{"id":181190,"date":"2022-12-26T19:19:37","date_gmt":"2022-12-26T22:19:37","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=181190"},"modified":"2022-12-26T19:19:40","modified_gmt":"2022-12-26T22:19:40","slug":"quem-foi-o-ultimo-ser-humano-a-pisar-na-lua","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2022\/12\/26\/181190-quem-foi-o-ultimo-ser-humano-a-pisar-na-lua.html","title":{"rendered":"Quem foi o \u00faltimo ser humano a pisar na Lua"},"content":{"rendered":"\n
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O comandante da Apollo 17, Eugene A. Cernan, segura bandeira dos EUA em dezembro de 1972, em fotografia de Harrison J. “Jack” Schmitt – NASA<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“Ao dar o \u00faltimo passo do homem nesta superf\u00edcie, de volta para casa por algum tempo \u2014 mas acreditamos que n\u00e3o muito no futuro \u2014 gostaria apenas de dizer o que eu acredito que a hist\u00f3ria registrar\u00e1. Esse desafio da Am\u00e9rica de hoje forjou o destino do homem de amanh\u00e3. E, ao deixarmos a Lua em Taurus-Littrow, partiremos como viemos e, se Deus quiser, como retornaremos, com paz e esperan\u00e7a para toda a humanidade. Boa sorte \u00e0 tripula\u00e7\u00e3o da Apollo 17.”<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Essas foram as \u00faltimas palavras proferidas por um ser humano na superf\u00edcie da Lua, em 14 de dezembro de 1972, em tradu\u00e7\u00e3o livre.<\/p>\n\n\n\n

Quem as disse foi o \u00faltimo terr\u00e1queo a deixar uma pegada no solo lunar, Eugene Cernan, o comandante da Apollo 17.<\/p>\n\n\n\n

Taurus-Littrow a que ele se refere \u00e9 um vale, localizado na borda sudoeste do Mar da Serenidade.<\/p>\n\n\n\n

Ambos foram formados h\u00e1 cerca de 3,8 bilh\u00f5es de anos, quando um asteroide do tamanho de uma montanha colidiu com a Lua, escavando uma bacia de 700 km de di\u00e2metro.<\/p>\n\n\n\n

Ao redor de sua borda, formou-se um anel de montanhas e vales radiais, dos quais um deles \u00e9 o Taurus-Littrow, local do pouso da Apollo 17.<\/p>\n\n\n\n

Na verdade, Cernan n\u00e3o foi o \u00faltimo ser humano a descer na Lua, tendo sido o 11\u00b0 a alcan\u00e7ar o feito.<\/p>\n\n\n\n

O 12\u00b0 e \u00faltimo foi seu companheiro de tripula\u00e7\u00e3o, Harrison Schmitt, conhecido como Jack. Mas Cernan foi o \u00faltimo a deixar o solo lunar.<\/p>\n\n\n\n

Explica-se: como comandante da miss\u00e3o, ele foi o primeiro a descer. E tamb\u00e9m por isso ele foi o \u00faltimo a embarcar no m\u00f3dulo para voltar a Terra. O que significa que as \u00faltimas pegadas humanas em solo lunar s\u00e3o dele.<\/p>\n\n\n\n

As palavras de Cernan podem n\u00e3o ser t\u00e3o famosas como a imortal frase dita pelo primeiro humano a botar os p\u00e9s na Lua, Neil Armstrong, em 20 de julho de 1969: “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.”<\/p>\n\n\n\n

Deixando de lado o pioneirismo da Apollo 11 e de seu comandante, Armstrong, no entanto, a Apollo 17 e Cernan n\u00e3o ficam a dever ao primeiro pouso na Lua. Em muitos aspectos at\u00e9 os superam.<\/p>\n\n\n\n

A miss\u00e3o, que tocou o solo lunar em 11 dezembro de 1972, n\u00e3o ficou na hist\u00f3ria apenas por ser a \u00faltima. Ela se destacou tamb\u00e9m por v\u00e1rios recordes e feitos \u00fanicos.<\/p>\n\n\n\n

