{"id":180359,"date":"2022-10-28T18:29:15","date_gmt":"2022-10-28T21:29:15","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=180359"},"modified":"2022-10-28T18:29:17","modified_gmt":"2022-10-28T21:29:17","slug":"amazonia-2022-ja-tem-pior-marca-da-serie-historica-de-alertas-de-desmate-do-inpe","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/10\/28\/180359-amazonia-2022-ja-tem-pior-marca-da-serie-historica-de-alertas-de-desmate-do-inpe.html","title":{"rendered":"Amaz\u00f4nia: 2022 j\u00e1 tem pior marca da s\u00e9rie hist\u00f3rica de alertas de desmate do Inpe"},"content":{"rendered":"\n
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Sobrevoo mostra desmatamento em \u00e1rea da floresta amaz\u00f4nica em Manaus, no Amazonas. \u2014 Foto: REUTERS\/Bruno Kelly\/File Photo<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O acumulado de alertas de desmatamento na Amaz\u00f4nia Legal foi de\u00a09.277 km\u00b2<\/strong>, de janeiro at\u00e9 o \u00faltimo dia 21 de outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).\u00a0Essa \u00e9 a pior marca da s\u00e9rie hist\u00f3rica anual do Deter, o sistema de Detec\u00e7\u00e3o de Desmatamento em Tempo Real do instituto.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O \u00edndice leva em conta o chamado ano civil, ou seja, o per\u00edodo total de janeiro a dezembro. Faltando mais de 2 meses para o fim do ano, essa marca j\u00e1 superou at\u00e9 mesmo todo o ano de 2019, a pior taxa at\u00e9 ent\u00e3o, quando os alertas de desmate deram um salto e chegaram at\u00e9 9.178 km\u00b2.<\/p>\n\n\n\n

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Quando comparada toda a s\u00e9rie, o acumulado de alertas de desmatamento em 2022 na Amaz\u00f4nia Legal marca\u00a0o quarto ano consecutivo da gest\u00e3o do presidente\u00a0Jair Bolsonaro\u00a0(PL) em que os alertas por ano civil ficam acima da marca de 8 mil.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A Amaz\u00f4nia Legal \u00e9 uma regi\u00e3o que corresponde a 59% do territ\u00f3rio brasileiro e que engloba a \u00e1rea de 9 estados \u2013 Acre, Amap\u00e1, Amazonas, Mato Grosso, Par\u00e1, Rond\u00f4nia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranh\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

“O Brasil j\u00e1 teve taxas anuais maiores [antes da s\u00e9rie atual], mas quando come\u00e7aram as medidas mais efetivas nunca ocorreu um descontrole como vem ocorrendo desde 2019”, explica Suely Ara\u00fajo, especialista-s\u00eanior em Pol\u00edticas P\u00fablicas do Observat\u00f3rio do Clima e presidente do Ibama entre 2016 e 2018.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

“Esses dados do Deter n\u00e3o surpreendem, infelizmente, porque a gente j\u00e1 vinha acompanhando esses n\u00fameros”, diz Mariana Napolitano – gerente de ci\u00eancias do WWF-Brasil.<\/p>\n\n\n\n

“O nosso grande desafio \u00e9 olhar para essas curvas e ver como podemos reverter isso. Vale lembrar que o Brasil tem uma posi\u00e7\u00e3o de poder cumprir suas metas clim\u00e1ticas apenas parando o desmatamento, que n\u00e3o tem diferen\u00e7a significativa no seu PIB, pois esse \u00e9 um desmatamento muito ligado \u00e0 grilagem e atividades ilegais que n\u00e3o geram nem crescimento ec\u00f4nomico nem distribui\u00e7\u00e3o de renda”.<\/p>\n\n\n\n

Imagem do pa\u00eds na COP27<\/h2>\n\n\n\n

No ano passado, durante a COP26 (a confer\u00eancia do clima da ONU), o Brasil foi um dos 127 pa\u00edses signat\u00e1rios da Declara\u00e7\u00e3o dos L\u00edderes de Glasgow sobre Florestas e Uso da Terra, documento que declara o comprometimento coletivo de deter e reverter a perda de florestas at\u00e9 2030.<\/p>\n\n\n\n

Em Glasgow,\u00a0o governo brasileiro assumiu o compromisso de zerar o desmatamento ilegal em 2028, reduzindo progressivamente a pr\u00e1tica: 15% ao ano at\u00e9 2024; 40% ao ano em 2025 e em 2026; 50% em 2027; at\u00e9 finalmente, em 2028, desmatamento ilegal zero.<\/p>\n\n\n\n

Este ano, durante a COP27, segundo informaram fontes ligadas ao g1<\/strong>, para contornar a cobran\u00e7a internacional sobre os recordes de desmatamento e queimadas, o governo tentar\u00e1 passar a imagem do Brasil como um pa\u00eds focado na “energia verde”.<\/p>\n\n\n\n

Durante uma entrevista para a “Voz do Brasil”, sem citar as taxas de desmate na Amaz\u00f4nia, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que o evento ser\u00e1 uma oportunidade para o pa\u00eds acelerar \u201cenergias verdes brasileiras”.<\/p>\n\n\n\n

g1 <\/strong>questionou o Minist\u00e9rio do Meio Ambiente sobre a programa\u00e7\u00e3o oficial do governo federal no evento, mas ainda aguarda resposta da pasta.<\/p>\n\n\n\n

Deter x Prodes<\/h2>\n\n\n\n

Os alertas de desmatamento foram feitos pelo Sistema de Detec\u00e7\u00e3o de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do\u00a0Inpe, que produz sinais di\u00e1rios de altera\u00e7\u00e3o na cobertura florestal para \u00e1reas maiores que 3 hectares (0,03 km\u00b2), tanto para \u00e1reas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degrada\u00e7\u00e3o florestal (explora\u00e7\u00e3o de madeira, minera\u00e7\u00e3o, queimadas e outras).<\/p>\n\n\n\n

O Deter n\u00e3o \u00e9 o dado oficial de desmatamento, mas alerta sobre onde o problema est\u00e1 acontecendo.<\/strong>\u00a0A medi\u00e7\u00e3o oficial do desmatamento, feita pelo sistema Prodes, costuma superar os alertas sinalizados pelo Deter.<\/p>\n\n\n\n

Na temporada 2020-2021 \u2013 per\u00edodo que engloba agosto de 2020 a julho de 2021 \u2013,\u00a0foram 13 mil km\u00b2 de \u00e1rea sob alerta de desmatamento, maior n\u00famero desde 2006.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: G1<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"