{"id":180663,"date":"2022-11-16T18:56:49","date_gmt":"2022-11-16T21:56:49","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=180663"},"modified":"2022-11-16T18:56:51","modified_gmt":"2022-11-16T21:56:51","slug":"cientistas-podem-ter-descoberto-a-causa-da-1a-extincao-em-massa-na-terra","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/11\/16\/180663-cientistas-podem-ter-descoberto-a-causa-da-1a-extincao-em-massa-na-terra.html","title":{"rendered":"Cientistas podem ter descoberto a causa da 1\u00aa extin\u00e7\u00e3o em massa na Terra"},"content":{"rendered":"\n
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Impress\u00f5es dos f\u00f3sseis do Ediacarano. No centro, um registro de um organismo chamado Dickinsonia e na esquerda de um antigo animal Parvancorina\u00a0– Foto: Scott Evans.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Uma nova pesquisa aponta que a causa da primeira\u00a0extin\u00e7\u00e3o em massa\u00a0conhecida na Terra foi a diminui\u00e7\u00e3o dos n\u00edveis de\u00a0oxig\u00eanio. Isso levou \u00e0 perda da maioria dos\u00a0animais\u00a0perto do final do Per\u00edodo Ediacarano, cerca de 550 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s.<\/p>\n\n\n\n

A conclus\u00e3o faz parte de estudo publicado em 7 de novembro na revista\u00a0PNAS<\/em>. No Ediacarano, havia prosperidade para a vida nos\u00a0oceanos do planeta,\u00a0o que inclu\u00eda os animais extintos Petalonamae,\u00a0<\/em>cuja forma lembra o formato de uma pena, e\u00a0<\/em>Kimberella,\u00a0<\/em>similares a moluscos.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, 80% da vida desapareceu, sem deixar vest\u00edgios. Os cientistas j\u00e1 sabiam h\u00e1 muito tempo sobre o s\u00fabito decl\u00ednio na diversidade dos\u00a0f\u00f3sseis\u00a0h\u00e1 550 milh\u00f5es de anos, mas n\u00e3o estava claro se isso teria ocorrido devido a um evento de extin\u00e7\u00e3o em massa.<\/p>\n\n\n\n

Scott Evans, l\u00edder do estudo, e sua equipe analisaram a literatura cient\u00edfica para reunir dados de f\u00f3sseis do Ediacarano. Eles conseguiram catalogar 70 g\u00eaneros de animais que viveram h\u00e1 550 milh\u00f5es de anos, dos quais apenas 14 ainda existiam cerca de 10 milh\u00f5es de anos depois.<\/p>\n\n\n\n

A queda na abund\u00e2ncia de f\u00f3sseis revelou assim o primeiro evento massivo de extin\u00e7\u00e3o. \u201cIsso incluiu a perda de muitos tipos diferentes de animais, no entanto, aqueles cujos planos corporais e comportamentos indicam que dependiam de quantidades significativas de oxig\u00eanio parecem ter sido atingidos de forma particularmente dura\u201d, considera Evans, em\u00a0comunicado.<\/p>\n\n\n\n

O que teria causado a queda de oxig\u00eanio ainda est\u00e1 em debate. \u201cPode ser qualquer n\u00famero e combina\u00e7\u00e3o de\u00a0erup\u00e7\u00f5es vulc\u00e2nicas, movimento de placas tect\u00f4nicas, impacto de um asteroide, etc., mas o que vemos \u00e9 que os animais que se extinguem parecem estar respondendo \u00e0 diminui\u00e7\u00e3o da disponibilidade global de oxig\u00eanio\u201d, conta o cientista da Virginia Tech, nos EUA.<\/p>\n\n\n\n

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Impress\u00f5es dos f\u00f3sseis Dickinsonia (\u00e0 esquerda) e a forma relacionada, mas rara, Andiva (\u00e0 direita) em arenito no Parque Nacional Nilpena Ediacara, no sul da Austr\u00e1lia. \u2014 Foto: Scott Evans<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Os pesquisadores n\u00e3o notaram mudan\u00e7as significativas nas condi\u00e7\u00f5es necess\u00e1rias para a preserva\u00e7\u00e3o de f\u00f3sseis, nem encontraram diferen\u00e7as nos modos de alimenta\u00e7\u00e3o que sugeririam que os animais do per\u00edodo morreram devido \u00e0 competi\u00e7\u00e3o com animais do in\u00edcio do Cambriano, como os trilobitas (artr\u00f3podes do Paleozoico).<\/p>\n\n\n\n

Mas havia algo em comum entre os organismos que sobreviveram: planos corporais com alta \u00e1rea de superf\u00edcie em rela\u00e7\u00e3o ao volume, o que os teria ajudado a lidar com condi\u00e7\u00f5es de baixo oxig\u00eanio. Essa observa\u00e7\u00e3o, combinada com evid\u00eancias geoqu\u00edmicas de um decl\u00ednio do g\u00e1s, sugeriram que o Ediacarano pode ter terminado com a\u00a0extin\u00e7\u00e3o em massa.<\/p>\n\n\n\n

\u201cExaminamos o padr\u00e3o de seletividade \u2013 o que foi extinto, o que sobreviveu e o que floresceu ap\u00f3s a extin\u00e7\u00e3o\u201d, explicou o coautor do estudo, Shuhai Xiao, ao site\u00a0Live Science.<\/em>\u00a0“Acontece que organismos que n\u00e3o conseguem lidar com baixos n\u00edveis de oxig\u00eanio foram removidos seletivamente.”<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Xiao, existem cinco extin\u00e7\u00f5es em massa conhecidas que se destacam na hist\u00f3ria dos animais (as “Big Five”): a Extin\u00e7\u00e3o Ordoviciano-Siluriana (440 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s), a Devoniana Tardia (370 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s), a do\u00a0Permiano-Tri\u00e1ssico (250 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s), a do Tri\u00e1ssico-Jur\u00e1ssico (200 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s) e a do\u00a0Cret\u00e1ceo-Paleogeno (65 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s).<\/p>\n\n\n\n

Evans sup\u00f5e que o evento de extin\u00e7\u00e3o inicial do Ediacarano tenha aberto o caminho para animais mais modernos. \u201cOs animais ediacaranos s\u00e3o muito estranhos \u2013 a maioria n\u00e3o se parece em nada com os animais que conhecemos\u201d, declarou ao\u00a0Live Science.<\/em>\u00a0“Depois desse evento de extin\u00e7\u00e3o, come\u00e7amos a ver cada vez mais animais que se parecem com os de hoje\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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