Entre eles, o fato de ter sido o voo para a Lua mais longo, com 301 horas e 51 minutos de dura\u00e7\u00e3o, maior tempo de perman\u00eancia no sat\u00e9lite (75 horas) e com atividades fora do m\u00f3dulo lunar tamb\u00e9m mais longas, chegando a 22 horas e 6 minutos, o que incluiu 35 km percorridos com o jipe lunar.<\/p>\n\n\n\n

Cernan e Schmitt completaram tr\u00eas excurs\u00f5es de grande sucesso \u00e0s crateras pr\u00f3ximas e \u00e0s montanhas de Taurus-Littrow, fazendo da Lua seu lar por mais de tr\u00eas dias.<\/p>\n\n\n\n

A Apollo 17 tamb\u00e9m foi a miss\u00e3o que trouxe a maior carga de rocha lunar (112,9 kg) e cujo m\u00f3dulo de comando, pilotado pelo terceiro astronauta da miss\u00e3o, Ron Evans, foi o que permaneceu o maior tempo em \u00f3rbita lunar, 147 horas e 48 minutos, ou mais de seis dias.<\/p>\n\n\n\n

O aspecto cient\u00edfico da miss\u00e3o<\/h2>\n\n\n\n

“A Apollo 17 se baseou cientificamente em todas as outras miss\u00f5es”, disse Cernan, em 2008, segundo a Nasa, relembrando a miss\u00e3o quando a ag\u00eancia comemorou seu 50\u00ba anivers\u00e1rio.<\/p>\n\n\n\n

“T\u00ednhamos um ve\u00edculo lunar, conseguimos cobrir mais terreno do que a maioria das outras miss\u00f5es. Ficamos l\u00e1 um pouco mais. Fomos para uma \u00e1rea \u00fanica mais desafiadora nas montanhas, para aprender algo sobre a hist\u00f3ria e a origem da pr\u00f3pria Lua.”<\/p>\n\n\n\n

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Nesta imagem, Schmitt, Evans e Cernan s\u00e3o fotografados com o Lunar Roving Vehicle (LRV) durante o lan\u00e7amento do foguete Apollo 17, em 1972 – NASA<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

\u00c9 justamente o aspecto cient\u00edfico da miss\u00e3o da Apollo 17 que destaca o f\u00edsico Othon Winter, coordenador do Grupo de Din\u00e2mica Orbital e Planetologia, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).<\/p>\n\n\n\n

“Como j\u00e1 estava definido que seria a \u00faltima, houve muita press\u00e3o dos ge\u00f3logos para que um colega, um cientista, fosse levado \u00e0 Lua”, explica. “E foi o que ocorreu. Harrison Schmitt foi o escolhido. Foi o primeiro astronauta cientista, de origem n\u00e3o militar. Isso deu ares diferentes a miss\u00e3o Apollo 17.”<\/p>\n\n\n\n

Ou seja, diz Winter, ela teve um enfoque muito cient\u00edfico.<\/p>\n\n\n\n

“Muitos instrumentos foram levados e muitos experimentos foram realizados, tanto dentro do m\u00f3dulo espacial como no solo lunar”, explica.<\/p>\n\n\n\n

“Do ponto de vista geol\u00f3gico, o mais importante foi que, entre as rochas coletadas e trazidas para a Terra, estavam algumas cujas an\u00e1lises demonstraram que a Lua j\u00e1 teve um campo magn\u00e9tico no passado.”<\/p>\n\n\n\n

O f\u00edsico e astr\u00f4nomo Annibal Hetem J\u00fanior, da Universidade Federal do ABC (UFABC), tamb\u00e9m ressalta a import\u00e2ncia cient\u00edfica da Apollo 17.<\/p>\n\n\n\n

