{"id":181439,"date":"2023-02-01T20:57:08","date_gmt":"2023-02-01T23:57:08","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=181439"},"modified":"2023-02-01T20:57:09","modified_gmt":"2023-02-01T23:57:09","slug":"inpe-desmate-por-garimpo-na-ti-yanomami-cresceu-25-em-2022","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2023\/02\/01\/181439-inpe-desmate-por-garimpo-na-ti-yanomami-cresceu-25-em-2022.html","title":{"rendered":"Inpe: Desmate por garimpo na TI Yanomami cresceu 25% em 2022"},"content":{"rendered":"\n
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Garimpeiros destru\u00edram 232 hectares da \u00e1rea protegida no ano passado, segundo levantamento. Atividade ilegal est\u00e1 por tr\u00e1s da grave crise que atinge o povo ind\u00edgena.<\/a><\/a><\/p>\n\n\n\n

O desmatamento provocado por garimpo ilegal na\u00a0Terra Ind\u00edgena (TI) Yanomami\u00a0chegou a 232,7 hectares em 2022, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), \u00e1rea 24,7% maior do que a do ano anterior.<\/p>\n\n\n\n

O levantamento foi compilado a pedido do jornal Folha de S.Paulo<\/em>, com base em imagens de sat\u00e9lite do Sistema de Detec\u00e7\u00e3o do Desmatamento em Tempo Real (Deter).<\/p>\n\n\n\n

A\u00a0atividade do garimpo est\u00e1 por tr\u00e1s\u00a0da grave crise que atinge os yanomami, que enfrentam desnutri\u00e7\u00e3o, contamina\u00e7\u00e3o por merc\u00fario e surtos de mal\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n

Em 20 de Janeiro, a ministra da Sa\u00fade, N\u00edsia Trindade, declarou\u00a0emerg\u00eancia m\u00e9dica\u00a0no territ\u00f3rio.<\/p>\n\n\n\n

Relatos apontam que 570 crian\u00e7as morreram de desnutri\u00e7\u00e3o e doen\u00e7as evit\u00e1veis durante os quatro anos do governo Jair Bolsonaro, a quem o atual presidente, Luiz In\u00e1cio Lula da Silva, acusa de ignorar as atividades do garimpo ilegal e a situa\u00e7\u00e3o de emerg\u00eancia humanit\u00e1ria.  <\/p>\n\n\n\n

O monitoramento do desmate por garimpo na TI Yanomami \u00e9 feito desde 2019 pelo Deter. Nos quatro anos monitorados, 958 hectares da floresta na \u00e1rea foram derrubados pelo desmatamento.<\/p>\n\n\n\n

Em 2019, o desmate na TI Yanomami foi de 269,4 hectares, e permaneceu no mesmo n\u00edvel no ano seguinte, com mais 269,57 hectares destru\u00eddos. Em 2021, foi registrada queda, para 186,58 hectares.<\/p>\n\n\n\n

Din\u00e2mica eleitoral<\/h2>\n\n\n\n

\u00c0 Folha de S. Paulo<\/em>, o ge\u00f3grafo Estev\u00e3o Senra, pesquisador do Instituto Socioambiental, disse que o aumento do desmatamento pelo garimpo no ano passado pode ser atribu\u00eddo em parte \u00e0 din\u00e2mica eleitoral: por um lado, garimpeiros tentando se estabelecer na \u00e1rea com a expectativa da libera\u00e7\u00e3o da atividade caso Bolsonaro fosse reeleito e, por outro, a tentativa de extrair o m\u00e1ximo poss\u00edvel antes de um eventual endurecimento da fiscaliza\u00e7\u00e3o caso Lula ganhasse \u2013 como o petista vem prometendo fazer.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m do desmatamento, o garimpo tamb\u00e9m vem impondo outras trag\u00e9dias ao povo yanomami. O relat\u00f3rio Yanomami sob ataque<\/em>, da Hutukara Associa\u00e7\u00e3o, publicado em abril de 2022, denunciou que garimpeiros haviam tomado polos de sa\u00fade ind\u00edgena que atendiam mais de 5 mil ind\u00edgenas por m\u00eas. O levantamento tamb\u00e9m apresentou casos de casamento for\u00e7ado entre garimpeiros e ind\u00edgenas em troca de comida e armas de fogo, estupro de menores, rapto de crian\u00e7as, aliciamento e trabalho escravo na TI Yanomami.<\/p>\n\n\n\n

Maior terra ind\u00edgena do pa\u00eds, o territ\u00f3rio yanomami foi demarcado em 1992 e fica nas florestas de Roraima e Amazonas, colado \u00e0 fronteira com a Venezuela. A regi\u00e3o virou terra dominada por garimpeiros a partir de 2016 \u2013 a Hutukara estima que existam atualmente 20 mil garimpeiros dentro da TI Yanomami agindo com\u00a0financiamento do crime organizado\u00a0e tr\u00e1fico de drogas.\u00a0Segundo a associa\u00e7\u00e3o, o garimpo cresceu 3.350% no local de 2016 a 2020.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n\n\n\n

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