{"id":181483,"date":"2023-02-09T21:24:35","date_gmt":"2023-02-10T00:24:35","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=181483"},"modified":"2023-02-09T21:24:37","modified_gmt":"2023-02-10T00:24:37","slug":"maes-orcas-se-sacrificam-pelos-filhos-a-vida-toda-revelam-cientistas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2023\/02\/09\/181483-maes-orcas-se-sacrificam-pelos-filhos-a-vida-toda-revelam-cientistas.html","title":{"rendered":"M\u00e3es orcas se sacrificam pelos filhos a vida toda, revelam cientistas"},"content":{"rendered":"\n
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As orcas, conhecidas como baleias assassinas, possuem um la\u00e7o familiar forte – CENTER FOR WHALE RESEARCH<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Um estudo sobre orcas no Pac\u00edfico Norte revelou que as m\u00e3es fazem um “sacrif\u00edcio vital\u00edcio” por seus filhotes machos.<\/p>\n\n\n\n

Criar um filho reduz significativamente a chance de reprodu\u00e7\u00e3o de uma orca f\u00eamea no futuro.<\/p>\n\n\n\n

A energia de que precisam para alimentar as crias parece comprometer sua sa\u00fade, deixando-as menos aptas a se reproduzir e criar outros filhos.<\/p>\n\n\n\n

\u201cAs m\u00e3es sacrificam sua pr\u00f3pria comida e sua pr\u00f3pria energia\u201d, diz Darren Croft, professor da Universidade de Exeter, no Reino Unido.<\/p>\n\n\n\n

As orcas permanecem muito ligadas \u00e0s suas fam\u00edlias ao longo da vida. Mas enquanto as f\u00eameas da prole se tornam independentes na idade adulta, os machos seguem dependendo das m\u00e3es \u2014 exigindo at\u00e9 mesmo uma parte da comida que suas progenitoras pegam.<\/p>\n\n\n\n

Croft descreve isso como uma “nova vis\u00e3o sobre as complexas vidas sociais e familiares desses animais incr\u00edveis”.<\/p>\n\n\n\n

O estudo de d\u00e9cadas, publicado na revista cient\u00edfica Current Biology, faz parte de uma miss\u00e3o em andamento para entender a vida familiar das chamadas baleias assassinas.<\/p>\n\n\n\n

Isso foi poss\u00edvel gra\u00e7as ao Center for Whale Research (CWR), que acompanha a vida de uma popula\u00e7\u00e3o de orcas, conhecida como Southern Residents, h\u00e1 mais de 40 anos.<\/p>\n\n\n\n

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As m\u00e3es andam com os filhos machos at\u00e9 na idade adulta – CENTER FOR WHALE RESEARCH<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Desde 1976, o CWR produz um censo completo da popula\u00e7\u00e3o Southern Resident de orcas, o que permitiu aos bi\u00f3logos realizar estudos multigeracionais como este \u2014 desvendando o comportamento social cr\u00edtico e os la\u00e7os familiares que afetam diretamente a sobreviv\u00eancia destes animais.<\/p>\n\n\n\n

Para esta pesquisa, os cientistas analisaram as vidas de 40 orcas f\u00eameas entre 1982 e 2021. E descobriram que, para cada filho vivo, a probabilidade anual de uma m\u00e3e criar outro filhote at\u00e9 um ano de idade era reduzida pela metade.<\/p>\n\n\n\n

\u201cNossa pesquisa anterior mostrou que os filhos t\u00eam uma chance maior de sobreviv\u00eancia se sua m\u00e3e estiver por perto\u201d, diz Michael Weiss, da Universidade de Exeter e do Center for Whale Research.<\/p>\n\n\n\n

“Quer\u00edamos saber se essa ajuda tem um pre\u00e7o, e a resposta \u00e9 sim. As m\u00e3es orcas pagam um pre\u00e7o alto em termos de reprodu\u00e7\u00e3o futura para manter seus filhos vivos.”<\/p>\n\n\n\n

Fam\u00edlias de baleias assassinas<\/h2>\n\n\n\n

O estudo em andamento dessa popula\u00e7\u00e3o amea\u00e7ada de orcas, que vive nas \u00e1guas costeiras entre Vancouver (no Canad\u00e1) e Seattle (nos EUA), foi iniciado por Ken Balcomb. A princ\u00edpio, ele queria analisar as amea\u00e7as \u00e0 sua sobreviv\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

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CENTER FOR WHALE RESEARCH<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O trabalho que se seguiu revelou dados sobre a vida das orcas que s\u00f3 poderiam ser conhecidos ap\u00f3s d\u00e9cadas de estudo.<\/p>\n\n\n\n

Bi\u00f3logos trabalharam com o CWR para revelar, por exemplo, o papel vital das av\u00f3s das baleias assassinas e por que, como acontece com os seres humanos, as f\u00eameas dessa esp\u00e9cie param de se reproduzir em determinada altura de suas vidas.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s anos estudando as intera\u00e7\u00f5es das orcas, os cientistas j\u00e1 sabiam que m\u00e3es e filhos “andavam juntos” at\u00e9 a idade adulta do macho.<\/p>\n\n\n\n

“Elas at\u00e9 alimentam seus filhos com o salm\u00e3o que pegam”, explica Croft, acrescentando que as f\u00eameas adultas da prole ca\u00e7am de forma independente.<\/p>\n\n\n\n

Os pesquisadores acreditam que isso pode ser uma esp\u00e9cie de “aposta” evolutiva, impulsionada pelo fato de que os machos maiores e mais velhos geram muitos filhotes.<\/p>\n\n\n\n

“Se uma m\u00e3e consegue fazer com que seu filho se torne o maior macho da popula\u00e7\u00e3o, ent\u00e3o ele ser\u00e1 o progenitor [de grande parte da pr\u00f3xima gera\u00e7\u00e3o]”, explica Croft.<\/p>\n\n\n\n

Pode parecer paradoxal que animais t\u00e3o imponentes e inteligentes permane\u00e7am dependentes de suas m\u00e3es ao longo da vida, mas parece que os machos simplesmente n\u00e3o precisam se tornar independentes, porque suas m\u00e3es permanecem ao seu lado.<\/p>\n\n\n\n

“Se minha m\u00e3e preparasse meu jantar todas as noites, talvez eu simplesmente n\u00e3o aprendesse a cozinhar”, brinca Croft.<\/p>\n\n\n\n

“Mas, indiretamente, parece ser do interesse da m\u00e3e.”<\/p>\n\n\n\n

Atualmente, restam apenas 73 dessas orcas. Ent\u00e3o os cientistas dizem que precisam aprender qualquer coisa que possa ajudar a tomar decis\u00f5es sobre como proteger esses mam\u00edferos marinhos.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEssas orcas est\u00e3o se equilibrando no fio da navalha e em risco de extin\u00e7\u00e3o\u201d, diz Croft.<\/p>\n\n\n\n

“Portanto, qualquer coisa que reduza a reprodu\u00e7\u00e3o das f\u00eameas \u00e9 uma preocupa\u00e7\u00e3o para esta popula\u00e7\u00e3o.”<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"