“Os astronautas da miss\u00e3o executaram v\u00e1rios experimentos”, diz. “Por exemplo, instalaram na superf\u00edcie lunar equipamentos para a medida da taxa de calor proveniente do interior da Lua, e tamb\u00e9m medidores da varia\u00e7\u00e3o da gravidade lunar.”<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, Hetem lembra que um outro equipamento interessante foi deixado no sat\u00e9lite, para medir a presen\u00e7a dos gases em sua t\u00eanue atmosfera, al\u00e9m de outros dispositivos que avaliam a atividade s\u00edsmica.<\/p>\n\n\n\n

“A \u00faltima miss\u00e3o Apollo concretizou uma s\u00e9rie de outros experimentos iniciados em miss\u00f5es anteriores e trouxe interessantes amostras do solo lunar”, explica.<\/p>\n\n\n\n

“Evidentemente, a curiosidade cient\u00edfica n\u00e3o pode ser limitada, e v\u00e1rios outros experimentos e medidas deixaram de ser realizados com o final do Projeto Apollo.”<\/p>\n\n\n\n

Humanos e ratos<\/h2>\n\n\n\n

Para o astr\u00f4nomo Jos\u00e9 Renan de Medeiros, professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), do ponto de vista hist\u00f3rico-filos\u00f3fico, a \u00faltima viagem tripulada \u00e0 Lua marca o fim de um g\u00eanero de a\u00e7\u00f5es na explora\u00e7\u00e3o espacial, no qual os programas eram desenvolvidos e conduzidos por um \u00fanico pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n

Nesse in\u00edcio de s\u00e9culo o que se observa, de acordo com ele, s\u00e3o programas conduzidos por uma determinada ag\u00eancia espacial, mas contando com m\u00faltiplos parceiros em seu desenvolvimento.<\/p>\n\n\n\n

“Nesse contexto, a \u00faltima viagem do Programa Apollo trouxe a perspectiva de colabora\u00e7\u00f5es sin\u00e9rgicas em ci\u00eancia e tecnologia espacial, entre diferentes ag\u00eancias espaciais, na iniciativa privada e at\u00e9 mesmo entre na\u00e7\u00f5es”, explica.<\/p>\n\n\n\n

O f\u00edsico Marcelo de Oliveira Souza, da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), por sua vez, lembra outro feito in\u00e9dito da Apollo 17: foi a primeira e \u00fanica miss\u00e3o at\u00e9 hoje que levou duas esp\u00e9cies de seres vivos vertebrados para a Lua, no caso, humanos e ratos.<\/p>\n\n\n\n

Na verdade, cinco camundongos-de-bolso da esp\u00e9cie Perognathus longimembris<\/em>, quatro machos e uma f\u00eamea, denominados pela Nasa de A3305, A3326, A3352, A 3356 e A3400, mas apelidados pelos astronautas da miss\u00e3o de Fe, Fi, Fo, Fum e Phooey – o terceiro morreu durante a viagem.<\/p>\n\n\n\n

A esp\u00e9cie foi escolhida por ter sua biologia bem documentada, ser de pequeno tamanho, resistentes ao estresse ambiental e f\u00e1cil de manter em isolamento, pois n\u00e3o precisaria de \u00e1gua pot\u00e1vel durante o tempo de dura\u00e7\u00e3o previsto da miss\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Os camundongos viajaram em compartimentos individuais em forma de tubos, dentro de um recipiente de alum\u00ednio, com alimenta\u00e7\u00e3o suficiente, controle de temperatura e uma reserva de super\u00f3xido de pot\u00e1ssio que absorvia o di\u00f3xido de carbono (CO2) de sua respira\u00e7\u00e3o e fornecia oxig\u00eanio fresco.<\/p>\n\n\n\n

Segundo Souza, os camundongos tinham monitores de radia\u00e7\u00e3o implantados sob seus couros cabeludos para medir se sofreriam danos causados por raios c\u00f3smicos.<\/p>\n\n\n\n

“Ap\u00f3s seu retorno \u00e0 Terra, os ratos que sobreviveram foram mortos e dissecados”, conta.<\/p>\n\n\n\n

