{"id":180667,"date":"2022-11-16T19:11:49","date_gmt":"2022-11-16T22:11:49","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=180667"},"modified":"2022-11-16T19:11:52","modified_gmt":"2022-11-16T22:11:52","slug":"peixes-que-perdem-olfato-e-repteis-que-mudam-de-sexo-os-efeitos-mais-estranhos-do-aquecimento-global","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/11\/16\/180667-peixes-que-perdem-olfato-e-repteis-que-mudam-de-sexo-os-efeitos-mais-estranhos-do-aquecimento-global.html","title":{"rendered":"Peixes que perdem olfato e r\u00e9pteis que mudam de sexo: os efeitos mais estranhos do aquecimento global"},"content":{"rendered":"\n
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Os cientistas acreditam que as temperaturas mais quentes do solo fizeram com que bols\u00f5es subterr\u00e2neos de g\u00e1s explodissem espontaneamente \u2014 Foto: GETTY IMAGES\/BBC<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O canto dos p\u00e1ssaros, o desabrochar das flores e as picadas de mosquito n\u00e3o s\u00e3o coisas que voc\u00ea associa ao m\u00eas de novembro no norte da Inglaterra.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Mas s\u00e3o alguns dos efeitos colaterais mais leves do aquecimento do planeta.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m de provocar inunda\u00e7\u00f5es e secas mortais, o aumento das temperaturas \u00e9 citado como respons\u00e1vel por explos\u00f5es espont\u00e2neas do permafrost siberiano, pela escassez de mostarda e pelo escurecimento do planeta.<\/p>\n\n\n\n

Muitos dos impactos das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas s\u00e3o devastadores \u2014 e alguns um tanto estranhos.<\/p>\n\n\n\n

Explos\u00e3o na tundra e ‘brilho da Terra’<\/h2>\n\n\n\n

Alguns cientistas russos atribuem o surgimento de crateras gigantes no degelo do permafrost – a camada de terra congelada – siberiano ao aumento da temperatura do solo, que causam a explos\u00e3o espont\u00e2nea de bols\u00f5es de g\u00e1s subterr\u00e2neos.<\/p>\n\n\n\n

Esta \u00e9 apenas uma hip\u00f3tese para explicar a forma\u00e7\u00e3o de crateras gigantes na paisagem do \u00c1rtico.<\/p>\n\n\n\n

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Os cientistas acreditam que a mudan\u00e7a clim\u00e1tica est\u00e1 fazendo com que a Terra brilhe menos, porque reduz a quantidade de nuvens que refletem a luz solar \u2014 Foto: GETTY IMAGES\/BBC<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Como um artigo da BBC Future destacou, elas s\u00e3o um “sinal inquietante” de que essa paisagem fria e amplamente despovoada no norte do planeta est\u00e1 passando por algumas mudan\u00e7as radicais.<\/p>\n\n\n\n

Pesquisas recentes tamb\u00e9m mostraram que o \u00c1rtico est\u00e1 se aquecendo ainda mais r\u00e1pido do que se pensava \u2014 quatro vezes mais r\u00e1pido que o resto do mundo.<\/p>\n\n\n\n

E, al\u00e9m de abrir buracos na Terra, a mudan\u00e7a clim\u00e1tica tamb\u00e9m pode estar atenuando o “brilho” do planeta, de acordo com cientistas do Big Bear Solar Observatory, em Nova Jersey, nos EUA.<\/p>\n\n\n\n

Ao medir a luz do Sol refletida da Terra para a parte escura da Lua \u00e0 noite, os cientistas medem o que chamam de “brilho da Terra” ou albedo \u2014 basicamente a capacidade de refletividade da Terra.<\/p>\n\n\n\n

Os estudos sugerem que a quantidade de nuvens baixas sobre o leste do Oceano Pac\u00edfico est\u00e1 diminuindo devido ao aumento das temperaturas do oceano.<\/p>\n\n\n\n

Como essas nuvens agem como um espelho, refletindo a luz do Sol de volta ao espa\u00e7o, sem elas, esse reflexo diminui. Ent\u00e3o, de acordo com esses cientistas, podemos realmente estar tirando o brilho do nosso planeta.<\/p>\n\n\n\n

R\u00e9pteis que mudam de sexo<\/h2>\n\n\n\n

Embora possamos estar causando o aquecimento global, n\u00e3o somos as \u00fanicas esp\u00e9cies que tem de lidar com ele. Algumas criaturas s\u00e3o afetadas de maneiras realmente surpreendentes.<\/p>\n\n\n\n

Em alguns r\u00e9pteis, o sexo da prole \u00e9 parcialmente determinado pela temperatura na qual os ovos s\u00e3o incubados. Por exemplo, drag\u00f5es barbudos \u2014 uma esp\u00e9cie de lagarto encontrada na Austr\u00e1lia \u2014 geneticamente masculinos mudam de macho para f\u00eamea quando s\u00e3o incubados em uma determinada temperatura.<\/p>\n\n\n\n

