica corresponde a somente 16% da matriz energ\u00e9tica nacional. “E n\u00e3o h\u00e1, ainda, uma pol\u00edtica p\u00fablica consistente de transi\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica no Brasil”, ressalta Kishinami.<\/p>\n\n\n\n

    Para Ilan Zugman, uma vez que o Brasil tem as condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas e geogr\u00e1ficas para a expans\u00e3o da\u00a0energia e\u00f3lica\u00a0e da solar, estamos perdendo dinheiro.<\/p>\n\n\n\n

    “A energia e\u00f3lica e a solar est\u00e3o cada vez mais baratas, e muitos estudos mostram que o setor est\u00e1 gerando mais empregos que o das fontes f\u00f3sseis. Diante do potencial do Brasil para gera\u00e7\u00e3o de energia limpa, o pa\u00eds est\u00e1 perdendo tempo e oportunidade ao insistir em uma pol\u00edtica de subs\u00eddio aos combust\u00edveis f\u00f3sseis”, diz Zugman.<\/p>\n\n\n\n

    “Negacionismo” e conta mais cara nos pr\u00f3ximos anos<\/h2>\n\n\n\n

    Quando contratou as 14 termel\u00e9tricas em 2021, o governo federal ordenou o funcionamento ininterrupto delas.<\/p>\n\n\n\n

    “A maior parte dessas t\u00e9rmicas sequer tinha condi\u00e7\u00f5es de funcionar ininterruptamente, pois s\u00e3o concebidas para funcionar poucas horas na semana, apenas para atender picos de demanda”, diz Kishinami.<\/p>\n\n\n\n

    Al\u00e9m disso, o governo garantiu o funcionamento dessas t\u00e9rmicas at\u00e9 2025, o que gerar\u00e1 um custo adicional estimado em R$ 39 bilh\u00f5es, que ser\u00e3o repassados ao consumidor ao longo desse per\u00edodo. Ou seja, a conta de luz ficar\u00e1 mais cara nos pr\u00f3ximos tr\u00eas anos, pelo menos.<\/p>\n\n\n\n

    Outro fator que dever\u00e1 deixar a conta mais cara nos pr\u00f3ximos anos foi o um empr\u00e9stimo bilion\u00e1rio feito para pagar as termel\u00e9tricas contratadas.<\/p>\n\n\n\n

    “Apenas em novembro come\u00e7a a ser paga a primeira parcela de um empr\u00e9stimo banc\u00e1rio de R$5,6 bilh\u00f5es, feito para cobrir o rombo que as distribuidoras tiveram para pagar o funcionamento das t\u00e9rmicas durante a crise h\u00eddrica”, diz Kishinami.<\/p>\n\n\n\n

    Em dezembro do ano passado, o governo realizou um novo leil\u00e3o para contratar energia a ser entregue entre 2026 e 2027, o Leil\u00e3o de Reserva de Capacidade, que contratou outras 16 usinas termel\u00e9tricas por mais 15 anos.<\/p>\n\n\n\n

    “Tudo isso ocorreu em menos de quatro anos, porque o atual governo federal levou a s\u00e9rio seu negacionismo”, analisa Kishinami.<\/p>\n\n\n\n

    Ricardo Baitelo aponta outros “retrocessos”, como ele classifica, na pol\u00edtica energ\u00e9tica atual e que ficar\u00e3o de heran\u00e7a nos pr\u00f3ximos anos. “O pr\u00f3ximo governo ter\u00e1 como desafio lidar com a contrata\u00e7\u00e3o imposta das t\u00e9rmicas e com o ‘jabuti’ da lei de\u00a0privatiza\u00e7\u00e3o da Eletrobras, decis\u00e3o prejudicial para o setor el\u00e9trico e para as tarifas”, diz.<\/p>\n\n\n\n