“Embora tenham sido detectadas les\u00f5es no couro cabeludo e no f\u00edgado, elas pareciam n\u00e3o estar relacionadas umas com as outras e n\u00e3o eram consideradas o resultado de raios c\u00f3smicos. N\u00e3o foram obtidos dados que possibilitassem concluir que a incid\u00eancia de raios c\u00f3smicos tenha causado algum dano \u00e0 sa\u00fade dos animais. N\u00e3o h\u00e1 informa\u00e7\u00f5es sobre a causa da morte do quinto rato.”<\/p>\n\n\n\n

Quem era Eugene Cernan<\/h2>\n\n\n\n
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Cernan faz uma breve verifica\u00e7\u00e3o do Lunar Roving Vehicle (durante a primeira parte da primeira atividade extraveicular da Apollo 17 no local de pouso Taurus-Littrow. – NASA<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Quanto ao pr\u00f3prio Cernan, pode-se se dizer que ele fez praticamente tudo que um ser humano do seu tempo poderia fazer no espa\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n

O futuro astronauta Eugene Andrew Cernan, ou Gene, como era conhecido, nasceu em Chicago em 14 de mar\u00e7o de 1934.<\/p>\n\n\n\n

Segundo a Nasa, ele se formou na Proviso Township High School em Maywood, Illinois, e recebeu o t\u00edtulo de bacharel em engenharia el\u00e9trica pela Purdue University, em 1956. Depois, obteve o t\u00edtulo de mestre em engenharia aeron\u00e1utica da Escola de P\u00f3s-Gradua\u00e7\u00e3o Naval dos Estados Unidos, em Monterey, na Calif\u00f3rnia.<\/p>\n\n\n\n

Em seguida, Cernan ingressou na Marinha americana, na qual come\u00e7ou sua carreira como estagi\u00e1rio b\u00e1sico de voo. Em alguns anos, realizou centenas de pousos em porta-avi\u00f5es e voou milhares de horas pilotando avi\u00f5es a jato.<\/p>\n\n\n\n

Gra\u00e7as a essa experi\u00eancia, ele foi um dos 14 astronautas selecionadas pela Nasa, em outubro de 1963, para o Programa Apollo.<\/p>\n\n\n\n

Em 5 de junho de 1966, Cernan realizou seu primeiro voo espacial com a espa\u00e7onave Gemini 9, no qual tornou-se a terceira pessoa a caminhar no espa\u00e7o, depois do russo Alexei Leonov, que realizou o feito em 18 de mar\u00e7o de 1965, e do norte-americano, Ed White, da Gemini 4, no dia 3 junho daquele mesmo ano.<\/p>\n\n\n\n

Tr\u00eas anos depois, em 1969, Cernan fez sua primeira viagem \u00e0 Lua a bordo da Apollo 10.<\/p>\n\n\n\n

Junto com James Arthur Lovell Jr. (Apollo 8 e 13) e John Watts Young (Apollo 10 e 16), ele \u00e9 um dos tr\u00eas \u00fanicos humanos que viajaram duas vezes \u00e0 Lua.<\/p>\n\n\n\n

A miss\u00e3o inclu\u00eda uma descida a at\u00e9 oito milhas n\u00e1uticas (cerca de 15 km) da superf\u00edcie do sat\u00e9lite para simular um pouso, que viria a ser feito pelas naves posteriores. Esse voo n\u00e3o foi sem percal\u00e7os, no entanto.<\/p>\n\n\n\n

Tudo ia bem at\u00e9 que ele e Tom Stafford \u2014 o mesmo que havia sido seu companheiro de voo na Gemini 9 \u2014, a bordo do m\u00f3dulo Snoopy, se preparavam para voltar e acopl\u00e1-lo a Charlie Brown, o m\u00f3dulo de retorno \u00e0 Terra.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, o sistema de orienta\u00e7\u00e3o do Snoopy estava apontando inadvertidamente para o lado errado e, desorientado, come\u00e7ou a girar acima da superf\u00edcie. Gra\u00e7as a sua per\u00edcia \u2014 e um pouco de sorte \u2014 os dois conseguiram controlar o m\u00f3dulo e voltar \u00e0 nave-m\u00e3e e, com ela, ao planeta.<\/p>\n\n\n\n

