{"id":181119,"date":"2022-12-20T21:46:37","date_gmt":"2022-12-21T00:46:37","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=181119"},"modified":"2022-12-20T21:46:40","modified_gmt":"2022-12-21T00:46:40","slug":"incendios-aumentaram-no-sudoeste-da-amazonia-apos-novo-codigo-florestal","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/12\/20\/181119-incendios-aumentaram-no-sudoeste-da-amazonia-apos-novo-codigo-florestal.html","title":{"rendered":"Inc\u00eandios aumentaram no Sudoeste da Amaz\u00f4nia ap\u00f3s novo C\u00f3digo Florestal"},"content":{"rendered":"\n
\"\"<\/a><\/figure>\n\n\n\n

A\u00a0Amaz\u00f4nia\u00a0\u00e9 a maior\u00a0floresta tropical\u00a0do mundo e desempenha um papel importante na regula\u00e7\u00e3o do\u00a0clima global. Por\u00e9m, o desmatamento contribui com a altera\u00e7\u00e3o dos ciclos das chuvas, provocando a intensifica\u00e7\u00e3o da esta\u00e7\u00e3o seca, o que aumenta a extens\u00e3o da vegeta\u00e7\u00e3o nativa afetada por\u00a0inc\u00eandios florestais.<\/p>\n\n\n\n

O crescimento cont\u00ednuo das queimadas em Boca do Acre (AM) foi de 66% em 2012, ano de aprova\u00e7\u00e3o do novo\u00a0C\u00f3digo Florestal,\u00a0para 88% em 2019. As informa\u00e7\u00f5es s\u00e3o de pesquisa realizada por cientistas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) em parceria com outras institui\u00e7\u00f5es nacionais e internacionais, e publicada nesta ter\u00e7a (20) na revista\u00a0Fire<\/em>.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa analisou dados de sat\u00e9lite das \u00e1reas queimadas entre os anos 2003 e 2019, em uma nova fronteira do\u00a0desmatamento, no Sudoeste do Amazonas. Ap\u00f3s o cruzamento dos dados, os cientistas ponderaram as informa\u00e7\u00f5es acerca do clima, cobertura do\u00a0solo, im\u00f3veis rurais e \u00e1reas protegidas.<\/p>\n\n\n\n

\u201cO objetivo do estudo foi fornecer uma avalia\u00e7\u00e3o abrangente da\u00a0extens\u00e3o espacial\u00a0e padr\u00f5es de \u00e1reas queimadas, analisando o que, onde e o quanto mudou, para poder entender o processo do\u00a0fogo\u00a0na regi\u00e3o do estudo\u201d, explica a pesquisadora Liana Anderson, uma das autoras do estudo. No per\u00edodo estudado, a \u00e1rea anual afetada pelo fogo variou a partir de 33 km\u00b2 e atingiu pico 681 km\u00b2 em 2019.<\/p>\n\n\n\n

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Brigadistas do Prevfogo\/Ibama participam de opera\u00e7\u00e3o conjunta para combater inc\u00eandios na Amaz\u00f4nia \u2014 Foto: wikimedia commons<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O estudo tamb\u00e9m buscou compreender o processo das\u00a0queimadas\u00a0e os principais fatores que as influenciam. \u201cObservamos a import\u00e2ncia das \u00e1reas de prote\u00e7\u00e3o, como as unidades de conserva\u00e7\u00e3o e terras\u00a0ind\u00edgenas, pois estas servem como barreiras para que o\u00a0inc\u00eandio\u00a0n\u00e3o adentre as regi\u00f5es mais preservadas da Amaz\u00f4nia\u201d, aponta a assistente de pesquisa D\u00e9bora Dutra, que liderou o estudo.<\/p>\n\n\n\n

Em contrapartida, as \u00e1reas de pastagens e agricultura pr\u00f3ximo \u00e0s\u00a0rodovias, como a BR-317, e as rotas utilizadas para transporte de madeira do desmatamento causam altera\u00e7\u00f5es nessas barreiras, deixando a floresta mais vulner\u00e1vel aos inc\u00eandios florestais.<\/p>\n\n\n\n

\u201cO\u00a0desmatamento\u00a0tem uma rela\u00e7\u00e3o com o fogo, pois a abertura de novas \u00e1reas exp\u00f5e cada vez mais a floresta\u201d, aponta Liana Anderson. Conforme o estudo, a tend\u00eancia de desmatamento na regi\u00e3o aumentou de 15% em 2012 para 91,60% em 2019. Observou-se tamb\u00e9m o avan\u00e7o no desmatamento e do fogo nas \u00e1reas de\u00a0florestas\u00a0p\u00fablicas ainda n\u00e3o designadas, indicando a necessidade urgente de pol\u00edticas p\u00fablicas para garantir a conserva\u00e7\u00e3o destas \u00e1reas.<\/p>\n\n\n\n

Segundo as pesquisadoras, a perspectiva para os pr\u00f3ximos anos \u00e9 um aumento significativo nos focos de fogo na regi\u00e3o devido ao aumento do\u00a0desmatamento\u00a0e do processo de grilagem de terra, observado no estudo a partir do registro de im\u00f3veis rurais em \u00e1reas de florestas p\u00fablicas em que ocorreram processos de\u00a0desmatamento\u00a0e inc\u00eandios florestais.<\/p>\n\n\n\n

\u201cSe n\u00e3o tivermos pol\u00edticas p\u00fablicas e a\u00e7\u00f5es de controle contra atividades ilegais, como a extra\u00e7\u00e3o de madeira sem autoriza\u00e7\u00e3o e desmatamento, podemos esperar que esta \u00e1rea se torne cr\u00edtica tanto pelo aumento de conflitos quanto pela perda de servi\u00e7os\u00a0ecossist\u00eamicos\u201d, enfatiza Anderson.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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