    O “jabuti” (termo referente a trechos inclu\u00eddos em projetos de lei que n\u00e3o t\u00eam rela\u00e7\u00e3o com a proposta original) da lei de privatiza\u00e7\u00e3o da Eletrobras (Lei 14.182\/2022), sancionada  pelo presidente Jair Bolsonaro, prev\u00ea a contrata\u00e7\u00e3o de termel\u00e9tricas a g\u00e1s a partir de 2026 para operar em tempo integral.<\/p>\n\n\n\n

    C\u00e1lculos da Empresa de Pesquisa Energ\u00e9tica (EPE), vinculada ao Minist\u00e9rio de Minas e Energia (MME), estimam que o “jabuti” da lei de privatiza\u00e7\u00e3o da Eletrobras gerar\u00e1 um custo adicional ao setor de mais de R$ 52 bilh\u00f5es, considerando apenas o valor para acionar e operar as usinas at\u00e9 2036. Ficaram de fora da conta a constru\u00e7\u00e3o dessas usinas e o local onde ser\u00e3o constru\u00eddas, em \u00e1reas distantes dos centros produtores de g\u00e1s natural e ainda sem liga\u00e7\u00e3o por gasodutos.<\/p>\n\n\n\n

    Subs\u00eddios milion\u00e1rios ao carv\u00e3o<\/h2>\n\n\n\n

    A queima de combust\u00edveis f\u00f3sseis \u00e9 o maior contribuidor para o agravamento das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas. Entre eles, o carv\u00e3o \u00e9 o mais poluente, sendo o mais nocivo ao clima e \u00e0 sa\u00fade das pessoas.<\/p>\n\n\n\n

    Em 2021, mais de 40 pa\u00edses firmaram\u00a0acordo durante a COP26, a confer\u00eancia do clima da ONU, para acabar com a energia a carv\u00e3o at\u00e9 2040. O Brasil n\u00e3o assinou o acordo, contudo.<\/p>\n\n\n\n

    Em janeiro deste ano, Bolsonaro sancionou uma lei que garante a contrata\u00e7\u00e3o de termel\u00e9tricas movidas a carv\u00e3o mineral em Santa Catarina por mais 15 anos (Lei n\u00ba 14.299), al\u00e9m de garantir subs\u00eddios milion\u00e1rios para financiar at\u00e9 2040 a constru\u00e7\u00e3o de mais termel\u00e9tricas no estado. A lei descumpre a meta brasileira de encerrar as atividades de t\u00e9rmicas a carv\u00e3o em dezembro de 2027.<\/p>\n\n\n\n

    “A extens\u00e3o de funcionamento dessas usinas para 2040 n\u00e3o tem viabilidade. Algumas do estado teriam que passar por uma grande reforma para ter condi\u00e7\u00f5es t\u00e9cnicas de operar at\u00e9 a data”, diz Kishinami.<\/p>\n\n\n\n

    Assim, investir em carv\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 uma p\u00e9ssima escolha econ\u00f4mica. “\u00c9 muito mais vantajoso investir em uma nova planta renov\u00e1vel (e\u00f3lica, solar ou uma combina\u00e7\u00e3o de ambas), que teria um retorno maior e sem o risco de o carv\u00e3o se tornar um \u2018ativo encalhado'”, explica o coordenador do iCS.<\/p>\n\n\n\n

    Termel\u00e9tricas afastam Brasil de metas clim\u00e1ticas<\/h2>\n\n\n\n

    O Instituto de Energia e Meio Ambiente analisou os contratos firmados nos Leil\u00e3o de termel\u00e9tricas e afirmou que o sistema el\u00e9trico brasileiro, ao contratar energia por mais 15 anos provenientes da queima de combust\u00edvel, se afasta do objetivo global de redu\u00e7\u00e3o de gases de efeito estufa e zero carbono at\u00e9 2050.<\/p>\n\n\n\n