Em 1\u00ba de julho de 1976, Cernan se aposentou da Marinha ap\u00f3s 20 anos de carreira e encerrou sua passagem pela Nasa. Ele passou para a iniciativa privada e atuou como comentarista de televis\u00e3o nos primeiros voos do \u00f4nibus espacial.<\/p>\n\n\n\n

At\u00e9 o fim da vida, em 16 de janeiro de 2017, aos 82 anos, Cernan nunca se conformou em ser o \u00faltimo homem a pisar na Lua.<\/p>\n\n\n\n

Em 2007, em uma entrevista para a Nasa, ele relembrou um discurso que fez em 1973 sobre o legado da Apollo 17.<\/p>\n\n\n\n

“Eu disse: ‘Estou cansado de ser chamado de fim. A Apollo 17 n\u00e3o \u00e9 o fim. \u00c9 apenas o come\u00e7o de uma nova era na hist\u00f3ria da humanidade.'”<\/p>\n\n\n\n

Programa Artemis<\/h2>\n\n\n\n

Cernan morreu sem saber, mas a Apollo 17 n\u00e3o foi o fim mesmo \u2014 pelo menos se os planos da Nasa se concretizarem.<\/p>\n\n\n\n

A ag\u00eancia\u00a0vem desenvolvendo o programa Artemis, que leva o nome da irm\u00e3 g\u00eamea do deus Apolo, da mitologia grega, que pretende levar o ser humano de volta \u00e0 Lua.<\/p>\n\n\n\n

Ele est\u00e1 dividido em tr\u00eas etapas, das quais a primeira j\u00e1 foi realizada, com o lan\u00e7amento da nave Orion, em 16 de novembro, para um voo n\u00e3o tripulado at\u00e9 a \u00f3rbita lunar.<\/p>\n\n\n\n

A segunda etapa do programa est\u00e1 prevista para 2024, que realizar\u00e1 um sobrevoo na Lua e tem como objetivo a observa\u00e7\u00e3o do funcionamento de sistemas e equipamentos, que ser\u00e3o usados na etapa seguinte, com novo pouso humano no solo lunar, mas que n\u00e3o dever\u00e1 ocorrer antes de 2025.<\/p>\n\n\n\n

“O programa Artemis \u00e9 muito interessante, porque hoje temos tecnologias muito mais avan\u00e7adas”, diz a astr\u00f4noma, ge\u00f3loga planet\u00e1ria e vulcan\u00f3loga brasileira Rosaly Lopes, cientista chefe de Ci\u00eancias Planet\u00e1rias do Jet Propulsion Laboratory (JPL), da Nasa.<\/p>\n\n\n\n

Por isso, de acordo com ela, agora poder\u00e1 ser feito cientificamente muito mais do que foi feito nos anos 1960 e 1970.<\/p>\n\n\n\n

“Mas o mais importante \u00e9 a humanidade voltar a pisar na Lua”, diz.<\/p>\n\n\n\n

“Al\u00e9m disso, ser\u00e1 a primeira vez que uma mulher ir\u00e1 ao nosso sat\u00e9lite. Tamb\u00e9m ir\u00e1 a primeira pessoa n\u00e3o branca \u2014 ainda n\u00e3o sabemos se asi\u00e1tica ou negra. Ser\u00e1 a primeira que n\u00e3o \u00e9 um homem branco. Ou seja, teremos mais diversidade na nossa volta \u00e0 Lua.”<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Deixando de lado o pioneirismo da Apollo 11 e de seu comandante, Armstrong, no entanto, a Apollo 17 e Cernan n\u00e3o ficam a dever ao primeiro pouso na Lua. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":181191,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[1063,2654,1295],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/181190"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=181190"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/181190\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":181194,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/181190\/revisions\/181194"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/181191"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=181190"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=181190"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=181190"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}