{"id":181381,"date":"2023-01-19T21:26:28","date_gmt":"2023-01-20T00:26:28","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=181381"},"modified":"2023-01-19T21:26:31","modified_gmt":"2023-01-20T00:26:31","slug":"levantamento-inedito-da-via-lactea-revela-33-bilhoes-de-objetos-celestes","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2023\/01\/19\/181381-levantamento-inedito-da-via-lactea-revela-33-bilhoes-de-objetos-celestes.html","title":{"rendered":"Levantamento in\u00e9dito da Via L\u00e1ctea revela 3,3 bilh\u00f5es de objetos celestes"},"content":{"rendered":"\n
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Levantamento in\u00e9dito da Via L\u00e1ctea revela bilh\u00f5es de forma\u00e7\u00f5es celestes\u00a0– FOTO: Divulga\u00e7\u00e3o\/DECaPS2<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Astr\u00f4nomos\u00a0divulgaram um novo levantamento sobre os objetos celestes que comp\u00f5em a\u00a0Via L\u00e1ctea. Obtidos por meio do Plano Gal\u00e1ctico com a C\u00e2mera de Energia Escura (DECaPS2), os dados in\u00e9ditos apresentam impressionantes 3,32 bilh\u00f5es de forma\u00e7\u00f5es que incluem\u00a0estrelas, regi\u00f5es cintilantes de\u00a0forma\u00e7\u00e3o estelar\u00a0e enormes\u00a0nuvens escuras\u00a0de poeira e g\u00e1s.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa DECaPS2 foi conduzida pelo Observat\u00f3rio Interamericano Cerro Tololo (CTIO) e levou dois anos para ser conclu\u00edda. Localizado a uma altitude de 2.200 metros do n\u00edvel do mar, no Vale de Elqui, no Chile, o CTIO permite uma vis\u00e3o incompar\u00e1vel do hemisf\u00e9rio celestial sul aos especialistas.<\/p>\n\n\n\n

Com mais de dez terabytes de dados recolhidos por comprimentos de onda \u00f3pticos e infravermelhos pr\u00f3ximos de 21,4 mil exposi\u00e7\u00f5es individuais, o programa criou o maior cat\u00e1logo desse tipo j\u00e1 existente. Para isso, foi utilizada a ferramenta de C\u00e2mera de\u00a0Energia Escura\u00a0(DECam) no\u00a0telesc\u00f3pio\u00a0V\u00edctor M. Blanco, que apresenta uma abertura de 4 metros.<\/p>\n\n\n\n

“Este \u00e9 um feito bastante t\u00e9cnico. Imagine uma foto de grupo de mais de tr\u00eas bilh\u00f5es de pessoas e cada indiv\u00edduo \u00e9 reconhec\u00edvel. Os astr\u00f4nomos estar\u00e3o debru\u00e7ados sobre este retrato detalhado de mais de tr\u00eas bilh\u00f5es de estrelas na Via L\u00e1ctea nas pr\u00f3ximas d\u00e9cadas\u201d, explica Debra Fischer, uma das pesquisadoras do estudo,\u00a0em nota \u00e0 imprensa.<\/p>\n\n\n\n

Um primeiro levantamento do DECaPS j\u00e1 havia sido divulgado em 2017. Agora, com a adi\u00e7\u00e3o do novo lan\u00e7amento, estima-se que a pesquisa cobre cerca de 6,5% do c\u00e9u noturno e abrange 130 graus em comprimento (o que equivale a 13 vezes a \u00e1rea angular da lua cheia). As imagens podem ser visualizadas por astr\u00f4nomos e pelo p\u00fablico geral a partir do\u00a0site do projeto<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Desafios envolvidos no estudo<\/h2>\n\n\n\n

No comunicado p\u00fablico, a equipe da Associa\u00e7\u00e3o de Universidades para Pesquisa em Astronomia (AURA) explica que a maioria das estrelas e poeira na Via L\u00e1ctea est\u00e1 localizada em seu disco, formando bra\u00e7os espirais. E, embora essa profus\u00e3o de forma\u00e7\u00f5es produza belas imagens, tamb\u00e9m torna o plano gal\u00e1ctico desafiador de se observar.<\/p>\n\n\n\n

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Os bra\u00e7os espirais celestes escondem em si um agrupamento de estrelas (algumas com a luminosidade fraca), o que dificulta as suas cataloga\u00e7\u00f5es \u2014 Foto: Divulga\u00e7\u00e3o\/DECaPS2<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Por exemplo, os tent\u00e1culos escuros de poeira absorvem a luz das estrelas, apagando a visualiza\u00e7\u00e3o das mais fracas. Al\u00e9m disso, a luminosidade emitida pelas nebulosas difusas interfere na medi\u00e7\u00e3o do brilho de objetos individuais. Outro desafio surge do grande n\u00famero de estrelas, que podem se sobrepor na imagem e dificultar o processo de cataloga\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Apesar das dificuldades do projeto, as novas tecnologias possibilitaram a mitiga\u00e7\u00e3o desses eventos que poderiam prejudicar a an\u00e1lise dos dados. Assim, foi poss\u00edvel garantir que o cat\u00e1logo final de dados processados fosse mais preciso. \u201cCom esta nova pesquisa, podemos mapear a estrutura tridimensional das estrelas e poeira da Via L\u00e1ctea com detalhes sem precedentes\u201d, aponta Edward Schlafly, pesquisador do Instituto Cient\u00edfico de opera\u00e7\u00f5es do Telesc\u00f3pio Espacial Hubble (STScI).<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"