    “Para se ter uma ilustra\u00e7\u00e3o do potencial poluidor desses empreendimentos, uma \u00fanica usina vencedora [dos leil\u00f5es] pode emitir durante um ano uma quantidade de NOx [\u00f3xidos de nitrog\u00eanio] equivalente a 100 dias de tr\u00e1fego de autom\u00f3veis na cidade de S\u00e3o Paulo”, diz trecho do documento do IEMA, publicado em no final do ano passado.<\/p>\n\n\n\n

    Outro impacto das termel\u00e9tricas \u00e9 a quantidade de \u00e1gua usada para resfriar seus sistemas de queima de combust\u00edvel. Em um futuro de acirramento das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, essas usinas ser\u00e3o invi\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n

    “Um exemplo dessa inviabilidade est\u00e1 para ser exposta em Maca\u00e9, no Rio de Janeiro, onde h\u00e1 16 projetos de termel\u00e9tricas em diferentes est\u00e1gios de concep\u00e7\u00e3o. Ocorre que a bacia hidrogr\u00e1fica que abastece a regi\u00e3o n\u00e3o tem \u00e1gua suficiente para todas essas t\u00e9rmicas”, diz Kishinami.<\/p>\n\n\n\n

    Levar energia para a Amaz\u00f4nia<\/h2>\n\n\n\n

    Cerca de um milh\u00e3o de brasileiros ainda vivem sem energia apenas na Amaz\u00f4nia, segundo estimativa do IEMA publicada em 2019.<\/p>\n\n\n\n

    Para Zugman, outro desafio do Brasil nos pr\u00f3ximos anos ser\u00e1 expandir a capacidade el\u00e9trica do pa\u00eds para atender a todos e enfrentar problemas relacionados com a crise clim\u00e1tica.<\/p>\n\n\n\n

    “Todo mundo precisa de energia e sabemos que a sua demanda vai aumentar cada vez mais com a situa\u00e7\u00e3o do planeta frente \u00e0 crise clim\u00e1tica. O problema \u00e9 o modelo energ\u00e9tico atual, que \u00e9 concentrado na m\u00e3o dos governos e de grandes empresas”, afirma.<\/p>\n\n\n\n

    O diretor da 350.org chama a aten\u00e7\u00e3o para as hidrel\u00e9tricas constru\u00eddas na Amaz\u00f4nia, como a de\u00a0Belo Monte, que ainda geram impactos socioambientais importantes, como a emiss\u00e3o de gases de efeito estufa na \u00e1rea alagada, destrui\u00e7\u00e3o da fauna e flora e at\u00e9 inefici\u00eancia energ\u00e9tica.<\/p>\n\n\n\n

    “Temos grandes hidrel\u00e9tricas na Amaz\u00f4nia em que a energia gerada ali vai para bem longe das comunidades dos entornos. Ou seja, s\u00e3o comunidades que foram desalojadas e perderam seus territ\u00f3rios para dar lugar a uma hidrel\u00e9trica que n\u00e3o gera energia para elas”, explica Zugman.<\/p>\n\n\n\n

    A\u00a0350.org defende um modelo energ\u00e9tico descentralizado no Brasil e na Amaz\u00f4nia, em que os consumidores possam escolher o tipo de energia que querem na sua comunidade.<\/p>\n\n\n\n

    “Hidrel\u00e9tricas, termel\u00e9tricas e demais megaprojetos quase sempre t\u00eam impactos muito grandes. Por isso, defendemos que as comunidades tenham as ferramentas para decidir que tipo de energia querem e de onde essa energia deve vir, para que a gera\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica impacte o m\u00ednimo poss\u00edvel o modo de vida das pessoas e o meio ambiente”, explica Zugman.<\/p>\n\n\n\n

    Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

    Conta de luz dever\u00e1 encarecer ainda mais nos pr\u00f3ximos anos se o Brasil n\u00e3o reduzir uso de usinas termel\u00e9tricas e diversificar a matriz energ\u00e9tica. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":180340,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[318,35,2416],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/180339"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=180339"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/180339\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":180342,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/180339\/revisions\/180342"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/180340"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=180339"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=180339"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=180339"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}