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Os filhotes de algumas aves est\u00e3o nascendo mais cedo do que o esperado devido \u00e0s mudan\u00e7as de temperatura no planeta \u2014 Foto: BBC<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Por isso, os cientistas est\u00e3o preocupados que os machos possam se tornar cada vez mais raros \u00e0 medida que o mundo esquenta \u2014, colocando as esp\u00e9cies em risco de extin\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

No oceano, os n\u00edveis crescentes de di\u00f3xido de carbono, um dos gases causadores do efeito estufa, podem estar fazendo com que os peixes percam o olfato.<\/p>\n\n\n\n

A mudan\u00e7a clim\u00e1tica tamb\u00e9m est\u00e1 alterando de forma mensur\u00e1vel a sincronia sazonal. Na floresta de Wytham Wood, a mais cientificamente estudada do Reino Unido, filhotes de chapim-real, uma ave colorida bastante comum em toda a Europa e \u00c1sia, sa\u00edram de seus ovos at\u00e9 tr\u00eas semanas antes do que teriam feito na d\u00e9cada de 1940.<\/p>\n\n\n\n

Toda a cadeia alimentar da primavera mudou com o aquecimento \u2014 as lagartas que os p\u00e1ssaros comem, as folhas do carvalho que as lagartas comem \u2014, todos atingem seu pico semanas antes do que costumavam fazer antes de esquentarmos o mundo.<\/p>\n\n\n\n

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A produ\u00e7\u00e3o da popular mostarda Dijon foi afetada pela escassez da mat\u00e9ria-prima \u2014 Foto: MIKE EDGECOMBE<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Enquanto as esta\u00e7\u00f5es mudam, muitas aves se adaptam \u2014 ou simplesmente se mudam. Neste ano, filhotes de abelharucos nasceram em uma pedreira de Norfolk \u2014 eles geralmente s\u00e3o encontrados no sul do Mediterr\u00e2neo e no norte da \u00c1frica.<\/p>\n\n\n\n

At\u00e9 a paisagem sonora est\u00e1 mudando. Londres \u00e9 agora palco de cantos de p\u00e1ssaros fora de \u00e9poca. Um estudo at\u00e9 sugeriu que os p\u00e1ssaros da floresta estavam subindo mais alto nas \u00e1rvores para cantar, possivelmente para evitar que seus cantos fossem abafados pela folhagem antecipada.<\/p>\n\n\n\n

Escassez de sabores<\/h2>\n\n\n\n

O clima extremo tamb\u00e9m est\u00e1 dificultando o cultivo de alimentos. Produtos b\u00e1sicos como trigo, milho e caf\u00e9 j\u00e1 est\u00e3o sendo afetados. E, neste ano, houve uma not\u00e1vel escassez de condimentos.<\/p>\n\n\n\n

Em abril, a Huy Fong Foods, empresa com sede na Calif\u00f3rnia que produz cerca de 20 milh\u00f5es de garrafas de molho de pimenta do tipo sriracha todos os anos, enviou uma carta aos clientes alertando sobre uma “grave escassez” de pimenta.<\/p>\n\n\n\n

No ver\u00e3o, os supermercados na Fran\u00e7a come\u00e7aram a ficar sem mostarda de Dijon \u2014 um problema que pode ser atribu\u00eddo ao mau tempo nas pradarias canadenses, onde a maioria das sementes de mostarda do mundo s\u00e3o cultivadas.<\/p>\n\n\n\n

E a realidade da mudan\u00e7a clim\u00e1tica est\u00e1 dificultando at\u00e9 mesmo os esfor\u00e7os para eliminar o carbono. Em agosto, a empresa de energia EDF teve que reduzir a produ\u00e7\u00e3o de usinas nucleares na Fran\u00e7a, porque n\u00e3o havia \u00e1gua fria suficiente nos rios franceses.<\/p>\n\n\n\n

A resposta \u2014 que est\u00e1 sendo discutida agora por 200 pa\u00edses na c\u00fapula do clima da ONU, a COP 27 \u2014 \u00e9 uma redu\u00e7\u00e3o dram\u00e1tica nos gases que aquecem o planeta.<\/p>\n\n\n\n

Mas j\u00e1 transformamos nosso mundo ao aquec\u00ea-lo \u2014 e \u00e9 prov\u00e1vel que haja muito mais consequ\u00eancias surpreendentes e inesperadas.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: G1<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Secas, chuvas torrenciais e temperaturas em alta n\u00e3o s\u00e3o as \u00fanicas consequ\u00eancias das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas provocadas pelo homem. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":180668,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[476,96,910],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/180667"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=180667"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/180667\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":180672,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/180667\/revisions\/180672"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/180668"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=180667"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=180667"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=180667"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}