{"id":181429,"date":"2023-01-30T18:02:44","date_gmt":"2023-01-30T21:02:44","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=181429"},"modified":"2023-01-30T18:02:46","modified_gmt":"2023-01-30T21:02:46","slug":"fossil-de-crocodilo-de-185-milhoes-de-anos-e-descoberto-na-inglaterra","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2023\/01\/30\/181429-fossil-de-crocodilo-de-185-milhoes-de-anos-e-descoberto-na-inglaterra.html","title":{"rendered":"F\u00f3ssil de “crocodilo” de 185 milh\u00f5es de anos \u00e9 descoberto na Inglaterra"},"content":{"rendered":"\n
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O esp\u00e9cime, descoberto em 2017, est\u00e1 atualmente em exibi\u00e7\u00e3o no Lyme Regis Museum em Lyme Regis, Dorset, na Inglaterra – FOTO:\u00a0Divulga\u00e7\u00e3o\/J\u00falia d’Oliveira<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Pesquisadores descobriram o\u00a0f\u00f3ssil\u00a0de uma nova esp\u00e9cie de r\u00e9ptil crocodilomorfo e a nomearam de\u00a0Turnersuchus hingleyae<\/em>. Esse ancestral dos\u00a0crocodilos\u00a0modernos foi encontrado na regi\u00e3o da\u00a0Costa Jur\u00e1ssica, em Dorset, no Reino Unido. Com boa parte de seus membros intactos, estima-se que o exemplar tenha vivido h\u00e1 185 milh\u00f5es de anos e, assim, \u00e9 o \u00fanico registro do animal durante a idade Pliensbaquiana, no\u00a0Jur\u00e1ssico.<\/p>\n\n\n\n

A avalia\u00e7\u00e3o sobre o animal foi publicada no\u00a0Journal of Vertebrate Paleontology<\/em>\u00a0e os pesquisadores afirmam que o f\u00f3ssil do predador ajuda a preencher uma lacuna no registro f\u00f3ssil. Segundo eles, a descoberta sugere que a esp\u00e9cie deve ter se originado por volta do final do per\u00edodo\u00a0Tri\u00e1ssico, cerca de 15 milh\u00f5es anos antes do que se pensava.<\/p>\n\n\n\n

\u201cAgora devemos esperar encontrar mais [r\u00e9pteis da ordem]\u00a0Thalattosuchia<\/em>\u00a0da mesma idade que\u00a0Turnersuchus [hingleyae]<\/em>\u00a0, bem como mais velhos\u201d, aponta o coautor do estudo Eric Wilberg em\u00a0comunicado \u00e0 imprensa. \u201cDurante a publica\u00e7\u00e3o do nosso artigo, outro texto foi publicado descrevendo um cr\u00e2nio thalattosuchiano descoberto no teto de uma caverna em Marrocos do Hettangiano\/Sinemuriano (idades anteriores ao Pliensbachiano), o que corrobora essa ideia\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Apesar da nova hip\u00f3tese apontar para o surgimento da esp\u00e9cie no Tri\u00e1ssico, nenhuma escava\u00e7\u00e3o encontrou\u00a0Thalattosuchia<\/em>\u00a0em rochas do per\u00edodo, o que significa que h\u00e1 uma \u201clinhagem fantasma\u201d. Esse conceito diz respeito a um espa\u00e7o de tempo no qual os cientistas estimam que um grupo deve ter existido, mas ainda n\u00e3o foram recuperadas evid\u00eancias f\u00f3sseis para se comprovar isso.<\/p>\n\n\n\n

At\u00e9 a descoberta de\u00a0Turnersuchus<\/em>, esse intervalo estendia-se do final do Tri\u00e1ssico (h\u00e1 201 milh\u00f5es de anos) at\u00e9 o Toarciano (de 182,7 milh\u00f5es a 174,1 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s), no Jur\u00e1ssico. \u201cMas, agora, podemos reduzi-lo em alguns milh\u00f5es de anos\u201d, afirma a equipe de especialistas.<\/p>\n\n\n\n

Por mais que sejam coloquialmente chamados de “crocodilos marinhos” ou “crocodilos do mar”, os\u00a0Thalattosuchia<\/em>\u00a0s\u00e3o os parentes mais distantes desses animais. O grupo de cientistas explica que os animais n\u00e3o compartilham a mesma ordem: crocodilos e\u00a0jacar\u00e9s\u00a0s\u00e3o\u00a0Crocodilia<\/em>.<\/p>\n\n\n\n

Ao longo da evolu\u00e7\u00e3o, os\u00a0Thalattosuchia<\/em>\u00a0tornaram-se muito bem adaptados \u00e0 vida nos\u00a0oceanos. Os animais apresentavam membros curtos modificados em nadadeiras, barbatana caudal semelhante a de um tubar\u00e3o, gl\u00e2ndulas salinas e, provavelmente, a capacidade de dar \u00e0 luz em vez de botar ovos.<\/p>\n\n\n\n

O\u00a0Turnersuchus<\/em>, por sua vez, apresentava um focinho relativamente longo e fino, semelhante aos crocodilos gaviais atualmente vivos, e muitas das caracter\u00edsticas\u00a0Thalattosuchia<\/em>\u00a0reconhecidas ainda n\u00e3o haviam evolu\u00eddo completamente nele. \u201cNo entanto, ao contr\u00e1rio dos crocodilos, o predador vivia exclusivamente em habitats marinhos costeiros e seus cr\u00e2nios \u2014 embora pare\u00e7am superficialmente semelhantes \u2014 eram constru\u00eddos de maneira bastante diferente\u201d, aponta Pedro Godoy, coautor brasileiro do estudo e pesquisadora da Universidade de S\u00e3o Paulo.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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